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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
25 anos de diferença e parece outra realidade. Impressionante.
1915 - antes da ocidentalização
1940 - depois da ocidentalização
Tiravam 20% aos testes das mulheres e davam 20 pontos a mais aos testes dos homens, excepto àqueles que já tinham chumbado o teste três vezes. Preferiam os que chumbavam repetidamente a mulheres com excelents notas, só por serem homens... É por estas e outras semelhantes que é preciso quotas para mulheres: é que as quotas para homens já duram há milénios.

Werner Bischof, In the Court of the Meiji Temple, Tokyo, 1951
Afinal, o que quer Kim Jong-un? Ninguém sabe
Não acho assim tão difícil perceber a Coreia do Norte. A Coreia foi um único país durante mais de 2000 mil anos. Tem uma história milenar difícil por estar ali na confluência da China, do Japão e da Rússia e ter tido que lutar para manter a sua independência. Tirando um tempo entre o século XIII e o XIV, anos em que teve que prestar vassalagem aos Mongóis, foi um reino independente com permanentes lutas internas pelo poder. No ano da nossa República, 1910, foi ocupada pelo Japão que só de lá saiu no fim da Segunda Guerra, porque a perdeu. Logo aí foi ocupada pelos EUA, a sul e, pela URSS, a norte, que a dividiram em duas no paralelo 38, tristemente famoso. Era o início da Guerra Fria e ambas as potências mediram forças na Coreia que entrou em guerra civil. Os EUA, a certa altura, para ganharem a guerra, passaram a bombardear a Coreia do Norte diariamente com bombas de napalm. Gabavam-se de não ter deixado nenhuma cidade, vila ou lugarejo de pé. "A Coreia do Norte virou uma nação subterrânea e em permanente estado de alerta." Mataram um quarto da população, ao que se diz. A guerra terminou porque ambas as partes pararam a ofensiva mas sem um acordo de paz e com a Coreia do Norte, apoiada pela URSS, a fechar-se num regime comunista e, a do Sul, num regime liberalista. Quer dizer, tecnicamente, as duas Coreias ainda estão em guerra uma com a outra, e a Coreia do Norte ainda está em conflito com os americanos.
Portanto, os bombardeamentos ainda estão vivos na memória dos norte-coreanos, o que não é de estranhar se pensarmos a maneira como os ingleses ainda vivem o blitz e a desconfiança face aos alemães como se estivéssemos há 70 anos. Se juntarmos a isto o facto da Coreia do Norte não ter passado por uma glasnost ou perestroika e viver fechada num regime ao modo soviético ou ao modo do Mao, ditaduras alienadas (as bravatas do Kruschev não eram assim tão diferentes das do Kim Jong-un e a loucura deste está em linha com a do Mao) e, os acontecimentos recentes no Médio Oriente onde os EUA invadiram e destruíram o Iraque e a Líbia, tendo deixado que os seus líderes fossem mortos de um modo indigno e cruel, não é difícil de perceber a Coreia do Norte.
Kim Jong-un está a preparar-se para a invasão americana e vai avisando que se meterem com ele, não esperem que vá esconder-se num buraco como o Saddam Hussein ou o Kadafi. Um bocadinho como os gorilas que ao verem o seu território ser invadido, juntam o grupo e fazem avanços a bater, ameaçadoramente, com a mão no peito, para intimidar e afastar o oponente.
A História é dinâmica e o que se faz hoje é um reflexo e uma continuidade do que se passou ontem.
É a primeira causa de morte de crianças entre os 10 e os 19 anos e acontece no dia 1 de Setembro, o dia de início das aulas. As escolas têm um sistema de regras e hierarquias rígido, não apenas na relação aluno/escola (e professor) mas, o que é pior, entre os próprios estudantes. Uma rivalidade feroz e uma espécie de praxes com hierarquias e castigos muito rígidos que levam a que 90% dos alunos sofram e pratiquem bullying. Não admira que achem a escola um inferno pior que a morte...
Que tipo de pessoas se estão a formar nestas escolas deste mundo onde o sucesso vale mais que a vida?
Fumar nos restaurantes do Japão é um acto solitário.

... A Mulher nas Dunas, é o nome deste filme japonês de 1964. Dei com ele por acaso. Fiquei a saber que ganhou uma série de prémios mas que caiu no esquecimento até ter sido recuperado, recentemente.
É um filme existencialista, uma metáfora da vida enquanto prisão e luta sem sentido, como o mito de Sísifo. Uma vida reduzida aos sentidos, ao imediato, à repetição, à rotina e à sobrevivência diária. Como se 'cai' e depois se resigna a uma vida que é uma luta constante onde a própria luta se torna a finalidade da vida. Lutamos para viver ou vivemos para lutar?
É, ao mesmo tempo, opressivo e mesmerizante. Opressivo o auto-aprisionamento progressivo, o desfazer dos sonhos e ambições, mesmerizante a filmagem da areia.

... a página oficial da embaixada da China em Portugal. Tem logo na Homepage um texto intitulado, 'A Cotragem de Enfrentar a Verdade' acerca do diferendo com o Japão sobre as ilhas Diaoyu onde tece criticas ao espírito invasor do Japão e à sua falta de verdade... tudo o que lá está escrito podia ser escrito contra a China a propósito do Tibete...
Do livro, 'Japan Described and Illustrated by the Japanese', um livro que no final do século XIX reuniu fotogradias e ilustrações de japoneses sobre a sua própria cultura. Neste caso trata-se da fotografia de um carteiro, tal como costumava ser visto - embora, à data da publicação do livro talvez já não andassem assim. Leva ao ombro um pau de bambo onde está atado o correio.

No final de Agosto de 2002, a agência japonesa de segurança nuclear concluiu que, desde os anos 1980, havia uma prática sistemática de ocultar problemas detectados nas inspecções à central de Fukushima - incluindo fissuras nas estruturas dos reactores. Os problemas, segundo o Governo, não punham directamente em causa a segurança da central. Mas a falsificação dos documentos e a ocultação de dados eram suficientemente graves.
A Tepco admitiu tudo e desculpou-se publicamente, apenas para descobrir, um mês mais tarde, mais oito casos de omissão de informação sobre problemas nos tubos de circulação primária da central de Fukushima.
Os efeitos para a Tepco foram arrasadores. Dias depois da divulgação do resultado do inquérito, a empresa anunciou a demissão dos seus dirigentes de topo, incluindo o seu chairman e o seu presidente. Outros 35 directores, superintendentes e técnicos foram afastados dos seus cargos ou sofreram cortes nos salários.
É nestas alturas que respiramos de alívio pela opção do nuclear não ter vingado cá no país. Já bastam os boatos que nos vaticinam, mais dia menos dia, terramoto e tsunami...
Japão avança que pressão dentro do reactor está a aumentar
A empresa que detém a central nuclear de Fukushima avança que dentro do reactor Nº1 a pressão tem estado a aumentar e que o risco de fuga de radiação é real.
...mas sei o que é um sismo... e a minha pergunta é: mas quem é que constrói centrais nucleares num país que é recordista mundial de sismos, e violentos!?
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