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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
The Man Who Invented Impressionism
Durand-Ruel, seen here in about 1910, organised several high-profile exhibitions of Impressionist works and helped win the movement critical respect (Archives Durand-Ruel & Cie)
Carta de Wenceslau de Moraes a um candidato a escritor. Tirada desse livro aí em cima:
«Ponha a sua alma toda no que escreve[...] Não tenha vergonha do que disser. [...] Vibre todo inteiro quando escrever, faça vibrar o coração de todos os que o lêem. O realismo de Zola, nu e cru, não presta, fez banca rota. Quer-se mais, quer-se a observação psicológica, quer-se a nota aguda, aguda como um punhal, que nos fira e vá ferir os outros. Nojo, cólera, asco, ódio, horror, amor, paixão, enlevo, idolatria, desespero, tristeza, etc., etc., etc., tudo serve; o que se quer é que exprima a impressão do que vê com uma palpitante emotividade do sentir, de maneira a ir comover fortemente os leitores. [...] Para se escrever, é preciso a gente encontrar-se num estado especial, de concentração, de extâse, de hipnotismo. Afinal de contas, exige-se que o escritor, como qualquer outro artista, seja um doente de espírito. [...] O indivíduo acostumado a escrever consegue, sem auxílio de drogas, esse estado vibrátil, subtil, impressionável, sem o qual não se pode escrever nada de jeito. Repito, o escritor impressionista tem que ser um doente; a arte impõe isto.»
Que texto! Extraordinário!
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