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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
A maioria da população ativa portuguesa é considerada desqualificada no atual mercado global de trabalho.
Mas Angela Merkel e outros arautos do nosso empobrecimento podem ficar descansados. Em três anos, o Governo português retirou 3 mil milhões do orçamento para a educação, fazendo com que os 195 milhões acordados no Memorando parecessem trocos. No ensino básico, conseguiu aumentar as taxas de reprovação, estagnar os progressos nos testes internacionais de competências e reduzir as taxas de escolarização logo a partir do 2.º ciclo (de 95% para 91% segundo a edição mais recente do Estado da Educação publicado pelo CNE). O insucesso e o abandono escolar voltaram então a crescer, depois de décadas de redução. No ensino superior, as matrículas em licenciaturas caíram 20% em apenas três anos, sendo que as inscrições pelo sistema de “maiores de 23” reduziram-se quase para metade.
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