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Não zombar, não lamentar-se,

não detestar, mas compreender.

                  Baruch de Espinosa

 

Perhaps the most worrying sign of Heidegger’s relevance today lies in politics – where all manner of dangerous reactionaries delight in declaring their indebtedness to him. Martin Sellner, leader of the Austrian branch of the neo-fascist network Generation Identity – which allegedly has ties to Brenton Tarrant, who murdered 51 people in attacks on two mosques in Christchurch, New Zealand this year – attributes his “path of thinking to Heidegger”. For the ultra-conservative thinker and adviser to Vladimir Putin Aleksandr Dugin, mastering Heidegger “is the main strategic task of the Russian people”. When Steve Bannon, Donald Trump’s former chief strategist, was interviewed by Der Spiegel last year, he held up a biography of Heidegger. “That’s my guy,” he said.

 

in heidegger-homesick-philosopher

 

publicado às 04:56


E filosofia, claro :)

por beatriz j a, em 07.03.19

 

Hoje enquanto andava a fazer tempo à espera da hora das consultas médicas entrei numa livraria que tem um cafezinho, comprei este livro e li-o. Deixo aqui três páginas.

Os pensamentos dos filósofos são terrenos tão fertéis que a impressão que temos ao lê-los, mesmo em leituras leves como a desde livro que é um discurso apresentado na comemoração do aniversário de um compositor, é a de um mergulho que nos afasta logo da superfície das coisas e penetra na densidade dos seus significados; como se entrássemos com uma lanterna acesa num quarto escuro e de repente aquela parte da realidade, iluminada se revelasse e nos permitisse distinguir com clareza as coisas umas das outras e ver a sua posição relativa, enquadramento, sentido e projecção no futuro.

 

 

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publicado às 22:45


O que ler quando se está doente?

por beatriz j a, em 12.04.18

 

 

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publicado às 14:59


Stephan Harding, um zoólogo Heideggeriano

por beatriz j a, em 06.10.17

 

 

 

publicado às 05:58

  

Heidegger and Anti-Semitism Yet Again: The Correspondence Between the Philosopher and His Brother Fritz Heidegger Exposed

 

Platão defendia que a misologia, essa espécie de aversão ou ódio à argumentação racional das ideias tinha como causa uma enorme expectativa, defraudada, na sua capacidade de verdade. O mesmo se passa com todas estas pessoas que não conseguem deixar de criticar com um certo espanto misturado de raiva e decepção, uma e outra vez, Heidegger, de cada vez que descobrem mais uma frase anti-semítica ou pró-nazi. E de uma assentada, querendo rejeitar o seu nazismo, rejeitam também todo o seu pensamento como se as pessoas se confundissem com o seu pensamento filosófico. 

 

Acho que os homens são mais atacados por esta decepção que as mulheres. Uma mulher está tão habituada a ler filósofos e outros pensadores misóginos (os que não o são são a excepção) que quando falam do ser humano dizem uma coisa mas quando falam das mulheres dizem as coisas mais ofensivas e indignantes, como se as mulheres não fizessem parte dos seres humanos, não fossem racionais e fossem descartáveis que ao lê-los, uma mulher não confunde o homem teórico com o homem prático, o que vive no mundo e tem um determinado carácter, problemas pessoais, querelas, rancores, inimizades, conflitos, expectativas, ambições, etc. Seria o mesmo que exigir a Newton que, por ter sido um grande matemático, fosse também um grande homem moral sem mácula e, descobrindo que não o foi, se rejeitasse o cálculo matemático e os seus princípios da física por causa disso.

 

Toda a gente sabe que Heidegger era anti-semita e admirador do intelecto do Hitler (é isso que não lhe perdoam todos esses que tinham uma enorme fé na sua superioridade); para além disso, era um indivíduo de mau carácter: era narcisista, rancoroso, ambicioso e sem escrúpulos. Afastou Husserl, seu mentor e impulsionador na vida, por ser judeu, referia-se aos assistentes como, 'este judeu e aquele judeu' e há a questão do seu discurso inaugural enquanto reitor com todo o aparato nazi a sustentá-lo. De modo que não se percebe este escândalo, de seis em seis meses, com qualquer coisa mais que descobrem ele ter dito.

 

 

publicado às 14:50

 

 

Um livro que diz tanto sobre o pensamento de Nietzsche como sobre o de Heidegger "acerca da sociedade contemporânea, perdida na repetição sem sentido e a necessitar de um renascimento".

 

 

 

publicado às 13:58


Citações deste dia - Heidegger

por beatriz j a, em 26.05.16

 

 

 

"Your destiny can't be changed but, it can be challenged. Every man is born as many men and dies as a single one.” 

“Why is love beyond all measure of other human possibilities so rich and such a sweet burden for the one who has been struck by it? Because we change ourselves into that which we love, and yet remain ourselves. Then we would like to thank the beloved, but find nothing that would do it adequately. We can only be thankful to ourselves. Love transforms gratitude into faithfulness to ourselves and into an unconditional faith in the Other. Thus love steadily expands its most intimate secret. Closeness here is existence in the greatest distance from the other- the distance that allows nothing to dissolve - but rather presents the “thou” in the transparent, but “incomprehensible” revelation of the “just there”. That the presence of the other breaks into our own life - this is what no feeling can fully encompass. Human fate gives itself to human fate, and it is the task of pure love to keep this self-surrender as vital as on the first day.”

 

“Why are there beings at all, instead of Nothing?” 

 

“Longing is the agony of the nearness of the distant.” 

 

 

publicado às 13:43


Ponderings

por beatriz j a, em 26.05.16

 

 

 

Hoje, passam 40 anos da morte de Heidegger, esse filósofo amado por uns e odiado por outros, por quem tenho um especial carinho porque foi pela mão dele que (me)descobri a Filosofia. Nem de propósito, chegou-me ontem o, Ponderings II-VI, Back Notebooks (1931-1938).

1º pensamento: "What we extol as blessing depends on what afflicts us as plight".

 

 

 

publicado às 13:36


Livros

por beatriz j a, em 08.04.15

 

 

 

64. Martin Heidegger à Hannah Arendt

 

                Meßkirch, le 16 mai 50

 

Ô toi, si chère amie! que n'és-tu là -mais em même temps tu es là- comme j'aimerais te faire surgir ici d'un coup de baguette magique, celle de ta parole. Et dire qu'un si vaste océan nos sépare. Le contenu de "La Parole", c'est la manière dont je pense à la parole; ce n'est pas une philosophie que aurait la parole pour object. Mais, tu t'en souviens encore -de la parole nous nous étions entretenus lors d'une promenade au Waldtal. Tu a raison en ce que tu dis de la réconciliation et du ressentiment. Il m'arrive souvent de reéfléchir à ces questions. Dire que tu m'est si proche en toutes ces pensées! Je me prends alors à rêver -t'imaginant désireuse d'habiter en ces lieux, d'arpenter les chemins forestiers ce recroisant, de porter ta part de tout le paisible règne des choses, et d'être là au millieu de la joie extrême. Au lieu de quoi je n'ai 'que' ton portrait- même si ton coeur est présent à mon coeur, comme l'ardent désir et l'espoir que nos grandissions l'un pour l'outre, en allant vers toujours plus de simplicité, au pli de notre relation. L'autre photo est bien différente; mais il faut aussi qu'elle soit tienne.

 Sois, chez toi au loin, toi si chère -revenue, advenante- toi Hannah.

                                                                                                                 Martin

 

Algumas destas cartas, sobretudo as dele, estão cheias duma ansiedade e duma sensação de falta pesadas. 1950, ela está nos EUA e um oceano os separa. Escrevem-se cartas, levam tempo a chegar ao destino, viajam de navio. As pessoas passam meses sem notícias umas das outras, às vezes anos. Deixam de ver-se, não há a comunicação rápida de hoje nem o manancial de fotografias sempre disponíveis na rede. Os oceanos hoje são virtuais, mesmo os materiais. Naqueles tempos há desencontros que não podem remediar-se porque não há meios de comunicação à mão. Não há portáteis. Tudo era mais pesado. Era preciso escolher as palavras e os gestos com cuidado porque poderia não haver oportunidade de emendar a mão, de correcção. O que se dizia tinha mais peso, como os actores que fazem poucos gestos e todos os que fazem ganham um relevo significante. Tudo era mais irremediável, mais lento e mais grave...

 

 

publicado às 21:39


Citação deste dia

por beatriz j a, em 18.04.14

 

 

 

"Todo o questionador é um investigador. Todo o investigador tira, daquilo que investiga, a direcção que precede e guia o seu caminho"

 

(Heidegger, Être et Temps)

 

 

publicado às 16:35


citação deste dia

por beatriz j a, em 24.03.14

 

 

 

Não somos nós que falamos a língua, antes é a língua que nos fala a nós - Heidegger

 

 

(Fernando Pessoa, como todos os grandes poetas, também percebeu isto)

 

 

publicado às 17:21


Compreender Heidegger

por beatriz j a, em 24.03.14

 

 

 

Como é que um grande filósofo se engana tanto...? Os que pensam em grande quando cometem erros também os cometem em grande, dizia Heidegger, um dos filósofos mais controversos da história da Filosofia por causa da sua participação na história nazi. Não tanto por ele ter acreditado no valor de Hitler pois muitos outros também acreditaram, como Churchill, por exemplo, mas sobretudo porque depois de se saber de Auschvitz e dos campos de morte permaneceu em silêncio..  isso e o modo como tratou Husserl, a quem tanto devia...

 

Agora que comprei o Dictionnaire Martin Heidegger renovei o interesse por ele e resolvi ler o Ser e Tempo como deve de ser, coisa que nunca fiz duma ponta à outra, pois quando o estudei foi por excertos de várias obras suas e comentadores. Ora, estou interessadíssima em perceber certas coisas :))

 

 

 

 

 

 

publicado às 16:27

 

 

 

.

.

Pelos vistos estamos à beira de mais um daqueles Heidegger 'affairs' que surgem, segundo Jonathan Derbyshire, pelo menos uma vez por década (o último tendo sido o livro do Emmanuel Faye, Heidegger – L’introduction du nazisme dans la philosophie, que causou um bruá com defesas e ataques nos jornais...).

Ao que tudo indica, o editor alemão dos Cadernos Negros de Heidegger, Peter Trawny, escreveu um ensaio intitulado, 'Heidegger: ‘The Black Notebooks’ and Historial Antisemitism, onde defende que esses manuscritos, escritos entre 1931 e 1946 contêm ideias claramente anti-semíticas, mesmo que não do tipo de anti-semitismo promovido pela ideologia nazi.

Um dos tradutores franceses de Heidegger (onde ele sempre teve mais sucesso que na Alemanha, por razões óbvias) que leu o ensaio declarou-se consternado pelos excertos dos Cadernos citados.

Entretanto, acaba de sair, das Editions du Cerf um Dictionnaire Martin Heidegger que dizem, é muito bom. Heidegger é difícil de ler, sobretudo por causa da quantidade de neologismos que criou.

So... exciting, right? :)))

 

publicado às 22:15

 

 

 

 

publicado às 16:40


a poesia

por beatriz j a, em 24.09.11

 

 

 

"A poesia é a fundação do ser pela palavra."

 

Heidegger

 

 

publicado às 20:48


citações de Heidegger

por beatriz j a, em 03.07.11

 

 

 

 

Mesmo quando estamos vazios de pensamentos não desistimos de pensar.

 

Só há mundo onde há linguagem.

 

publicado às 09:22


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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