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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
I grew up accepting that I would have to adjust my lifestyle around men, their advances, their violence. It happened every day in India. Women were brutally raped, assaulted and killed on a daily basis, sometimes in cities, many times in remote, isolated villages and towns. Those incidents, we would never find out about.
I could never again live in a country where, to some, to many, I was less than a human.
"A estátua da Liberdade é um símbolo da liberdade americana a iluminar o mundo"... os americanos têm o complexo de César... enfim, agora, uma pessoa que queira emigrar para os EUA tem que chegar lá já a saber falar inglês.
Kelly Wilcox teaches English in a secondary school in south London. Her students are thriving. She has a boyfriend and a cat and a job she loves. She grew up in Connecticut in the US, but now her life is here. At least that’s what she thought.
Under immigration rules that come into force next month, skilled workers – including teachers – from non-EU countries will need to earn at least £35,000 to remain in the UK permanently.
With a salary of just over £29,000, Wilcox faces having to leave the country - and her beloved pupils - at a time when headteachers are facing a desperate shortage of teachers.
Ser professor numa escola nunca foi uma profissão de ganhar muito dinheiro mas também não era uma profissão para empobrecer. Agora é. Com as novas leis de imigração para trabalhadores que venham de fora da UE, a Inglaterra só deixa ficar os que ganhem, pelo menos, 35.000 libras, o que está acima das 29.000 libras de salário dos professores. E isto no meio de uma crise de falta de professores porque... ninguém mais já quer uma profissão cada vez mais sem autonomia, sem prestígio e sem salário e condições decentes.
Ser alto, louro, magro e sem doenças. Onde é que eu já ouvi isto.
Deputados britânicos do Partido Conservador (conhecidos também por Tories) reagiram com violência ao alerta de António Guterres sobre a nova lei de imigração britânica, afirmando que não aceitam lições de "um socialista português que se transformou num não eleito burocrata internacional". (DN)
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The Guardian
Apesar de o governo prever que nos próximos 40 anos a população diminuirá um terço, para 90 milhões, o país continua a tratar mal os estrangeiros.
Apesar de enfrentar uma iminente falta de mão-de-obra, devido ao envelhecimento da população, o Japão pouco fez para abrir as portas à imigração.
"Na área médica, é evidente que o Japão precisa de trabalhadores estrangeiros para sobreviver. Mas continua a haver resistência", diz Yukiyoshi Shintani, presidente do Aoikai Group, a empresa de serviços médicos que patrocina o trabalho de Fransiska e de três outras no hospital dos arredores de Tóquio. O exame, diz, "está feito para os estrangeiros reprovarem".
O Japão está a perder talentos em todas as indústrias, dizem os especialistas.
Dadas as perspectivas de emprego sombrias, as universidades não têm conseguido aumentar as inscrições de estrangeiros.
Porém, o relógio demográfico do Japão não pára: nos próximos 40 anos, a sua população diminuirá cerca de um terço, para os 90 milhões, de acordo com as previsões governamentais.
"A diminuição da população é o problema maior. O país está a debater-se pela sobrevivência", diz Hidenori Sakanaka, director do Instituto de Política de Imigração do Japão, uma organização de investigação independente. "Apesar de tudo, a América consegue manter-se vibrante porque atrai pessoas de todo o mundo", acrescenta. "O Japão, pelo contrário, fecha as portas aos estrangeiros."
"O Japão não constrói laços fortes entre os imigrantes e a comunidade local", explica Hiroyuki Nomoto, que dirige uma escola para filhos de imigrantes em Toyota.
O país está a perder o seu atractivo até para os fãs ingénuos da sua tecnologia de ponta, da sua cultura popular e das aparentemente intermináveis oportunidades de negócio que esta sociedade de consumo desenvolvida parece oferecer.
É o mesmo em todo o lado. Os países precisam dos imigrantes, mas querem-nos na versão, 'vens, fazes o trabalhinho, nós pagamos-te, deixamos-te viver num bairro com os outros da mesma raça que tu, mas não queremos que te mistures connosco ou que os teus filhos queiram ser como nós e ter os nossos direitos'. A isto chamam o multiculturalismo.
O multiculturalismo é, na maior parte das vezes, um 'guetoculturalismo', que resulta mal, como é evidente, porque as pessoas instalam-se num país e começam um processo de aculturação que não aborta por decreto-lei.
Se olharmos para a História vemos que toda a evolução se deu por contacto e trocas entre culturas e que onde um grupo se fecha à interacção com outras culturas deixa de evoluir. Como a reprodução quando é feita em circuito fechado, entre famílias e primos e acaba por perder diversidade genética e até reforçar os problemas recessivos.
Em vez de multiculturalismo, mais valia usarem o pluriculturalismo, porque o primeiro mantém os imigrantes à parte da cultura dominante, impede-os de se integrarem e acaba por reforçar as suas diferenças. Num pluriculturalismo as diferenças culturais seriam menos importantes que a cooperação entre pares, nomeadamente na educação: crianças e adolescentes acabariam por libertar-se de certas regras culturais e divergir das dos pais que porventura chocam com as da cultura dominante, como o caso das burkas, por exemplo. Mas como hostilizam os imigrantes, reforçam neles as suas raízes culturais de diferença. Depois têm medo deles e começam a fazer concessões que ferem a própria cultura dominante. A certa altura já só resolvem os problemas à força.
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