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Séries - The Durrells in Corfu

por beatriz j a, em 24.05.19

 

Uma mãe viúva nos anos 30 do século XX com problemas de dinheiro e com quatro filhos nada fáceis resolve ir para a Grécia, para Corfu onde a vida tem mais sol, é mais alegre e custa menos. Baseado na autobiografia de um dos filhos que escreveu essa história. A série é só a vida daquela família mas é tão real na sua estranheza e contada com tanto sentido de humor que vicia um bocado. Isso e as imagens da Grécia... apetece ir para lá...

 

 

publicado às 14:20

 

 

Paraíso grego de Hydra sem luz nem água

Restaurantes fechados, ruas às escuras, hotéis sem água nem comida. Para quem está a passar férias em Hydra, uma das mais bonitas ilhas gregas, este domingo foi um pesadelo.

Centenas de turistas furiosos convergiram para o pequeno porto de Hydra, tentando arranjar lugar no ferry para Atenas, depois de um corte de eletricidade, que a companhia responsável não está a conseguir resolver. Desde a manhã de sábado que não há luz e, em virtude da falta de eletricidade, a água canalizada acabou no domingo.

Outra famosa ilha grega, Mykonos, tem tido faltas de água este verão, e em Atenas, na semana passada, um corte de energia deixou a cidade sem semáforos e muita gente presa em elevadores.

 

publicado às 05:05


Isto faz lembrar aqui o rectângulo

por beatriz j a, em 24.07.18

 

 

De 11 em 11 anos fogos, que é o tempo de certas árvores como os eucaliptos crescerem, falta de ordenamento do território, construção à balda, matas sem pessoal para vigiar e limpar, nomeação de boys do partido que não percebem de nada... mas alguém dúvida que se este ano não tivéssemos tido este Verão com chuvas e até neve tínhamos tido outra vez tragédias como no ano passado?

 

Casas sem licença e falta de planeamento urbano por trás do “desastre à espera de acontecer”

A zona onde ocorreram os incêndios na Grécia era densamente habitada e de difícil acesso, mesmo em condições normais, diz um especialista grego em desastres naturais.

 

publicado às 20:37


FMI e a Grécia

por beatriz j a, em 03.04.16

 

 

Wikileaks: FMI apanhado a planear nova bancarrota na Grécia

Ok? And the Germans raise the issue of the management... and basically we at that time say "Look, you Mrs. Merkel you face a question, you have to think about what is more costly: to go ahead without the IMF, would the Bundestag say 'The IMF is not on board'? or to pick the debt relief that we think that Greece needs in order to keep us on board?" Right? That is really the issue.

 

O que preocupa e assusta, acima de tudo, é a confirmação de que o futuro de todo um povo ou vários povos está nas mãos de uma única pessoa (e seus conselheiros pessoais) como se a UE fosse uma monarquia absoluta e a Merkele fosse a sua monarca. Sim, ver o raciocínio dos 'especialistas' do FMI é chocante na medida em que falam de levar a Grécia ao incumprimento como argumento para convencer a 'monarca' e isso mostra a falta de consciência dessa gente acerca do impacto que as suas maquinações têm na vida das pessoas cujos destinos congeminam. Como se não estivessem a falar de pessoas reais com vidas reais que serão completamente destruídas mas apenas de personagens de um filme. Essa abstração da realidade, num político, num governante ou num técnico definidor de políticas é infantil, perigosa e chocante. 

 

 

publicado às 08:09


O primeiro título desmente o segundo

por beatriz j a, em 21.09.15

 

 

 

Alexis Tsipras. Da anti-austeridade ao ‘queridinho’ da UE

 

Varoufakis é o derrotado da noite

 

O grande derrotado da noite grega eleitoral somos nós todos, europeus, com excepção da Alemanha, claro. O [agora] queridinho da UE só o é por ter curvado a cabeça ao sistema e ter desistido de lutar pela mudança dos princípios que gerem esta Europa desorientada, corrupta, elitista e em ruptura.

 

O grande vencedor é a Alemanha. Imagino os conselhos de ministros do governo alemão mais ou menos assim: alguém sugere que talvez fosse melhor não sugar os países do Sul com 'ajudas' usuárias, estranguladoras das economias. Nessa altura diz o ministro das finanças: 'Ensandeceste, pá? Brincamos, não? Então, os gregos já tiveram um império, os italianos tiveram um império, os franceses tiveram um império, os autríacos e os húngaros tiveram um império, os ingleses tiveram um império, os espanhóis tiveram um império, os turcos tiveram um império, até aqueles estúpidos dos portugueses tiveram um império... epá... chegou a nossa vez!'

 

 

publicado às 05:00


O meu pensador preferido

por beatriz j a, em 01.09.15

 

 

Gosto imenso dele na sua simplicidade minimalista e, no entanto, tão intensa, de recolhimento introspectivo. Olhá-lo ajuda-me a pensar.

Mandei-o vir da Grécia, da loja do senhor Talos. Ajudar alguém e ao mesmo tempo melhorar a nossa vida mental... whats not to like?

 

DSCF1899.jpg

 

 

publicado às 13:19

 

 

Alemania controlará 14 aeropuertos griegos como parte del rescate

 

 

publicado às 20:06


Uns lucram, outros pagam

por beatriz j a, em 18.08.15

 

 

Alemanha quer que os europeus sofram as perdas em vez do FMI caso a Grécia não pague

 

Quer dizer... a Alemanha lucra 100 mil milhões com a crise grega mas se a Grécia não pagar quem há-de sofrer as perdas são 'os europeus'...

 

 

publicado às 06:35


Efeitos da crise grega...

por beatriz j a, em 17.08.15

 

 

 

Two Greek farmers were arrested in 2010 for allegedly digging up these ancient statues and attempting to sell them to a foreign buyer for ten million euros. (PHOTOGRAPH BY THANASSIS STAVRAKIS, AP) 

 

Greece faces major challenges in protecting its cultural heritage: an abundance of antiquities, limited resources to protect them, strong black market demand for antiquities, and an economic crisis that is swelling the ranks of looters with first-time offenders.
 
 
... trabalhadores na miséria tornam-se contrabandistas...
 
 

publicado às 18:08


Obscenidades

por beatriz j a, em 10.08.15

 

 

Alemanha lucrou mais de 100 mil milhões de euros com a crise grega

A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas económicas em troca da ajuda de credores internacionais. O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo. O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juro por causa da crise de dívida grega.

 

A Europa de que gostamos é a dos valores humanistas, não é a dos valores egoístas. Isto é repugnante, repugnante.

 

 

publicado às 20:49

 

 

 

Grécia. Privatizações de 50 mil milhões?

 

 

(...) A decisão foi manter o valor e avançar com as operações através de um fundo grego [Hellenic Republic Asset Development Fund - TAIPED, em grego], mas supervisionado "pelas autoridades europeias".

(...)

De seguida vem tudo o resto, leia-se os activos que já estavam na lista de bens a privatizar e mais alguns: portos, marinas, as instalações olímpicas, a água, os esgotos, hotéis e até um hotel em Corfu. 

(...)

Inicialmente, os credores tentaram impor à Grécia a transferência de todos estes activos para um novo fundo de privatizações sedeado no Luxemburgo, que foi liderado vários anos por Jean Claude Juncker, onde ficaria à guarda de uma instituição financeira presidida por Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão.

(...)

A criação de um fundo para absorver os activos de um país e colocá-lo ao serviço das intenções dos credores não é uma novidade. Já há 25 anos algo semelhante foi posto em prática e em ambos os casos há um nome comum: Wolfgang Schäuble. “Para entender as exigências de Schäuble à Grécia, vejam o que ele impôs ao seu próprio país quando foi reunificado”, 

(...)

Na década de 1990, fruto das vendas da Treuhand, calcula-se que 2,5 milhões dos quatro milhões de trabalhadores destas empresas tenham sido despedidos – a situação foi de tal forma dramática que a 1 de Abril de 1991, o então presidente da Treuhand, Detlev Rohwedder, foi morto com um tiro. Até 1994, este fundo, que segundo Laabs se tornou num antro de corrupção, acumulou dívidas de quase 100 mil milhões de euros.

 

 

publicado às 08:45

 

 

 

Former finance minister Yanis Varoufakis on Greece’s economic crisis 

 

Entrevista de Varoufakis à revista australiana, The Monthly, logo após o referendo mas só agora publicada.

 

(...)

"Para alguns, estes programas de austeridade são o trabalho de uma vida, o seu pequeno bebé. É como o Frankenstein: é um monstro mas é o teu monstro"

“É a forma de Schäuble conseguir extrair concessões da França e da Itália, é esse o jogo desde o início. O jogo é entre a Alemanha, França e a Itália”, avalia. “É uma estratégia para influenciar Paris e Roma, especialmente Paris, para aceitarem a criação de um modelo disciplinador e teutónico para a zona euro.”

Sobre os restantes peões neste jogo político, Varoufakis não tem grandes dúvidas: “É uma mistura de indiferença e interesses próprios. Para alguns destes, os programas de austeridade são o trabalho de uma vida, o seu pequeno bebé. É como o Frankenstein: é um monstro mas é o teu monstro. Têm as carreiras dependentes disto. Veja que o Poul Thomsen, que liderou o programa grego do lado do FMI entre 2010 e 2014, foi promovido a líder do departamento europeu do FMI por causa deste trabalho. Quando esta gente olha para os efeitos do que fizeram – como haver pessoas a procurar comida em caixotes do lixo e o desemprego explosivo – entram em funcionamento todos os seus mecanismos de auto-racionalização: ou dizem que não havia alternativa ou que a culpa é de quem não fez suficientes reformas.”

De salientar que Poul Thomsen, o premiado pelos programas de resgate na Grécia, foi também o líder da missão do FMI a Portugal, Fundo que também recebeu Vítor Gaspar, ex-ministro português, oferecendo-lhe um ordenado de 23 mil euros mensais livres de impostos.

Salários milionários dos técnicos. Além de Vítor Gaspar, a existência das troikas assegura também ordenados chorudos a centenas de “técnicos”, “consultores” e “especialistas” que orbitam à volta destas instituições. Disso mesmo deu conta Yannis Varoufakis na conversa com a “Monthly” agora publicada.

“Temos uma coisa chamada ‘Hellenic Financial Stability Facility’, uma ramificação do ‘European Financial Stability Facility’, fundo que recebeu 50 mil milhões para recapitalizar a banca grega. Este é dinheiro que os contribuintes gregos pediram emprestado para impulsionar a banca mas, enquanto ministro das Finanças, não me deixaram escolher o CEO e nem sequer podia participar nas relações do fundo com os bancos. O povo grego, que nos elegeu, não tinha assim qualquer controlo sobre como é que este dinheiro foi e é usado”, começa por apontar Varoufakis.

Depois de estudar a lei que criou estes mecanismos, “descobri que só tinha um poder sobre estes, que era o de determinar o salário desta gente. Percebi que os salários destes funcionários eram monstruosos para os padrões gregos. Num país com tanta fome e onde o salário mínimo foi cortado para 520 euros, esta gente ganhava qualquer coisa como 18 mil euros por mês”, revela.

Assim, “decidi exercer o meu único poder e usei uma regra muito simples: se as pensões e os salários caíram em média 40% desde o início da crise então decretei um corte de 40% nos salários destes funcionários. Mesmo assim ficavam com um salário elevadíssimo. Sabe o que aconteceu? Recebi uma carta da troika a dizer que a minha decisão tinha sido anulada pois não estava devidamente justificada. Ou seja, num país onde a troika insiste que as pessoas que vivem com 300 euros por mês devem viver com 100 euros por mês, recusaram o meu exercício de corte de despesas e anularam os meus poderes enquanto ministro para cortar os salários desta gente.”

Os problemas gregos. Na longa conversa tida com a “Monthly”, Varoufakis aborda também os problemas que levaram a Grécia até ao ponto actual. “Cleptocracia” é como o antigo ministro define o Estado grego.(...)

 

via msn finanças

 

 

publicado às 13:11

 

 

Ilhas gregas em 'saldos' atraem milionários

 

O que têm em comum o magnata norte-americano Warren Buffett e o ator de Hollywood Johnny Depp?

Acabam de aproveitar a crise na Grécia para se tornarem proprietários de duas ilhas helénicas, beneficiando da baixa de preços. Em parceria com o milionário italiano Alessandro Proto, um dos accionistas do New York Times, Warren Buffett comprou a ilha de São Tomás, com uma área de 1,2 quilómetros quadrados, no Golfo de Egina, nas proximidades do porto de Pireu. Preço: uns "simples" 16,25 milhões de euros. Já Johnny Depp, por seu lado, comprou a pequena ilhota de Strongylo, no Mar Egeu, por 4,2 milhões de euros. "Neste momento, a Grécia encontra-se no radar de vários investidores.


O partido eleito desfeito em frangalhos (Grécia à deriva com rebelião a bordo), e o país à venda, a preço de amendoim, para milionários e abutres afins. Interferiram no resultado das eleições, desprezaram, hostilizaram, caluniaram os gregos eleitos para pôr todos contra eles dividi-los com o intuito de os submeter, económica e politicamente.

Um filme com realização do ditador sem benevolência, da cega imprudente e do ambicioso tolinho. Produção do BCE e FMI.

 

 

publicado às 20:01

 

 

 

Ex-ministro terá dito que, ainda antes de ser eleito, Tsipras lhe deu luz verde para a criação de um sistema bancário alternativo. 

 

 

Obscenidade é estarmos em austeridade há anos para agradar a alemães, finlandeses e banqueiros em geral.

Se o homem foi eleito para negociar uma solução para a dívida que não implicasse mais austeridade e se sabia que ia ser muito difícil conseguir que a Alemanha os deixasse erguer-se da dependência em que estão [foi ainda mais do que ele pensava, como se viu, ele e o V. foram algo ingénuos ao pensar que outros países subjugados também quereriam sair dessa subjugação] tinha que preparar-se para o cenário adverso de serem deixados sozinhos à deriva, sem dinheiro.

 

E, a terem que emitir moeda própria, a situação seria tão radical e dramática que teriam que agir de modo radical com planos e medidas dramáticas... acho que é evidente. As idas à Rússia para pedir apoio foram outra iniciativa. Portanto, os planos não são recambolescos, são próprios de quem está numa situação limite e precisa de medidas limite. Daí que à última da hora o T. tenha raciocinado e agido como um político e, com medo, tenha recuado. O que foi uma pena, quanto a mim. Perdeu e perdeu-se um momento único de viragem neste sistema que nos estrangula.

 

E a situação dos gregos dentro do euro não será melhor que a sua situação fora do euro: miséria, venda de todos os bens apetecíveis a investidores alemães e franceses a preço de amendoim, desemprego, emigração, filas para a sopa, enfim, um caos com falta de soberania. 

 

Ao contrário do que li por aí, ele não recuou sensatamente ao ver que estavam à borda do abismo: ele deixou que os atirassem para o abismo. Sem uma escada. Tal como nós fizemos. E o que isto mostra é que estamos presos ao euro. O euro não é uma salvação, é uma prisão. Se quiséssemos algum dia sair veríamos estas chantagens dos credores, nossos (não) parceiros, que fazem com que uma vida no euro, tal como a UE funciona agora, seja uma morte lenta por falta de comida e fora do euro uma morte ainda mais lenta por falta de água.

 

 

publicado às 09:06


A Grécia e Portugal também são isto

por beatriz j a, em 20.07.15

 

 

 

O aeroporto de Ciudad Real, o primeiro construído por iniciativa privada em Espanha por um montante de 450 milhões de euros e que está atualmente desativado foi a leilão e a única oferta recebida foi de 10.000 euros. Se, no prazo de 20 dias, ninguém fizer outra proposta, a empresa chinesa Tzaneen será a nova proprietária.

 

Quantos milhões alguém terá ganho com este negócio mal cheiroso? O que nos trama é esta corrupção endémica: o que não convence na 'moralidade' de Bruxelas é a disponibilidade para negociar com corruptos, tê-los como presidentes das instituições ou parceiros do Eurogrupo e a indisponibilidade para negociar com quem quer acabar com a corrupção e o 'bullying' aos críticos do sistema anti-democrático. 

A corrupção que atravessa toda a sociedade como um raio que tudo mata à passagem é o maior problema que é preciso atacar, não as pensões dos reformados ou o emprego dos jovens.

 

 

publicado às 08:34


Isto é só rir...

por beatriz j a, em 18.07.15

 

 

 

O Varoufakis e o Tsipras eram uns terroristas sem gravata, uns irresponsáveis, umas crianças auto-centradas, uns convencidos, uns extremistas perigosíssimos, enfim, eram o demo do Apocalipse, por quererem discutir a reestruturação da dívida. Os jornais portugueses [e muitos políticos] chamaram-lhes tudo. Pois, agora, de repente, é óbvio para toda a gente que é preciso falar da reestruturação da dívida e que não é possível a Grécia cumprir nenhum programa sem isso... isto é só rir... ainda havemos de ver o PPC e o Rajoy dizerem que sempre defenderam que se discutisse o alívio da dívida grega...

 

Lagarde defende reestruturação da dívida grega

 

Schäuble e Merkel recusam um "perdão", mas ponderam a possibilidade de "reestruturar a dívida grega" que o FMI diz ser "insustentável". Bundesbank diz que BCE não deve conceder mais liquidez de urgência.

 

Draghi: "É necessário aliviar a dívida grega"

 

 

publicado às 11:17

 

 

 

L'accord sur la Grèce inquiète en Allemagne

L'hebdomadaire "Der Spiegel" estime que "le gouvernement allemand a détruit plusieurs décennies de diplomatie", évoquant un "catalogue des horreurs".

 

 

publicado às 13:51

 

 

 

L'Union européenne a désormais une néo-colonie sur la mer Egée

 

En outre, le petit pays sur la mer Egée doit vendre tout ce qui peut être intéressant pour les grandes multinationales du continent et d'ailleurs. Son eau, son électricité, ses ports, son infrastructure, ses chemins de fer..., tout doit être mis à l'encan, un panonceau "A vendre" autour du cou, dans une grande braderie de privatisations. Cela devrait rapporter 50 milliards d'euros, un montant insensé qui signifie que la Grèce devra probablement aussi vendre quelques îles. En outre, l'argent ne peut pas être utilisé pour investir ; une moitié est destinée à payer les créanciers étrangers, l'autre, pour recapitaliser les banques. Obliger à vendre ce qui est intéressant à des groupes aux capitaux étrangers et liquider ce qui est en concurrence avec ces mêmes groupes, c'est de la politique coloniale. La Grèce devient ainsi une sorte de néo-colonie dans la zone euro. C'est un nouveau statut dans une Union européenne qui nous a autrefois été vendue comme un projet de paix, de progrès et de solidarité.

 

(aproveitando a tradução de um comentador que forneceu o link:

".... o pequeno país no Mar Egeu deve vender tudo o que pode ser interessante para as grandes multinacionais do continente e não só. A sua água, eletricidade, os seus portos, infraestruturas, caminhos de ferro ... tudo deve ser vendido em leilão, um sinal de "For Sale" em volta do pescoço, numa grande liquidação. Isso deve render 50000000000 €, uma quantidade insana que significa que a Grécia provavelmente vai vender algumas ilhas. Além disso, o dinheiro não pode ser usado para investir; metade destina-se a pagar aos credores estrangeiros, o outro, para recapitalizar os bancos. Forçar para venda o que tem valor para grupos de capital estrangeiro e liquidar que compete com esses mesmos grupos releva da política colonial. A Grécia torna-se assim uma espécie de neo-colónia na área do euro. É um novo status numa União Europeia que uma vez nos venderam como um projecto de paz, progresso e solidariedade....")

 

 

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publicado às 07:14


Os dois grandes erros dos gregos

por beatriz j a, em 14.07.15

 

 

 

O primeiro foi começar a jogar. Durante estes seis meses de negociações os dois gregos não jogaram, quer dizer, não havia ali bluffs nem póker, havia decisão, convicção e frontalidade. Vinham com intenção de pôr as contas da Grécia em dia, romper com as décadas de corrupção que puseram a Grécia de joelhos, infundir um espírito de mudança democrática em Bruxelas, equilibrar o poder dos países do Norte com um poder a Sul para uma Europa mais equitativa, justa e democrática, enfim, repôr o projecto europeu.

Enquanto não jogaram estiveram sempre por cima. A certa altura, vendo que não iriam conseguir demover os interesses da Alemanha (subestimaram muito a força alemã e sobrestimaram muito as virtudes democráticas dos países ditos desenvolvidos) e vendo-se encostados à parede depois de meses ali sozinhos com todos contra si, decidiram jogar. Tsipras marcou um referendo para saber da vontade do povo pois não tinha sido eleito para assinar uma capitulação da soberania mas nunca pensou que o 'não' ganhasse e, ao ser surpreendido pelo seu próprio sucesso, perdeu o pé e cometeu dois grandes erros: o primeiro foi sacrificar o seu ministro das finanças que era a sua muralha... isso foi uma capitulação face ao Schlaube que enfraqueceu muito a sua posição porque mostrou que a vontade de acordo era maior que a vontade de soberania... nunca a Alemanha sacrificaria o seu ministro para agradar aos gregos; o segundo erro foi usar o referendo como um trunfo num jogo que não estava seguro de ser capaz de jogar, sobretudo depois de ter dito aos gregos que a única coisa de que temos que ter medo é o próprio medo... é certo que ele estava numa posição insuportável há meses... ele e o outro, sozinhos contra aqueles sabidos sem escrúpulos mas mesmo assim, foram dois erros muito grandes.

Acabou sozinho fechado no gabinete do Tusk, rodeado da alemã e do francês que o intimidaram de todos os modos e feitios e que o impediram até, segundo o Times, de falar com o Juncker, com quem ele pediu para falar, a certa altura.

Uma tragédia para os gregos, uma farsa do directório do Eurogrupo.

 

 

publicado às 23:42


O (não)acordo

por beatriz j a, em 13.07.15

 

 

 

A conferência de imprensa da Merkele hoje de manhã depois do (não)acordo foi um bocado repugnante porque foi visível o prazer do anúncio da submissão do outro. À pergunta, 'este acordo não é como o acordo de Versailhes de há 100 anos?', respondeu que não faz comparações históricas, que o programa é como os de Portugal e Espanha onde funcionou sem confusões; disse ainda que o espanhol Rajoy e o português Passos Coelho, disseram várias vezes, durante a reunião, que o programa para a Grécia não é nada de especial [para quem tinha dúvidas sobre o papel do PPC]; à pergunta, 'será que os gregos [o povo], aceita este pacote de austeridade?', riu e disse que o povo grego por esta altura já percebeu que quer é ficar no euro, assim como quem diz, estamo-nos nas tintas para o gregos, se não querem obedecer podem ir embora; à pergunta, 'como é que vão financiar os bancos?', repondeu que a administração pública grega vai ter que ser despolitizada e fazer o que tem de ser... enfim, a UE morreu hoje, às 8 da manhã nossas, 9 horas deles. As perspectivas são muito sombrias, para os próximos muitos e muitos e muitos anos.

 

Entretanto, parece que em França o acordo foi alcançado por causa do Sarkozy. [En aucun cas, proteste Woerth, qui ose ce scoop sur les coulisses de l’accord de Bruxelles : «visiblement l’appel de Nicolas Sarkozy n’est pas resté lettre morte» puisque les propositions allemandes ont, in fine, été acceptées par la France.]

 

Em Portugal, como todos já sabemos foi por causa do PPC. Patéticos...

 

 

publicado às 19:34


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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