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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Santana Lopes diz na entrevista que o que mais o chocou quando saiu do cargo de primeiro ministro foram as pessoas que eram suas amigas e todos os dias lhe telefonavam para conversar e que andavam sempre de roda dele a convidarem-no para almoçar e isso e que de repente desapareceram quando ele saiu do governo e deixaram de lhe atender o telefone. Que foi uma coisa abrupta e chocante, porque não foram dois ou três mas muitos e que pareciam tão sinceramente amigos que foi um choque descobrir que era tudo fachada.
Pois, é por isto que não pode deixar-se as pessoas ficarem anos a fio no poder: é que começam a acreditar que são mesmo pessoas extraordinárias em virtude dos pseudo-admiradores, dos engraxadores, hipócritas e falsos que são uma coisa pela frente e outra pelas costas... e que são legião. À conta disso perdem os governantes o sentido de auto-crítica; tornam-se pequenos Sócrates e Cratos uns, outros apenas patéticos, como o Relvas e o corninhos.
Nas escolas, hoje em dia, com o fim da rotatividade dos cargos isto é tão comum...
Há os que sonham e imaginam as coisas a acontecer-lhes, e há os que sonham e se vêem a si próprios a acontecer. Os primeiros raramente realizam os sonhos pois que vivem na ilusão de que basta imaginarem para que tudo lhes aconteça: desiludem-se. Mesmos os reis poderosos de antigamente, entre o sonharem e as coisas acontecerem tinham de colaborar e partilhar os seus sonhos com os outros, os fazedores de sonhos. Existir apenas, ou mostrarem-se de vez em quando ao povo não bastava. Os segundos realizam muitas vezes os sonhos porque sabem que para os sonhos nos encontrarem temos que fazer metade do caminho. Temos de ter a iniciativa. É assim em tudo: nos negócios e também na vida.
Se a vontade é indómita, se o coração é grande e a razão prevalece...o sonho acontece.
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