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O filme é bestial. Apanha um ano da vida de Hendrix, desde que a Linda Keith o descobre, o convence a cantar, lhe muda a imagem e lhe abre portas do establishment até ao concerto de Monterey que o explodiu para o mundo inteiro. É um filme intimista e o actor que o representa apanhou-o com um grande insight porque parece estarmos a ver o próprio, nos jeitos e trejeitos, na maneira de falar.... Um filme honesto já que não esconde o lado violento dele e o modo como tratava as mulheres. Também nos dá acesso ao lado profundo e filosófico do Hendrix. A atmosfera da época e até as cores, tudo com um pormenor muito fidedigno. Claro que temos momentos da música dele e cenas que se passaram em Londres, como aquela do Eric Clapton fugir do palco em pânico da primeira vez que toca com ele. Fantástico, o filme. O trabalhos dos actores fenomenal. O filme é de John Ridley, o mesmo que realizou '12 Anos Escravo', filme de que não gostei. Pois este adorei. Porque não é fácil falar do Hendrix e não é fácil escolher que momentos e que facetas mostrar e como mostrá-lo, de modo a dar uma ideia da complexidade da personagem sem o reduzir, nem a um ícone sagrado nem a um guitarrista drogado.

I dig Strauss and Wagner, those cats are good, and I think they are going to form the background of my music. Floating in the sky above it will be the blues – I've still got plenty of blues – and then there will be western sky music and sweet opium music (you'll have to bring your own opium!), and these will be mixed together to form one. And with this music we will paint pictures of earth and space, so that the listener can be taken somewhere. You have to give people something to dream on.

The moment I feel that I don't have anything more to give musically, that's when I won't be found on this planet, unless I have a wife and children, because if I don't have anything to communicate through my music, then there is nothing for me to live for. I'm not sure I will live to be 28 years old, but then again, so many beautiful things have happened to me in the last three years. The world owes me nothing.

Excertos do livro Starting at Zero: His Own Story

Um grande músico com um ponto de vista e um estilo muito pessoais. Inigualável.

A guy with a style of his one

Great blues!

Um tributo encomendado pela 'Fender' ao artista Ed Chapman, para coincidir com o lançamento de novo album com material de estúdio, foi feito com 4000 palhetas, da Fender, claro. Espectacular.

A mosaic of guitar legend Jimi Hendrix made out of 4000 Fender plectrums Photo: PA/Ed Chapman

... Still Rocks!

 after delancey

Living in near penniless poverty with his alcoholic father Al in Seattle, with his mother long since having left them both and his brother Leon in foster care, sixteen-year-old Jimi Hendrix got his first electric guitar:

"Jimi turned sixteen [in the fall of 1958], and music became an increasingly important part of his life. He had become proficient on his acoustic gui­tar, but what he most wanted was an electric model. 'He was fascinated with electronics,' Leon recalled. 'He had rewired a stereo and tried to make it electrify his guitar.' [Family friend] Ernestine Benson, seeing Jimi's interest in music grow, hounded Al to buy the boy a proper instrument.

"Despite the degradation around them, it was in that apartment where Jimi found his greatest childhood joy when he received his first electric guitar. Nagged constantly by Ernestine Benson to 'get that boy a guitar,' Al finally relented and bought an instrument on time pay­ments from Myer's Music. He purchased a saxophone at the same time, thinking he would take the instrument up himself. For a brief while, the two Hendrix males jammed together. When the next payment came due, however, Al returned the horn.

"Jimi's guitar was a white Supro Ozark. It was right-handed, but Jimi immediately restrung it leftie; that still meant that the guitar's con­trols were reversed, which would have made it difficult to master. Jimi immediately called [girlfriend] Carmen Goudy and yelled into the phone, 'I've got a guitar!'

'You already have a guitar,' she said.

'No, I mean a real guitar!' he exclaimed. He dashed over to her house. As they walked to Meany Park, Jimi was literally jumping for joy with the guitar in his hands.

'Remember,' Carmen said, 'we were kids who were so poor, we didn't get stuff for Christmas. This was like hav­ing five Christmases all rolled up into one. You couldn't help but feel happy for him. I think it was the happiest day of his life.' "

Jimi Hendrix faria hoje 69 anos.

Há guitarristas extraordinários e depois há o Jimi Hendrix, uma força da natureza com a guitarra nas mãos.

'Red House' deve ser das músicas dele que mais gosto e ele tocava-a sempre de maneira diferente. Aqui vemo-lo a trabalhar a música à medida que a toca. Ele tocava qualquer guitarra, mesmo sem as cordas adaptadas para a mão esquerda (ele era canhoto) e, nem sempre usava uma Fender Stratocaster, como se vê neste vídeo.

O indivíduo era um músico de excepção. O som que ele tira das guitarras vai desde o poético e sensual que aqui se ouve aquele som que é uma espécie de gume afiado. 'Red House', blues on the rock, tem aqui o efeito do LSD em quem a ouve, sobretudo a partir do minuto 5.00.

Já esta música, tocada naquele que foi, talvez, o seu melhor concerto com a melhor banda com que tocou -Band of Gypsys- no Filmore East, em 1970, é o exemplo perfeito da genialidade dele com a guitarra. 'Machine Gun' é uma música de protesto contra a guerra do Vietnam. Neste vídeo apenas o fim da música. Podemos ouvir o som da metralhadora, dos helicópteros e do caos da guerra misturados com o patriotismo do hino americano. Tudo isto no último minuto e meio da música.

True to the bone.

Jack Morefield

Faz hoje 40 anos que morreu o Jimi Hendrix. Se fosse vivo teria 68 anos. Mas não seria velho. Continuaria a tocar. O quê, não se sabe...na altura em que morreu estava num período muito fecundo de mudança no tom da música e nas fontes de influência. Como ele era uma pessoa com grande apetência para a evolução estaria ainda fresco, jovial e em grande forma. Não como os Stones. Diferente, porque ele era muito genuíno e tudo o que fazia era fruto de crescimento interior que transparecia depois na convicção com que tocava e falava. Tinha um entusiasmo cheio de brilho quando se punha a falar da música.

A influência dele na música é tão grande que até nos esquecemos que ele esteve pouco mais de quatro anos a tocar como músico e pouco mais de dois anos na ribalta. Morreu pouco depois de começar.

Há pessoas que são uma espécie de força da natureza difícil de captar, de enquadrar, de classificar, de categorizar. São o que são.

Rock me baby, rock me all night long
Rock me baby, honey, rock me all night long
I want you to rock me baby,
like my back ain't got no bone

Tenho andado a ouvir o 'novo' cd do Jimi. Nem todas as músicas são novas, novas. Algumas já tinham sido tocadas em concertos aqui e ali, só que nunca tinham sido gravadas. À parte isso, o cd é muito bom. Tem alguns grandes riffs. Aqui e ali, no entanto, dá ideia da música não estar completamente acabada, ou melhor dizendo, parece estar a ser experimentada. Lover Man, por exemplo.

É sempre um prazer ouvi-lo tocar. A guitarra dele fala. Quem não se lembra da guitarra dele em Machine Gun ou a dizer I'm Sorry?

Segunda feira sai um novo disco do Jimi Hendrix! Novo! Não mais uma reedição de músicas que já ouvimos. É mesmo novo, com material novo. As 12 músicas do cd são do período entre o álbum 'Electric Ladyland' (1968) e o Woodstock. Uma época de grande criatividade, portanto. 

Lemos no site que os herdeiros têm de homenagem (e comércio) ao Hendrix que o cd é quase todo de material inédito.

Estive a ouvir um bocadinho e promete imenso. Já encomendei um cd, pois está claro.

Site do Jimi - www.jimihendrix.com/index.html

Para ouvir um bocadinho do que aí vem - www.iheartradio.com/cc-common/ondemand/music.html

Like A Rolling Stone

Once upon a time you dressed so fine
You threw the bums a dime in your prime, didn't you?
People'd call, say, "Beware doll, you're bound to fall"
You thought they were all kiddin' you
You used to laugh about
Everybody that was hangin' out
Now you don't talk so loud
Now you don't seem so proud
About having to be scrounging for your next meal.

How does it feel
How does it feel
To be without a home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You've gone to the finest school all right, Miss Lonely
But you know you only used to get juiced in it
And nobody has ever taught you how to live on the street
And now you find out you're gonna have to get used to it
You said you'd never compromise
With the mystery tramp, but now you realize
He's not selling any alibis
As you stare into the vacuum of his eyes
And ask him do you want to make a deal?

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You never turned around to see the frowns on the jugglers and the clowns
When they all come down and did tricks for you
You never understood that it ain't no good
You shouldn't let other people get your kicks for you
You used to ride on the chrome horse with your diplomat
Who carried on his shoulder a Siamese cat
Ain't it hard when you discover that
He really wasn't where it's at
After he took from you everything he could steal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Princess on the steeple and all the pretty people
They're drinkin', thinkin' that they got it made
Exchanging all kinds of precious gifts and things
But you'd better lift your diamond ring, you'd better pawn it babe
You used to be so amused
At Napoleon in rags and the language that he used
Go to him now, he calls you, you can't refuse
When you got nothing, you got nothing to lose
You're invisible now, you got no secrets to conceal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?