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Grandes incoerências

por beatriz j a, em 04.06.15

 

 

 

O grego e o latim vão ser ensinados desde a primária em paralelo com uma grafia que cortou a sua ligação a... grego e latim... 

 

 

publicado às 15:52


dos filósofos

por beatriz j a, em 09.03.15

 

 

 

A História está cheia de exemplos de ideias inspirarem ideias e os pensadores são sempre devedores, em alguma parte, a outros pensadores. Demócrito, um filósofo pré-socrático do séc. IV a.C. é um desses casos. Muitos lhe devem e todos lhe devemos. Demócrito era um atomista (juntamente com Leucipo desenvolveu uma teoria segundo a qual o Universo seria constituído por átomos) materialista; a sua teoria influenciou Epicuro que a levou um pouco mais longe defendendo uma ética de vida baseada na procura da felicidade e do bem-estar moderados, condizente com o materialismo do Cosmos. Epicuro nasce cerca de 30 anos depois da morte de Demócrito. 

Uns centos de anos depois, no século I d.C., um romano, Lucrécio de seu nome, escreveu um longo poema épico, De rerum natura [Da Natureza das Coisas] para divulgar o pensamento de Epicuro. Nesse poema defende o atomismo e o materialismo do Universo, entre outras pré-visões da ciência moderna. Essa obra de Lucrécio perdida durante mais de 500 anos foi descoberta no Renascimento e deu origem a uma revisitação do pensamento Epicurista e pré-socrático que veio a influenciar muito a ciência moderna. Muitos leram Lucrécio: Giordano Bruno, Machiavelli, John Locke, Isaac Newton, Robert Boyle, Montaigne... Benjamim Franklin tinha uma cópia e Thomas Jefferson tinha cinco edições da obra, em  Latim, Inglês, Italiano e Francês.

Calha que Darwin leu Lucrécio, Demócrito e Anaximandro (séc. VI a.C.), este último que tem o primeiro esboço de que há memória de uma teoria evolucionista... isto numa altura em que era comum respeitar-se e ler-se os pensadores passados, tendo-se consciência que as ideias não vêm do nada e que os grandes pensadores são mananciais de inspiração.

É claro que tinham possibilidade de ler os autores do passado porque liam latim ou (e) grego. Hoje em dia não só não se aprende nem ensina essas línguas como escasseiam os tradutores com o ataque generalizado a que as Humanidades têm estado sujeitas. Os próprios livros antigos são desprezados como coisas menores e ultrapassadas por gente intelectualmene desinteressante mas com grande peso na definição de currículos e políticas educativas e científicas. Aliás os livros são desprezados em favor da imagem que é mais lúdica. Há países onde já não se aprende a escrever manualmente, com a sua própria letra. Qualquer dia ninguém saberá ler os livros antigos... Caminhamos para uma nova Idade Média...?

 

 

 Democritus, the Laughing Philosopher... 

Johannes Moreelse, c. 1630

 

 

publicado às 18:12


A Grécia, ainda

por beatriz j a, em 10.10.12

 

 

 

 

 

Greek. S)

por John Stokes

 

publicado às 06:40


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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