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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Há gente que não tem nada que fazer de modo que inventa papéis, burocracias e cenas para chatear e dar trabalho aos outros sem que isso se traduza em um átomo de melhoria do ensino ou do processo de classificaçã, neste caso [as escola estão cheias de especialistas nesta arte de fazer nada e parecer que se faz muito] mas é uma maneira de se convencerem que fazem um grande serviço... isto para dizer que este ano a grelha de classificação de exames vem um bom bocado mais burocrática e infernal de preencher. Agora, não basta pormos as cotações das questões, temos que transcrever para a grelha as respostas dos alunos nas escolhas múltiplas, uma a uma... qualquer dia temos que transcrever os textos também... raios partam estes gajos com estas merdices que não interessam nem ao menino jesus porque não acrescentam rigor nem objectividade a coisa alguma... é só mesmo para aquilo que eu disse: chatear e convencerem-se que fazem um trabalho muito importante...
... que muita gente pensa que se preencher umas grelhas todas direitinhas, os numerozinhos todos certinhos nos quadradinhos bonitinhos, os dados tornam-se científicos. Não sabem pensar fora dos quadradinhos das grelhazinhas, assim como não são capazes de diversidade. Pensam que uniformidade na forma [passe o pleonasmo] é igual a validade universal. Não dizem nada que não tenha sido pensado por alguém, escrito num livro aceite pelos fabricantes de grelhas, seguem sempre a última moda porque pensam que inovar é adoptar a última moda intelectual que todos seguem no carreirinho. Ensinam os outros a serem quadradinhos em grelhazinhas. Tudo decoradinho com está no livrinho. Nada de sair da estradinha. Encarreirar, encarreirar. E andam assim com seus livrinhos de apontar e castigar os que saem fora da esquadria.
Na minha escola a avaliação corre sem atritos. Fazem-se reuniões de relatores e há quem se tenha atirado às grelhas de avaliação com tanto entusiasmo, afã e pundunor que já discorre com excelência sobre obrigações e evidências e outras coisas que tais. Isto é a prova da eficácia dos sindicatos: termos um modelo de avaliação mais estúpido e estarmos destinados a nunca mais trabalharmos em paz uns com os outros em virtude da legislação de avaliação ser um gerador de cancros intestinos nas escolas. E pensar que tivémos tudo nas mãos...coisas destas, nem se esquecem, nem se perdoam.
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