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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Agora passei de repente pelo canal da AR e dei com a ministra Alçada a dizer, na audição na Comissão de Orçamento e Finanças, que os professores querem esta ADD, que esta ADD é completamente simples e desburocratizada, que é o paraíso para os professores, que se não a tivessem se achariam desvalorizados...quem sabe até se não morreriam...
Já não se suporta tanta mentira, tanta incompetência...o país não se pode dar ao luxo de ter estes mentirosos incompetentes numa altura destas...
Hoje, estava a dar uma aula sobre argumentação e retórica e estava a explicar a dimensão do ethos do discurso argumentativo, isto é, a dimensão do orador: a sua autoridade, os seus conhecimentos, o seu prestígio e a sua credibilidade como instrumento de gerar uma predisposição positiva prévia do auditório em aceitar e aderir à tese do orador. Estava a explicar isto aos alunos com vontade de dar como exemplo o Sócrates e o Teixeira, que tendo perdido completamente a credibilidade, não conseguem convencer os mercados com a sua argumentação de terem um orçamento. Seria o exemplo perfeito, porque é isso que se passa. É por isso que, enquanto o Sócrates estiver no poder todos os dias acrescentamos um prego ao caixão do país.
Desperdício de algumas escolas fornece o de material para outras. Parque Escolar acusada de deitar fora equipamento novo.
Cada vez que entram numa escola para fazer aquelas cenas em pladur que chamam edifícios deitam fora tudo o que encontram. Hábitos de quem é amigalhaço do poder e está habituado a uma torneira sempre aberta por onde correm milhões de euros sem parar e a usar o que é dos outros como se fosse seu...
Entretanto a ministra bibelot assiste a tudo quanto é agravo no seu campo com um sorriso nos lábios e frases do tipo, as crianças são óptimas e o que é preciso é beber leitinhinho pela manhã.
Na minha escola, que era para ter começado obras no Natal passado, depois neste Setembro e agora parece que é em Janeiro, já nada se arranja. Tectos a cair, paredes com rachas, interruptores com espelhos que caem de cada vez que acendemos as luzes, persianas que já não sobem nem descem...o que nos vale é o jardim...por enquanto.
Tudo no ministério da educação é esquizofrenia de contradições. Por um lado andam a fazer metas de aprendizagem ano a ano, por outro acabam com as reprovações. Para que interessa fazer metas de aprendizagem se depois os alunos não têm que as cumprir?
Esta ministra, na senda da outra incompetente que lá esteve, acha-se inteligentíssima (vá-se lá saber porquê...). Como a outra, vem a público defender ideias desastrosas que pensa serem de génio e depois acrescenta que o problema vai ser vencer a resistência dos professores que estão habituados a uma tradição...A solução das aulas não funcionarem são...aulas de apoio! Assim do nada! Nada nas reformas tem a ver com o que seja. Nada serve algum propósito, nada tem um rumo, nada está em coerência com um projecto, com uma visão da educação que esteja relacionada com as pessoas e com o país. Tudo são ideias giras e fofinhas que uns patetas vão ler aqui e acolá ou copiar deste ou de outro país. Só copiamos, copiamos. Copiamos as realidades de outros como se todos os chapéus fossem adeuqados para todas as cabeças. Já não se aguenta!
Um sistema sem reprovações é incompatível com mega-agrupamentos, professores com 7, 8 ou 10 turmas, turmas com 30 alunos, quilos de papel e de burocracia, reformas de três em três meses, pais e ministério hostis, etc. Mas a ministra quer lá saber...a parte dela não é fazer, é mandar os outros fazer os caprichozinhos que passam na sua cabecinha e que quer experimentar para ver se fica giro...sei lá...
A ministra anunciou também... ...Afirmou pretender anular a repetência, que considera "um mal que gera conflitualidade" e anunciou que o regime de faltas não irá comprometer a frequência de ano.
Lista de coisas a acabar, para evitar conflitualidade:
1-Tribunais.
2. Ministério da Educação.
3. Governo.
4. Oposição.
5. Meios de comunicação social.
6. Pais e filhos.
...
31 Julho 2009 - 00h30
Correio da Manhã
Já se sabe que as coisas não correram nada bem na sessão de propaganda ou de esclarecimento promovida por José Sócrates com alguns dos blogues mais conhecidos da blogosfera portuguesa. A coisa prometia transmissões em directo e mais umas tantas novidades para mostrar até que ponto o choque tecnológico, uma das pérolas deste Governo, estava a funcionar em pleno.
Acontece que, por motivos ainda por esclarecer, a sessão deu para o torto e falhou redondamente mesmo nas barbas de Carlos Zorrinho, o homem que dá a alma e o corpo pelas novas tecnologias. Azares que podem acontecer a qualquer um. Mas aconteceu outro incidente inesperado na sessão. Horas antes, o canal Sapo da PT anunciava com orgulho a transmissão em directo do debate.
Acontece que mesmo em cima da hora, quando Sócrates já estava na sala com os responsáveis dos blogues convidados para o espectáculo, Luís Bernardo, assessor do primeiro-ministro, proibiu o canal da Portugal Telecom de fazer fosse o que fosse. E, à boa maneira deste Executivo, o autoritário Luís Bernardo não deu qualquer explicação aos perplexos sapinhos. Manda quem pode, obedece quem quer.
Voltámos aos tempos da Monarquia Absoluta: quendo suas majestades não vão com a nossa cara arriscamo-nos a ir parar às galeras, sem explicações (as casas expropriadas, de preferência).
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