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Bem, isso toda a gente quer, evidentemente... o problema está no como. O que se viu na legislatura anterior foi aumentar a burocracia e impor a passagem de todos como maneira de melhorar as estatísticas sem ter que resolver o problema de encontrar modos de pôr os alunos a serem actores e não apenas espectadores do seu próprio sucesso.

O que mais temo na educação são os crentes dogmáticos que trazem a revolução no bolso e nos põem a todos nós reféns da sua crença ideológica. É assim como impor uma religião única e designar todas as alternativas como heresias condenáveis. Nada na educação é exclusivo e mágico e não há uma única maneira de resolver os problemas porque estamos a falar de pessoas. Seria de supor que os decisores usassem de prudência nas medidas radicais e revolucionárias que atiram para a educação pois o voltar atrás neste domínio é uma impossibilidade ontológica e entretanto já se estragaram muitas pessoas pelo caminho. 

 

publicado às 19:16

 

... com Estrategas da Cidadania que expliquem a importância de educar alunos, com Promotores da Saúde e, entre estes, Psicólogos que tratem de vícios, porque é evidente que os professores sofrem de distúrbio do vício do salário ao fim do mês. Apesar do primeiro-ministro já ter dito que os professores devem motivar-se é com os alunos e não com o salário, parece que os professores, à semelhança de outros trabalhadores, uns mais bestiais, outros menos, estão fixados nessa questão de ter que ter todos os meses um salário na conta que dê para viver. O vício é de tal ordem que alguns fazem outros trabalhos para alimentar esse vício de verem dinheiro na conta... isto é uma hecatombe psiquiátrica! 

Os partidos políticos até já se afastaram de todo o assunto da educação com medo de contribuir para esse vício infando! Venham os psicólogos às escolas falar a esses contratados! Expliquem-lhes que é muito feio querer ter um salário que dê para viver, só porque outros têm... quer dizer, onde é que já se viu?

 

Rendas altas e salários baixos deixam escolas com falta de professores

 

publicado às 13:15

 

Um emplastro chamado Pardal

Com as devidas distâncias, ontem lembrei-me desse filme quando Pardal Henriques, o porta-voz e assessor do sindicato dos motoristas de matérias perigosas, anunciou o fim da greve. Depois, o comunicado oficial foi lido pelo presidente do sindicato, não sem que Pardal Henriques lhe fosse dando dicas ao ouvido. Uma situação patética, diga-se.

Calculo que muitos camionistas que perderam dinheiro nestes sete dias de greve tenham ficado desiludidos, pois quem estica a corda tanto como o sindicato o fez é para levar a sua luta até ao fim.

(...)

Por fim, Pardal Henriques. O homem foi um dos grandes derrotados desta telenovela e o seu futuro político pode ter ficado em causa, apesar de ter sido um dos principais responsáveis pelos aumentos já garantidos para todos os camionistas.

 

Não há ninguém que não crucifique Pardal Henriques que foi o rosto da greve dos motoristas. Li uma notícia que começava assim, 'Pardal, advogado dos motoristas que nunca foi motorista...' ... mas desde quando os advogados têm que ter a profissão daqueles que defendem?

O homem foi crucificado por toda a gente: pelo governo, pela ANTRAM, pelos jornais e comentadores sicofantas do governo e patrões. No entanto, o que importava aqui perceber é: porque é que Pardal Henriques surge a dar a cara numa greve radical? A resposta está em que, neste momento da história política em que vivemos, ninguém do lado do governo ou das entidades patronais se dá sequer ao trabalho de ouvir os trabalhadores, de modo que as pessoas vêem-se na situação de radicalizar os protestos apenas para que as ouçam.

 

Se não fosse Pardal Henriques e esta greve radical ninguém saberia das condições de trabalho dos camionistas, constantemente ignorados, desprezados até, nas suas questões, por patrões e governos. Temos um país minado pela corrupção e clientelismo onde se aproveitou o pretexto da troika para retirar direitos aos trabalhadores, ao mesmo tempo que se aumentavam as regalias aos responsáveis -da banca às empresas públicas passando pelos políticos- da crise que nos fez pagar 20 mil milhões numa dezena de anos.

 

Este governo, que atingiu o cúmulo da concentração de poder em família e amigos, aproveitou o abismo em que a oposição se enfiou à conta do governo de PPC e o vazio de contestação política eficiente e consequente para mostrar que é duro com quem trabalha e serve quem de nós se serve. Tem sido indiferente à situação dos serviços públicos, dos professores, dos enfermeiros, dos médicos, etc., etc. Está sempre pronto, com  a conivência cobarde do Presidente, a enfiar dinheiro na banca e nos projectos de primos e amigos, no vampirismo do fisco aos pequenos trabalhadores (Nos últimos três anos saíram de Portugal 30 mil milhões de euros para offshores) mas recusa-se terminantemente e com tiques de autoritarismo que já nem os do próprio partido conseguem negar, a atender as condições decadentes dos trabalhadores, chegando ao ponto de nem sequer os ouvir e defender que sendo governo não se tem que cumprir a lei à letra.

 

É por isso que surgem Pardais Henriques, quer dizer, eles são sintoma do desespero em que as pessoas se encontram. E isso é que importa perceber e reparar antes que tudo piore. Neste momento, como se lê na notícia abaixo, há já vários sindicatos desalinhados com as CGTPs.

Estes sindicatos só surgiram, tal como o Pardal Henriques, porque a regressão em direitos laborais que custaram muito a conquistar são constantemente destruídos com o beneplácito das centrais sindicais que assinam de cruz tudo o que os governos querem (ainda hoje li no jornal que o Presidente promulgou a proposta do PS de precarizar ainda mais os trabalhadores duplicando o período de trabalho à experiência com o argumento de que é bom para a economia...) e duplicam a retórica demagoga do governo.

 

O que quero dizer é: o governo de PPC e agora o do Costacenteno, que aproveita o lastro deixado pelo anterior para andar à vontade, foram e são radicais na sua recusa em melhorar a vida e condições de trabalho das pessoas e, até, em ouvi-las.

Com o argumento de terem acabado com a austeridade mantiveram cortes com outros nomes, desinvestimento superior ao do tempo da troika, cobranças incríveis de impostos, deterioração do rendimento da classe média, comportamento agressivo e ofensivo contra os trabalhadores, etc., ao mesmo tempo que deixam os mais ricos enriquecerem. E estão cada vez mais autoritários, em grande parte porque não têm oposição séria - os partidos da geringonça não fazem oposição, fazem fretes. Ora, isso está a fazer surgir movimentos sindicais também mais agressivos e radicais.

 

É a terceira lei de Newton, A toda acção há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Isto, penso, é que importava perceber. Quando encostam as pessoas à parede e elas não vêm modo de poder viver em condições dignas e acham que já não têm nada a perder, avançam com toda a força. Como este governo deve ganhar as eleições, ao que dizem, as coisas vão piorar ainda mais, porque a ganância do poder absoluto faz parte do ADN do PS desde o Socas. É preciso ver que este governo é, em grande parte, o conselho de ministros do governo do Socas.

 

Estão sempre a dizer que Portugal é diferente porque nos outros países o autoritarismo e a extrema -direita estão em ascensão mas aqui temos um governo socialista... a verdade é que o socialismo deste governo é uma fachada para o autoritarismo. A ambição de Centeno é o FMI, os argumentos dele são os do Gaspar (que está no FMI) a ambição do governo é o controlo total dos parceiros sociais e da comunicação social, os argumentos do governo e do Presidente são os da troika, os cortes são ainda piores que os da troika... uma fachada para o mesmo autoritarismo que se vê crescer nos outros países. Isso não vem sem consequências.

 

Direito à resistência. Dos estivadores à aviação, sindicalistas desalinhados criticam Governo

... "exigem apenas melhores condições de trabalho, para que sejam cumpridos os desígnios da Assembleia Constituinte,...

Os sindicalistas defendem que "todos estes direitos foram colocados em causa pelo Governo" que demonstra "querer impor à força a manutenção dos lucros exorbitantes das entidades privadas em detrimento de melhores condições de trabalho". Nenhum trabalhador "pode aceitar continuar a receber salários que não garantam uma existência condigna e o trabalho tem que ser prestado em condições socialmente dignificantes, por forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da atividade profissional com a vida familiar", refere o artigo.

A finalizar, os autores acrescentam: "Queremos continuar a defender a garantia de liberdade dos trabalhadores e lutaremos contra quem queira restringir o direito à greve e consequentemente o direito de quem quer lutar por melhores condições de trabalho, sociais e familiares".

 

publicado às 08:08

 

 

É isto: os motoristas estão a lutar por uma vida digna. Tal como o fizeram os professores, os enfermeiros, os médicos... as pessoas têm vidas, têm filhos, trabalham em condições difíceis... mas para o governo e seus sicofantas, isto não passa de um jogo que querem ganhar. Não estão lá para servir os outros e melhorar as condições de vida das pessoas. Não. É só para ganhar e poder pôr hotéis no Rossio e na Rua Augusta e ficar a facturar para si e para a família para o resto da vida, se possível, como os Vieiras da Silva que enfiam as filhas no governo que por sua vez hão-de enfiar os filhos e assim por diante, para ter sempre alguém a ocupar cadeira na mesa do banquete. 

 

Vamos no 2º dia de greve e não há ninguém no governo que mexa um dedo para resolver o problema. As petrolíferas caladinhas que nem ratos. Estão ambos a facturar. O governo, votos, à custa da vida dos outros. Atrevia-me a dizer que até não se importavam que a greve esvaziasse as prateleiras do supermercado porque assim a revolta das pessoas contra os motoristas levava-os à maioria absoluta. Mas nestas coisas há sempre o perigo da arrogância a certa altura desmascarar as pessoas e ter efeitos imprevisíveis nefastos. É só lembrar como Sócrates perdeu uma, já cantada, maioria absoluta.

 

Nas garras do falcão

Paulo Baldaia

Pardal Henriques quis ganhar um jogo que nunca jogou e António Costa venceu em toda a linha, mesmo tendo de sacrificar as justas reivindicações daqueles trabalhadores.

 

publicado às 07:50


As habilidades do primeiro-ministro

por beatriz j a, em 13.08.19

 

As habilidades políticas do primeiro-ministro

Henrique Neto

Receio que os elogios às habilidades do primeiro-ministro sejam o resultado de uma certa doença da sociedade portuguesa de admirar as espertezas dos aparentes sucessos de curto prazo.

 

Leio e ouço com frequência comentadores políticos a fazerem os mais rasgados elogios à habilidade política do primeiro-ministro, ainda que, quase sempre, elogios a um tipo de habilidade que pessoalmente não gostaria que me fosse atribuída. Trata-se da habilidade das meias verdades, quando não da mentira pura e dura, a habilidade de atacar ou reduzir a nada as boas ideias dos adversários políticos, a esperteza de usar argumentos contraditórios sempre que considera ser isso vantajoso para o seu partido em cada circunstância e, pior de tudo, comprometer o interesse nacional sempre que considera poder daí retirar vantagens partidárias.

 

publicado às 07:40

 

Greve: “Boris Costa” em Lisboa

Quando muitos afirmam que felizmente o populismo não atingiu ainda Portugal, ele entra, com furor e honras de Estado, pela porta escancarada do Governo.

 

publicado às 07:38

 

Resolver problemas, evitá-los até, falar com as pessoas, negociar... não sabem. É tudo chantagem à qual não cedem. Tiveram meses para evitar esta situação. Mas fizeram nada. Se fosse a banca já estava tudo resolvidinho.

 

Costa alerta para “sentimento nacional de revolta” perante greve dos motoristas

Primeiro-ministro apela a novo “esforço negocial” entre motoristas e patrões na segunda-feira para evitar a greve marcada para 12 de Agosto

 

publicado às 14:02

 

Li este artigo acerca da indústria do carvão na Alemanha que chegou a empregar 607.000 trabalhadores e fechou as portas no ano passado sem despedir ninguém. Porquê e como? Isso é que é interessante. Nos anos 50 a Alemanha estava tão determinada a tornar-se uma força para o bem que desenvolveu uma forma distinta de capitalismo, chamado o capitalismo renano, marcado pela aversão ao conflito. Isto significa que os sindicatos trabalham com as direcções das empresas e participam, são consultados, nas grandes decisões de negócios. [chamam a isso, a este tipo de gestão, "Mitbestimmung" - sistema consensual que permite aos trabalhadores terem um papel activo nas decisões de gestão das empresas e que lhes permite ter lugares no conselho fiscal]. Quer dizer, os alemães preferem o consenso e não deixam as situações chegar a conflitos. 

 

É claro que isto implica levar em conta os interesses dos trabalhadores e não vê-los apenas como números que potenciam lucros, mas como pessoas, com direitos.

 

Isto é um exemplo muito interessante que podia ser seguido por governos: em vez de construirem estradas de abuso de poder, sonegação de direitos, ódio, de mau-trato, de depreciação e, consequentemente, conflito, construírem estradas de consenso. 

 

Em Portugal, os últimos governos construiram o seu poder sobre conflitos que os próprios governos iniciaram contra classes inteiras de trabalhadores. Como é sabido até houve ministros que se gabaram de terem destruído irreversivelmente as relações com os trabalhadores, 'perdi os professores mas ganhei os pais'. Mas quem é que pode pensar que a educação ou a saúde ou outra actividade ganha quando se perdem por hostilidade, os seus profissionais?

 

Calculo que as estratégias de hostilizar trabalhadores sejam a pensar na boa produtividade: é evidente que trabalhadores vitímas de abusos, calúnias, injustiças e atiçados uns contra os outros permanentemente em conflito têm maior produtividade e são um sintoma de uma democracia robusta que se quer melhorar a si mesma...

 

How Germany closed its coal industry without sacking a single miner

 

publicado às 06:59

 

Governo ‘esquece-se’ de aprovar contas da CP desde 2015

Desde 2014 que o Governo de António Costa optou por não aprovar as contas da transportadora ferroviária nacional

A falta de aprovação das contas por parte do atual governo socialista é dupla, ou seja, contou com a omissão a esse respeito por parte da tutela setorial, representada pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas – liderado até há cerca de dois meses por Pedro Marques, entretanto substituído por Pedro Nuno Santos -, assim como com a ausência de opinião e de decisão em consonância da responsabilidade da tutela do Ministério das Finanças, liderado por Mário Centeno.

 

publicado às 08:23


Mas neste governo ninguém pensa?

por beatriz j a, em 30.03.19

 

O governo quer ir buscar mulheres, crianças e adolescentes que estão presos no Médio Oriente por serem jihadistas e trazê-los para Portugal. E dizem com a maior ignorância que vão desradicalizá-los, como se eles tivessem apanhado papeira e agora fossem ser tratatos e ficar bons... 

 

Não passa pela cabeça destes conúbios unidos que as raparigas que foram para a Síria para juntar-se a jihadistas, perfeitamente ao corrente das suas práticas de decapitações e demais violência contra as mulheres, homossexuais, etc. o fizeram por sentirem-se atraídas por essa mesma violência? Não lhes passa pela cabeça que pessoas normais, por muito desiludidas que estejam, ou frustradas com o Ocidente, não vão juntar todas as energias para fugir de casa e ir juntar-se a psicopatas, assassinos profissionais? E não lhes passa pela cabeça que isso de desradicalizar é só uma palavra que usam essas pessoas para poderem voltar agora que os maridos/carrascos perderam a guerra?

 

E querem trazer para cá essas mulheres e adolescentes para quê? Então andamos a expulsar daqui portugueses com valor aos milhares para gastar dinheiro a ir buscar pessoas doentes mentais, no mínimo, violentas e de mau carácter no que é o mais provável? Uma coisa é ir buscar as crianças, outra muito diferente é ir buscar as mulheres que participaram em crimes hodiendos e tratá-las como se fossem vítimas.

 

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publicado às 20:16

 

Lá está... já lemos muitos livros de filosofia e a nossa mãe esqueceu-se de nos fazer parvas...

 

"Os cuidados de saúde não estão em causa. Estarão integralmente assegurados..."? A sério...? É que é justamente o que está em causa e não estão nada assegurados. E sabendo nós da vossa total incompetência em negociar e ser capazes de chegar a compromissos, o caso ainda é mais inquietante.

 

Diz a Portela, "que as notícias sobre grupos privados que podem suspender convenções com o subsistema dos funcionários públicos geram ansiedade nos beneficiários. Geram ansiedade, sobretudo em quem tem tratamentos em curso"... não é só em quem tem tratamentos em curso. O que acontece às pessoas que descontam há 5, 10, 20 ou mais anos, quando tiverem uma doença ou, onde é que levam os filhos, se cortarem relações com os hospitais? Vão a Freixo de Espada à Cinta ao hospital com quem agora têm uma convenção ou à Ilha Terceira nos Açores?

 

Este governo só conhece braços de ferro e não sabe negociar com ninguém e depois vem o Costa e diz, como se fossemos todos os parvinhos dos partidos que ele distribui pelos cargos, que está tudo bem. Vá-se embora do governo, sff.

 

Braço de ferro com CUF, Luz e Lusíadas.

António Costa, deu uma "palavra de confiança aos beneficiários da ADSE". "Os cuidados de saúde não estão em causa. Estarão integralmente assegurados, assim como está assegurada a continuidade da ADSE", garantiu.

 

O que diz a presidente da ADSE?

Sofia Portela, presidente da ADSE, afirmou, em entrevista à Lusa, que está "em diálogo permanente" com os prestadores de cuidados, esperando ter "sucesso nesse diálogo". Referiu, no entanto, que as notícias sobre grupos privados que podem suspender convenções com o subsistema dos funcionários públicos geram ansiedade nos beneficiários.

"Geram ansiedade, sobretudo em quem tem tratamentos em curso. Gostava de dar uma palavra de tranquilidade. Os serviços de saúde e o seu acesso está completamente assegurado e podem aceder como sempre fizeram aos prestadores. A ADSE está a desenvolver todos os esforços para que não haja quebras de acesso", afirmou.

 

publicado às 04:51

 

Governo pressiona OCDE a mudar capítulo sobre corrupção

Tema surge pela primeira vez num relatório pela mão de Álvaro Santos Pereira e deixa Portugal mal na fotografia. Governo exige mudanças por considerar a referência forçada e assente em preconceitos

 

publicado às 08:30


Corrijam-me se estou enganada

por beatriz j a, em 17.12.18

 

O governo, ao mesmo tempo que entende que não tem que cumprir os seus deveres mais básicos de legalidade, transparência, justiça, ética, atenção aos parceiros sociais, etc., exige e reclama, ao ponto da ofensa e calúnia de chamar criminosos e irresponsáveis, que todos os outros têm esses deveres de serem entidades irrepreensível e altamente morais. Mas o governo, não. O governo pode escusar-se e ter comportamentos de falsidade e engano, os outros é que têm que ser altruístas ao ponto estar de acordo com eles e até desistirem dos seus direitos legais. Fazer greves é criminosos e irresponsável. Querem obediência cega para poderem eles mesmos escapar pelos pingos da chuva de não terem sabido resolver os problemas das pessoas.

Mas isto faz sentido para alguém...? Isto é razoável?

 

publicado às 20:17

 

Forte com os fracos…

(Ricardo Cabral)

Em resumo, a operação financeira anunciada pelo Governo não é assim tão positiva como parece.

 

Uma poupança de menos de 90 M€ por ano até 2021 e que desaparece completamente após 2024, em contraponto com o compromisso do Governo de manter uma almofada financeira que poderá custar 200 M€ por ano, durante um prazo indefinido, mas que poderá ser longo, não se afigura de facto uma medida de política económica avisada e prudente.

 

Estes pormenores deveriam ser conhecidos, para que, perante a decisão de avançar com a referida amortização antecipada de dívida ao FMI, a opinião pública portuguesa soubesse que “não há bela sem senão” e que os nossos parceiros europeus estão com frequência a “prejudicar-nos” por portas travessas…

 

Quem defende, então, o interesse do devedor Portugal?

O Governo de Portugal e o IGCP, em particular, não o parecem fazer neste caso. Parecem, pelo contrário, num caso típico de síndrome de Estocolmo, terem os interesses alinhados com os interesses dos credores de Portugal.

 

7900 milhões de euros é muito dinheiro parado a ganhar mofo…

No artigo do PÚBLICO antes referido, até parece que o IGCP se queixa que 7900 M€ é muito pouco dinheiro e é um montante insuficiente (“relativamente reduzido”). Mas 7900 M€ corresponde a quase 4% da riqueza produzida anualmente em Portugal!

 

Acresce que, na realidade, as Administrações Públicas têm muito mais dinheiro parado: 25 mil M€ (12,5% do PIB) em Setembro de 2018, incluindo os referidos quase 8 mil M€ do IGCP.

 

Em 2011, o défice orçamental foi de 13 mil M€ (7,4% do PIB). Em 2018, o défice orçamental será próximo de 0% do PIB. Mas o volume de depósitos das Administrações Públicas parece imune e indiferente a essa realidade e à subida do rating da República entretanto ocorrida, independentemente do seu custo para o erário público.

 

Esta “almofada financeira” pública que, faz anos, não há maneira de descer e os resgates obscenos à banca constituem os principais desperdícios de dinheiros públicos do passado recente.

Custa reconhecer mas, nestas duas dimensões, o actual Governo tem desapontado!

 

publicado às 06:47

 

Fenprof acusa governo de “cobardia” ao declarar “guerra fria” sob anonimato

 

 

Isto é verdade, quer a Fenprof queira, quer não queira. Aliás, no dia da votação, o PCP dizia para os partidos da 'direita', em voz alta, que podiam votar à vontade que isso em nada os comprometia já que estavam a votar apenas para que voltassem à negociação, ficando subentendido que estavam cientes (e não em desacordo) de que o governo podia fazer o que já fez: nada.

 

Quem não percebe que os partidos da AR, juntamente com o governo, são uma coleção de vigaristas ardilosos ou é cego ou pior. (vigarista: Diz-se de ou indivíduo que visa enganar outros por meios ardilosos ou de má-fé. = INTRUJÃO, TRAPACEIRO,  https://dicionario.priberam.org/vigarista)

 

Quem acha que esta gente não merece um voto ponha o braço no ar

 

publicado às 18:50


OE 2019 - a chatice dos factos

por beatriz j a, em 31.10.18

 

 

As chamadas despesas excepcionais representam mais de 10 mil milhões de euros, de que não resultam quaisquer benefícios para o cidadão comum. Outrossim, vão directos para os grandes grupos financeiros e económicos. Aí estão inscritos 1750 milhões para os bancos, 4000 milhões para as participações de capital, 1200 milhões para a Parpública e 1518 milhões relativos a rendas de parcerias público-privadas rodoviárias, quando a UE (Eurostat) estimou que o seu valor actualizado não devia ser superior a 337 milhões.

Com a realidade a definir mais tarde, as aparências do OE 2019 são suficientes para perceber o papel da Educação nas prioridades de Costa e Centeno, que o Governo conta pouco e o ministro da Educação vale zero. Como referi antes, um orçamento é sempre um exercício previsional, cujo rigor só é sindicável quando, mais tarde, for cruzado com a respectiva execução. Assim, se a verba prevista para o ensino não superior cresce 248 milhões de euros quando comparada com a inicialmente prevista no orçamento anterior, já quando a comparamos com o que efectivamente se prevê gastar em 2018, o crescimento reduz-se a 82 milhões, isto é, três vezes menos. Se passarmos de valores absolutos para indicadores relativos, salta à vista que o OE 2019 coloca o peso da Educação a evoluir abaixo do que o crescimento económico permitiria. Com efeito, em percentagem do PIB, esse peso vai valer 3,10% em 2019, quando valia 3,14% em 2015, 3,72% em 2011 ou 5,1% em 2002.

 

(Santana Castilho)

 

publicado às 08:27


Duas unidades já são várias

por beatriz j a, em 29.09.18

 

Ministério garante que tempo de serviço vai ter efeitos nos vencimentos de vários professores já em 2019

 

É assim. Há mil professores entre 120 mil que arbitrariamente vão beneficiar de um esmola de tempo de serviço prestado e deitado para o lixo (porque não é o deles), sendo que vão passar à frente de colegas com mais tempo de trabalho e a mesma classificação. Este ME é igual ao da Lurdes Rodrigues: criar a injustiça entre professores pondo uns a atropelar os outros para que se revoltem entre eles e não contra o governo. Aldrabões profissionais... são todos da escola do Sócrates...

 

publicado às 06:33

 

 

A questão é que a articulista é a Mariana Mortágua do BE, que ladra, ladra, mas não morde, porque os casos em que a falta de ética, a aldrabice e o comportamento anti-democrático do governo se manifestam são uns atrás dos outros e, ela e os colegas de partido protestam mas... continuam a suportar e vão suportar o governo, isto é, vão continuar a olear a máquina deste governo com estas características. Que raio de confiança se pode ter num partido que diz mal mas compactua sempre e contribui para a manutenção de tudo o que é mal? E que diferença há entre o governo que prevarica e os que sabendo o suportam...? Pois... nenhuma... 

O lóbi em grande profundidade

Mariana Mortágua

Em janeiro de 2017, em Washington, a ministra do Mar dava as boas-vindas ao investimento americano em exploração de petróleo no nosso país. Em Portugal, garantiu a ministra, não há movimentos "contra este tipo de exploração porque estamos a fazer a coisa silenciosamente".

 

Enquanto Ana Paula Vitorino vendia as costas portuguesas à perfuração em grande profundidade, decorria em Portugal uma consulta pública para a atribuição de um título de utilização privativa do espaço marítimo (TUPEM) para a realização de um furo e prospeção petrolífera em Aljezur para a ENI e a Galp. O furo teve 4 votos a favor e 42 295 contra mas, em janeiro de 2017, o Governo decidiu a favor da atribuição do TUPEM. Os tais inexistentes movimentos de que falava a ministra interpuseram uma providência cautelar. O Governo contestou e perdeu. No dia seguinte, o Ministério do Mar interpôs recurso no tribunal do Loulé, ao lado da Galp e da ENI.

 

Durante estes anos, em que o Governo se colocou ao lado das petrolíferas contra os movimentos sociais, as populações, e todas as autarquias implicadas nestes projetos, a ministra do Mar foi assessorada por Ruben Eiras, gestor da Galp Energia.

 

Eiras era assessor de imprensa de Manuel Pinho no Ministério da Economia quando, em 2006, transitou para gestor da Galp Energia. Nestes anos fez várias comunicações públicas, em que defendeu a estratégia da Galp de promoção da prospeção e exploração de gás natural e petróleo em Portugal. Em maio de 2016 o Ministério do Mar nomeou este "trabalhador da Galp Energia" para assessor. Os sites públicos com o seu currículo dão a entender que acumulou este cargo com o seu trabalho na Galp, mas o ministério avançou a um jornal que Eiras interrompeu funções na Galp em dezembro de 2015. Em qualquer dos casos, em fevereiro de 2018, Ruben Eiras foi nomeado diretor-geral das Políticas do Mar em regime de substituição, tendo-se mantido no cargo desde então, apesar da substituição ter cessado em maio.

 

Há neste caso questões jurídicas a esclarecer, nomeadamente quanto a potenciais incompatibilidades e à permanência irregular no cargo em regime de substituição. Mas uma coisa é certa, a política do Ministério do Mar quanto à prospeção e exploração de petróleo em Portugal não se distingue, neste momento, da da Galp, e isso é perigoso, incoerente e irresponsável.

 

É perigoso porque, mais uma vez, assistimos à dominação das políticas públicas pelos interesses privados. É incoerente porque contradiz a intenção de combater as alterações climáticas. É irresponsável porque os contratos são financeiramente ruinosos para o Estado.

 

 

publicado às 15:12


Isto ainda não começou e já cheira mal...

por beatriz j a, em 08.09.18

 

 

Prospecção aponta para depósito de 30 milhões de toneladas de lítio em Montalegre

"No ranking mundial de explorações de lítio extraído de pedra, esta é a quinta maior mina do mundo", afirmou Ricardo Pinheiro, o director executivo da Lusorecursos.

 

Corrida ao lítio em Portugal já se transformou num caso de polícia

LusoRecursos

O contrato de prospecção e pesquisa de Sepeda foi assinado entre o Estado e Ricardo Pinheiro, sócio-gerente na empresa LusoRecursos. Trata-se de uma sociedade por quotas, com sede em Braga, e sem trabalhadores declarados. O outro sócio-gerente é António Marques, presidente da Associação industrial do Minho (AIM) até Março deste ano. Com dívidas de oito milhões de euros, a AIM está inserida num processo de recuperação e envolvida num processo-crime que está a correr no Ministério Público por causa de suspeitas na aplicação de fundos comunitários. O capital social da LusoRecursos é de 5 mil euros.

 

publicado às 21:01

 

 

O governo alegou o interesse nacional para conceder direitos aos privados para pesquisa petrolífera e o tribunal considerou que não há interesse nacional nesta actividade.

Tribunal trava prospecção de petróleo no Algarve

Ambientalistas prometem continuar a luta, avançando agora com o “processo principal” para barrar a intenção do Governo de apoiar a pesquisa petrolífera ao largo de Aljezur.

 

A prospecção de petróleo ao largo de Aljezur, cujo início do processo estava marcado para Setembro, foi suspensa. O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé (TAF) pronunciou-se esta segunda-feira a favor dos argumentos da Plataforma do Algarve Livre de Petróleo (PAP), que alegou o incumprimento de directas comunitárias, no que diz respeito à segurança e qualidade ambiental do espaço marítimo.

 

A dirigente da PALP, Rosa Guedes, declarou ao PÚBLICO que se trata de “uma vitória esperada”, na medida em que o mesmo tribunal já tinha declarado que “não havia interesse nacional” nesta actividade

 

 imagem da net

 

publicado às 15:52


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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