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A intolerância da Igreja é incompreensível

por beatriz j a, em 21.03.17

 

Mantém-se "braço de ferro" entre Igreja e maestro gay 

 

A Igreja exalta o amor, passa a vida a dizer que devemos amar os outros, que esse é o maior mandamento divino e tal mas depois, na hora da verdade, todo o amor é punido se não estiver de acordo com os seus preconceitos bafientos e todo o exemplo de tolerância e respeito pelo Outro vai pelo ralo abaixo. Portanto, 'amai-vos uns aos outros... depois de perguntar ao padre se gosta do tipo de amor que sentem'.

 

Eu fui educada católica, como a esmagadora maioria dos portugueses. Fiz a 1ª comunhão e a profissão de fé, o crisma e essas cenas todas mas, também fui educada em liberdade. Do que me lembro, proibido, proibido, era: fumar, faltar às aulas e ser mal educada com os professores e pessoas mais velhas em geral. Por essa razão, acho, quando chegou a altura de começar a pensar nestas coisas, aos poucos fui-me desligando de uma organização cuja prática é contrária ao amor e tolerância que prega, que é hostil para as mulheres em geral e para todos que não sejam submissos a tipos bafientos de um só livro. Logo eu que fui educada a ler todos os livros e sempre fui uma devoradora de livros, interessada em perceber e explorar todos os pontos de vista.

 

É assim que no Ocidente perdem crentes às gosmas... é por esta falta de respeito e tolerância pelos outros e também pela arrogância de quererem obrigar toda a gente à submissão acéfala, mesmo que para isso tenham que destruir as pessoas.

Neste caso, as pessoas estão do lado do maestro do coro. Ainda bem mas, é triste, penso, que o padre não perceba a tristeza que é, terem que ser as pessoas a mostrar ao pregador o que significa ser tolerante, amar os outros e aceitá-los como são.

 

publicado às 06:01


Acho bem

por beatriz j a, em 03.05.16

 

 

USO DE BURQA PROIBIDO E SUJEITO A PESADA MULTA

O parlamento do cantão de Ticino, na Suíça, aprovou uma lei que pune as mulheres que usem burqa ou niqab com multas que variam entre os 92 e os nove mil euros.

 

A burca é um símbolo de opressão, de submissão, de negação de direitos humanos e de liberdade; se a Europa não age para defender os seus valores desaparece ou regride, como aconteceu à cultura árabe. A tolerância sem limites leva à aceitação do intolerável.

 

 

publicado às 05:12

 

 

 

Blogger saudita que “insultou o Islão” recebeu as primeiras 50 de 1000 chicotadas

 

Raif Badawi, co-fundador do site Rede Liberal Saudita, foi condenado a dez anos de prisão e 1000 chicotadas. As primeiras foram aplicadas numa praça pública

 

Centenas de espectadores numa praça pública em Jidá viram, sexta-feira, Raef Badawi a ser chicoteado 50 vezes. Durante 15 minutos, em silêncio e sem chorar, Raef Badawi foi sujeito ao castigo decidido pelas autoridades da Arábia Saudita que incluem, além de dez anos de prisão, mil chicotadas repartidas por 20 semanas por ter insultado o Islão.

 

"um polícia aproximou-se por trás e começou a bater-lhe. Raif levantou a cabeça em direcção ao céu, fechou os olhos. Estava em silêncio mas era visível pela expressão do rosto e movimento do corpo que estava a sofrer". O polícia bateu nas pernas e nas costas, contando até 50.

Activistas dos direitos humanos acreditam que as autoridades sauditas estão a utilizar Raef Badawi, pai de três filhos, como exemplo do que pode acontecer a quem ousa criticar o poder instalado.

 

Querem a submissão das pessoas ao poder instituído. Na Europa a libertação da teocracia medieval custou muitas vidas e sofrimento a muita gente de muito valor durante séculos. Vivemos numa sociedade de tolerância democrática à custa da luta e do sacrifício de muita gente (como hoje vemos isso acontecer nestas sociedades de costumes bárbaros onde vozes de coragem isoladas se sacrificam para o bem de todos) e é necessário não deixar que esses sacrifícios tenham sido em vão compactuando com os falsos relativismos culturais que põem ao mesmo nível a tolerância e a intolerância, o respeito pelos direitos dos outros e o abuso dos direitos dos outros, a igualdade e a desigualdade, a liberdade e a tirania, a liberdade e a escravatura, a dignidade da pessoa humana e a humilhação da pessoa humana, o pluralismo do estado laico e a ditadura obscurantista do estado religioso.

 

 

publicado às 13:02


idade média, parte II, versão rasca

por beatriz j a, em 03.09.09

 

 

 

Cardeal-patriarca defende que divergências fragilizam a proposta cristã
D. José Policarpo repreendeu bispos e padres que decidem “pela própria cabeça” 
02.09.2009 - 19h09 Lusa

O cardeal-patriarca de Lisboa repreendeu hoje bispos e padres que "se consideram com o direito de decidir pela sua cabeça" em vários domínios da Igreja Católica, considerando que isso fragiliza "a proposta cristã" e cria "divisões". D. José Policarpo notou também que, muitas vezes, o pastor aproxima-se de um gestor de empresas.

 

Quer dizer, os padres, mesmo que se encontrem divididos em certas questões, devem anular-se e fingir que estão unidos de modo que nada ponha em causa o lucro final da 'empresa', de que o bispo é gestor.

 

Estes discursos vão na linha do regresso à Idade Média, parte II, versão rasca (onde os muçulmanos já estão há uns séculos).

 

 

 

Padres rebeldes na mira do Papa diz o DN

Santa Sé reage mal à carta assinada por 41 párocos a apoiar direito dos doentes terminais a recusarem tratamento, publicada dias após a morte da italiana Eluana. Os signatários são agora inquiridos pelos seus bispos. Seis meses depois. Um deles retractou-se. Outro insurge-se e fala na Inquisiçã.

"É inaceitável, digno do Santo Ofício!", desabafa. E questiona: "Porque não me comunicam a mim, directamente, a investigação e porque se retira a carta do contexto em que foi assinada?"

"A lei sobre o testamento biológico que o Governo e a maioria se preparam para votar bloqueia a liberdade de todos os protagonistas implicados no momento supremo da morte", afirma o texto.

Analisado o texto, cinco meses após a sua publicação, a Congregação para a Doutrina da Fé [ex-Santo Ofício ou ex-Inquisição] entendeu enviar agora uma carta aos bispos e superiores provinciais dos 41 signatários italianos. A missiva contém uma ordem muito clara: chamar os rebeldes, avaliar a sua ortodoxia e o seu grau de adesão à Igreja e ao Papa e, eventualmente, castigá-los.

 

 A igreja costuma ter um argumento tipo 'pau de dois bicos' de que se serve muito. Quando quer impôr a vontade um (o Papa) sobre milhões diz que a igreja não é uma democracia, que é uma fé com doutrina (como se a doutrina não tivesse sido feita pelos homens); quando quer fugir às responsabilidades, como no caso da Inquisição diz: a igreja não é o Papa ou os bispos, a igreja somos todos nós, cada um é responsável pelas suas acções e se uns erraram não se pode culpar de um golpe toda a igreja (como se a inquisição não tivesse sido a política -não democrática- da igreja).

 

Desde quando é que a igreja tem legitimidade para castigar? Castigar? Quando muito pode dizer-lhes para irem embora se a maioria entender que aqueles padres já não estão de acordo com os princípios daquela fé. Agora, castigar? Como se os padres fossem putos?

publicado às 08:51


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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