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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O secretário-geral das Nações Unidas omitiu países responsáveis por graves violações contra crianças na nova "lista de vergonha", acusou esta terça-feira a Human Rights Watch.
Segundo a organização, a lista também deu a alguns países uma classificação favorável que não é merecida, já que falharam as promessas de melhorar o seu desempenho.
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"O secretário-geral da ONU recusa-se simplesmente a responsabilizar todas as partes que infligiram sofrimento a crianças", criticou o especialista em defesa dos direitos da criança da Human Rights Watch.
"Ao listar alguns dos países que violaram [os direitos], mas não outros, o secretário-geral [António] Guterres está a ignorar as próprias provas recolhidas pela ONU e a minar os esforços para proteger as crianças em zonas de conflito", afirmou Jo Becker.
O relatório esta terça-feira divulgado não inclui as forças de defesa de Israel, o exército nacional afegão e as forças internacionais lideradas pelos EUA no Afeganistão, enumera a organização, sublinhando que todos são responsáveis por graves violações contra crianças, incluindo mortes e mutilações.
Além disse, refere a HRW, embora a coligação liderada pela Arábia Saudita no Iémen tenha sido incluída, foi classificada numa categoria de responsáveis por violações que estão a tomar medidas para melhorar a situação, o que, segundo a organização, contraria o cenário de aumento de mortes de crianças em 2018.
Num relatório anual publicado, as Nações Unidas referem que as mortes e ferimentos estão entre as mais de 24 mil "violações graves" dos direitos das crianças verificados pela organização no ano passado.
"A coligação liderada pela Arábia Saudita desde 2015 cometeu terríveis violações contra crianças no Iémen e não há qualquer prova de que esteja a tentar melhorar", disse ainda o diretor da Human Rights Watch, Louis Charbonneau.
"Ao incluí-la na categoria 'não são tão maus assim', o secretário-geral ridiculariza todo o exercício", acescentou.
Qualquer português não amnésico e não totó lembra-se muito bem da incompetência do seu governo, de onde fugiu por não saber resolver problemas complicados. Por conseguinte, não admira que não tenha feito nada do que prometeu na ONU onde os problemas são todos complicados.
Quem também fazia parte desse governo eram, o Costa, o Sócrates e o SS, que arranja maneira de estar em todos.
Na verdade, tem havido recuos nos direitos humanos no mandato dele.
Hoje em dia há, ou houve uma série de portugueses espalhados por cargos importantes que não fazem nada de jeito. Se calhar é por isso mesmo que são escolhidos. São aquele tipo de pessoa que são excelente a promover-se. Apenas e só. Nada mais.
É necessária nova estratégia para a segunda metade do mandato.
No entanto, o secretário-geral tem mantido o silêncio em relação a quase todos os abusos, inclusive em relação às violações de direitos mais flagrantes. Quando o Governo saudita assassinou o jornalista Jamal Khashoggi, quando a Administração Trump separou crianças imigrantes dos pais ou quando as forças russo-sírias bombardearam hospitais sírios, Guterres absteve-se de criticar os responsáveis, expressando-se quase que invariavelmente por via de generalidades vagas.
Os funcionários da ONU insistem que Guterres discute as questões de direitos humanos à porta fechada. Estas conversas particulares poderiam ser úteis, se o secretário-geral demonstrasse aos governos que estes correriam sérios riscos, caso não mudassem rapidamente os seus métodos, mas o secretário-geral da ONU não possui a vantagem que os governos possuem, como as sanções dirigidas a um alvo específico. A sua única vantagem é a voz que se recusa a usar em público. Como resultado, os governos da Síria, Arábia Saudita ou China que desrespeitam os direitos humanos não vêem a sua reputação afectada, dada a ausência de qualquer condenação da parte de Guterres.
Kenneth Roth, Director executivo da Human Rights Watch
É o que se vê... a ONU dobra-se aos EUA de Trump e Pence, tudo no mandato do homem que alegou que defendia tão bem os direitos das mulheres como uma mulher.
The UN has a bit of thing for goodwill ambassadors, especially famous ones.
Angelina Jolie, as ambassador for the UN Refugee Agency, was regularly pictured comforting displaced families in over-crowded camps.
Swiss tennis star Roger Federer visits aid projects in Africa for Unicef and plays charity matches to raise money.
Further back in time, film star and Unicef goodwill ambassador Audrey Hepburn visited disaster zones and graced gala dinners where her glittering presence was an encouragement to donors.
The publicity does attract support for relief efforts.
But it is hard to imagine 93-year-old Robert Mugabe fulfilling a similar remit.
António Costa também se referiu a este assunto para lembrar que Portugal e Espanha são os dois únicos países da União Europeia onde o populismo xenófobo nunca teve êxito. Epah, Costa, não há aqui populismo xenófobo porque não temos imigrantes e não os temos porque eles não querem vir para cá e não querem vir para cá porque vocês dão cabo do país aí nos Passos Perdidos e estamos pobrezinhos, estás a ver? [desculpa lá o tuteio] São meia dúzia que entram. O pessoal até lhes acha piada.
Desejamos-lhe sorte, boa vontade e inteligência.
O homem que sabia demais (Expresso)
António Guterres é o político mais dotado do pós-25 de Abril (...) Basta ver quem foram os seus ministros adjuntos: depois de uma primeira fase com António Vitorino e Jorge Coelho a seu lado (uma dupla muito eficaz e completa) teve como braços direitos em São Bento, José Sócrates, Armando Vara e António José Seguro... [Se isto é um elogio... até me engasguei a rir] Este é um lado menos valorizado mas absolutamente fundamental ao seu sucesso político. (...) [Epah se tu o dizes... lol]
Se vivesse no tempo de Péricles era o orador da República. [compará-lo a Demóstenes!!??] (...) Brilhante, tecnicamente perfeito. [What?? Às tantas vai aparecer numa azinheira lá para os lados da Cova da Iria...]
Está a passar uma notícia na TVi a dizer que Guterres foi excelente na entrevista para o cargo da ONU mas que pode não ganhar por causa do lobby feminista. Acho inacreditável! Nunca houve uma mulher no cargo porque os homens são sempre escolhidos (têm quotas milenares não escritas mas assumidas) e agora vêm dar a entender que se ele não ganhar é por causa dessa injustiça de quererem (finalmente!!!) dar oportunidade a uma mulher. Não vi a entrevista de nenhuma das mulheres (vou tentar ver) de modo que não tenho termo de comparação e não sei se ele esteve melhor ou pior que elas. Gostei da apresentação do Guterres mas achei que não esteve muito bem em muitas das respostas às perguntas que lhe puseram que, na minha modesta opinião, são essenciais, como sejam, as da orientação estratégica da ONU e da sua eficácia objectiva no terreno. Ouvi-o dizer que, se for eleito, vai lutar pela paridade, para as mulheres passarem a poder exercer cargos de topo... lol, se ele for eleito, é uma prova (mais uma) da falta de paridade - a não ser que ele seja, obviamente, muito melhor candidato que qualquer uma delas, o que custa a crer porque são todas pessoas com muita experiência em cargos políticos e humanitários. É claro que, sendo português, gostávamos de o ver no cargo mas, sendo a ONU uma instituição fundamental a nível mundial, acho que não se pode ser clubista neste assunto e deve-se escolher a melhor pessoa para o cargo.
O Guterres tem o defeito que o Durão Barroso também tem que é o de falar inglês, publicamente, a 500 à hora, fazendo o discurso perder imensa inteligibilidade. Ele está notoriamente nervoso e talvez seja disso...
Será que ele não entende que faz parte dessas 'elites que não estão à altura'? E já agora, se os estrangeiros olham para Portugal como um país pobre e atrasado isso deve-se ao trabalho dos incompetentes que nos têm governado onde se incluem estes dois que assim falam ambos ex-primeiros ministros. Mais valia que estivessem calados.
Alertou para o risco de guerras generalizadas? Jura? Uau!! Ainda bem que temos este sábios para nos dizerem estas pérolas de grande estratégia geopolítica... se não fossem eles não davamos pelas guerras generalizadas que todos os dias nos entram casa adentro...
Qualquer dia passo de anormal que está dezenas de anos sem ir ao médico a hipocondríaca que não sai do hospital... ele é vacinas de alergias e bactérias e o diabo a nove... seja como for, vinha agora mesmo a ouvir na rádio que o Guterres vai candidatar-se a Secretário Geral da ONU e que já tinha o apoio do Ferro Rodrigues LLOOLL o Ferro Rodrigues... é que o apoio dele é capital para a eleição do Guterres visto ele ser mundialmente conhecido...
A agência de notícias consultou um diplomata ocidental, não identificado, que considera que Ban Ki-moon quis “assegurar a rotatividade devida” do cargo – oficialmente, o gabinete do secretário-geral diz que o processo de selecção de um novo candidato está em curso.
... mesmo que o Guterres tenha feito um bom trabalho e que nos agradasse ter um português no cargo a fazer um bom trabalho. É preciso assegurar o caráter democrático dos cargos das instituições democráticas para que não deixem de o ser, de modo que abrir precedentes é muito perigoso. Para além disso, é sempre bom fazer entrar novas ideias, novas perspectivas, novos modos de fazer as coisas para que não se anquilosem. Os países que acham mal ele não ser reconduzido são os que não se incomodam com instituições não-democráticas anquilosadas.
“Estas coisas são privadas e não são para estar permanentemente na comunicação social”, disse Guterres aos jornalistas.
Esta coisa de figuras públicas que ocupam regularmente cargos públicos que decidem das nossas vidas e pagos por todos nós acharem que o que fazem publicamente é um assunto que só a eles diz respeito explica muito da desresponsabilização que se outorgam.
Uma pessoa que já foi deputado e primeiro ministro e que terá ainda carreira pública no País ou em representação, declarar-se amigo de um outro que também o foi e que está acusado de ter roubado o País no exercício do cargo, não é um assunto privado. Interessa-me saber quem são os amigos e associados das figuras públicas uma vez que esses amigos exercem sempre grande influência nos nossos destinos quando os outros ocupam lugares de poder com acesso a dinheiro.
Das duas uma: ou os que estiveram nos governos e no partido com Sócrates e nele confiaram estão muito surpreendidos com a gravidade das coisas de que o acusam e, então, é difícil compreender que continuem a apoiá-lo como se os actos de que é acusado fossem de menor importância e não uma enorme traição, o que me faz não ter um átomo de confiança nestas pessoas ou, não ficaram nada surpreendidos, o que dá a entender que sempre souberam e não achavam nada de mal, o que me faz não ter um átomo de confiança nestas pessoas...
Como são pessoas que continuam na vida pública, interessa muito ao público saber não só quem são as pessoas mas também quem são os seus aliados porque estas coisas custam muito caro ao tal público que constitui o País.
Logo, não é um assunto privado.
Há coisa de uma semana e meia vi, na BBC News, uma entrevista ao António Guterres e a mais duas mulheres, uma delas uma herdeira bilionária que defende que esta crise tem como principal origem a ganância de alguns e que criou um programa de auxílio a crianças pobres - acho... já não lembro ao certo, que não vi a entrevista toda até ao fim.
O primeiro entrevistado foi o Guterres e falou sobre os refugiados, os problemas das populações dos países em guerra, a questão da ajuda internacional e da falta de solidariedade e crescentes nacionalismos europeus. Ele falou muito bem. O que me impressionou foi ver a convicção e dedicação dele à causa. Fez-me lembrar um apontamento do Derek Sivers sobre o prazer que dá ver alguém trabalhar naquilo para o qual nasceu, por assim dizer. Ora, era exactamente isso que se percebia na entrevista: que o Guterres encontrou a sua vocação neste trabalho que faz. Fiquei a pensar que é bom que ele tenha encontrado a sua vocação e que esteja a fazer um bom trabalho mas que é pena que não a tenha encontrado há mais tempo, antes de ter sido primeiro ministro. Ele não foi um bom primeiro ministro. Gastou o que não era dele como se não houvesse futuro e comprometeu-nos. Trouxe para o governo, promovendo-os, o Sócrates e outras alimárias...
Ouvi-o, nesta entrevista, falar com pena da situação que o país atravessa. Pareceu-me uma pessoa à procura de redenção...
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