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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Pus-me aqui a pensar neste problema de não saber em quem votar nas próximas legislativas e imaginei um cenário metafórico onde os partidos políticos são médicos para ver se o quadro me inspirava alguma luz.
Então imaginei que estou doente, dói-me a perna, por exemplo, e vou ao médico. Vamos lá a ver como me tratavam e em quem posso ter confiança para me resolver o problema.
Se o médico fosse... o PPC:
B - Bom dia.
PPC - Então diga lá o que se passa.
B - Estou com uma dor na perna.
PPC - Vamos já ver o que se pode fazer. 'Ó Mª Luís liga aí para o Querido Pai e pede-lhe uma opinião sobre a perna da sra. B'.
B - Mas não pode o senhor decidir com os outros médicos o que fazer? Tem que ligar para a Alemanha?.
PPC - É melhor que estas coisas custam dinheiro e ele não cai do céu...
[Entretanto a Mª Luís liga da sala ao lado. Atende o Querido Pai que estava em reunião com a Querida M. e pede-lhe opinião sobre a minha perna. O Querido Pai volta-se para a Querida M e diz-lhe, 'São os chatos dos portugueses... agora querem saber como tratar uma perna, como se não tivessem lá médicos' 'Já sabes como são os PIGS, diz a querida M., passam o tempo todo na praia de papo para o ar depois não sabem fazer nada e passam o tempo a ligar ao paizinho e à mãezinha. O melhor é responderes-lhe senão não nos larga e ainda aí aparece toda lampeira'.
Querido Pai - Olha Mª Luís, diz ao PPC para lhe fazer o tratamento do costume, já sabes como é. Agora não te esqueças, antes de fazer o tratamento, é fundamental ele pedir-lhe uma procuração com poderes de maioria absoluta senão ela não o deixa fazer o tratamento.
Mª Luís - Obrigada, Querido Pai.]
Desligou o telefone, entrou na sala e segredou ao ouvido do PPC a conversa. Este volta-se para mim e diz: já sabemos como se deve tratar mas preciso que assine aqui um cheque para poder pagar o tratamento, que é muito caro.
B - Quanto vai custar?
PPC - Deixe isso comigo, deixe o cheque assim em branco que eu depois preencho com o que for necessário.
B - Mas isso não me agrada fazer, não é prudente...
PPC - Olhe, quer a perna tratada ou não? É que no estado em que está já não há alternativa. Tem que confiar que vou acabar com os seus problemas da melhor maneira. Sem poderes absolutos não posso tratar, tem que ir a outro lado.
B - Bem, está bem, vou confiar. Mas então, como vai acabar com este meu problema?
PPC - 'Assim': tirou uma pistola da gaveta, disparou um tiro e matou-me. Voltou-se para a Mª Luís. 'Guarda este cheque para dar ao Querido Pai. Esta já não terá mais problemas. Diz-lhe que resolvemos a situação de acordo com as expectativas.
[este está riscado da lista]
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