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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Que surpresa... quem diria que os gays escolheriam ir viver numa comunidade só de homens... onde ainda por cima é bem visto andar de saias...
“Está por demonstrar” em que medida a adopção plena “promove o bem-estar da criança”, diz Cavaco.
... e depois dizer que isso é para o bem-estar das crianças... ...é para o bem-estar dos adultos que receiam a igualdade. Sim, isto é uma questão de igualdade pois dizer que as crianças ficam pior se os pais são gays é dizer que os gays não são seres humanos iguais a nós, heterossexuais, mas inferiores, no que respeita à capacidade de criar e educar uma criança. Ora, está por demonstrar, em absoluto, que as pessoas gays não são seres humanos capazes, como os heterossexuais, de criar e educar uma criança nem há razão para que se pense tal coisa. E o argumento da necessidade de figura maternal e paternal, há muito que a Psicologia o invalidou. A pessoa ou pessoas que criam e cuidam das crianças são chamadas 'figuras maternantes' independentemente do sexo ou orientação sexual. Este argumento só fazia sentido dentro da lógica religiosa/sexista que queria que as crianças se diferenciassem desde cedo nos seus papéis sociais: as raparigas imitariam as mães e treinavam-se para vidas vazias, fúteis e submissas e, os rapazes imitavam os pais para vidas de significado público, dominação e poder. É só isso que está em causa neste veto: um modelo de sociedade que defendemos, aqueles de nós que nos vemos e vemos os outros, em primeiro lugar, como seres humanos, ultrapassado.
imagem The Brain’s Empathy Gap
Direito à opnião, direito à diferença... pois, os dois homens da marca D&G, gostam do direito que têm de ser diferentes, de ser gays publica e orgulhosamente; de não serem perseguidos nem criticados por não serem um casal tradicional; gostam que outros tivessem lutado para que eles pudessem ter o direito a essa diferença; aprovam e exaltam a mudança... dos outros... para os seus direitos... agora, eles mudarem para que os outros tenham direito à diferença [de poderem ter filhos sem serem casais ditos tradicionias]? ...ahh... isso, não.
Acho que é por isso que muita gente tem reagido a estas afirmações dos designers que aparecem muito católicos a clamar pelos valores tradicionais, embora não os cumpram... que isso é para os outros. Acho que as críticas são justas e não têm nada de histeria como opina o articulista que escreve sobre o direito à diferença e critica a rede social por falar de tudo... que é o que ele está a fazer...
O chumbo da proposta de lei sobre adopção de crianças por casais homossexuais. Patéticos os argumentos que impedem que seres humanos adoptem crianças pelo facto de não serem heterossexuais. Como se a violência doméstica, os abusos sexuais de menores e a negligência não fossem oriundos de famílias heterossexuais e como se os homossexuais não fossem filhos de casais heterossexuais. Acho triste, privar crianças de lares que os querem acolher com carinho com argumentos que não servem os seus interesses e se baseiam na segregação de seres humanos devido à sua orientação sexual.
Clendários para gays?! Uau! Qualquer dia até reconhecem que as mulheres também têm alma...
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Anuário com 12 sacerdotes transformados em modelos improvisados está a ser mais vendido do que os calendários com mulheres despidas.
A ideia tem sido um sucesso de vendas no Vaticano, segundo o jornal espanhol 'El Mundo'. O almanaque tornou-se num objeto de culto para os gays que visitam a capital italiana. Tem sido mais vendido do que os calendários onde as mulheres despidas são as protagonistas. Vaticano garante que são mesmo padres e não modelos contratados.
olhar divino...?
... dos últimos inquéritos mostrarem, consistentemente, que a maioria dos portugueses é a favor da igualdade de direitos no que respeita à adopção de crianças por casais gays o parlamento votou contra por causa do PC -a questão ainda não foi discutida suficientemente..?- que não quer saber da opinião do povo e por causa do CDS -que só obedece ao Criador...?- que foi eleito para representar o povo mas que escolhe representar antes o Criador....
Assim vai a República do rectângulo...
Nos EUA o cabeleireiro da governadora do Novo México, por esta ser contra o casamento de gays e adopção de crianças por gays, proibiu-a de voltar a entrar no seu estabelecimento. 'Se não sirvo para casar também não sirvo para lhe arranjar o cabelo', disse. Acho bem.
Ah! Li agora que o PSD e o PS também chumbaram o projeto de lei. Espero que fiquem todos sem cabeleireiro...por assim dizer...
O Diário de Notícias de 9 de Agosto titulava em manchete: ‘Violência doméstica leva polícia a investigar ex-deputado e marido’. Convenhamos que era um título muito pouco compreensível. Apetecia dizer: «Importa-se de repetir?». Mas por isso mesmo fui ler a notícia.
Os títulos incompreensíveis têm muitas vezes essa vantagem: levam os leitores a ler as notícias, na expectativa de perceberem do que se trata. Pelas mesmíssimas razões, os títulos demasiado explicativos têm o efeito contrário: afastam a leitura, pois as pessoas acham que já tudo está dito e que o texto pouco ou nada adiantará.
Pois bem, a notícia do DN relativa ao título em causa dizia o seguinte: «A chamada para a esquadra de Benfica foi feita a 12 de Julho por Carlos Maceno, que apresentava escoriações no pescoço, e acusou o marido, Jorge Nuno de Sá, de agressão». Pensei que tinha lido mal e voltei atrás. É certo que a prosa não era propriamente modelar. Não é muito ortodoxo uma notícia começar por «A chamada para a esquadra de Benfica foi feita a 12 de Julho…». Mas o que me desnorteou não foi isto – foi o nome da mulher. Havia supostamente uma mulher que tinha acusado o marido de agressão. Ora a mulher chamava-se Carlos Maceno. Foi isto que me fez voltar atrás.
Verifiquei, porém, que tinha lido bem o nome.
E neste preciso momento começou a fazer-se luz no meu espírito. A palavra «ex-deputado» constante do título da notícia, associada a uma suposta relação gay, recordou-me um facto ocorrido há poucos meses e de que eu ouvira falar: o casamento de um deputado do PSD com um homem. Esta notícia do DN reportava-se pois, certamente, a esse ‘casal’. O ex-deputado agredira a mulher (ou o marido?) e esta fizera queixa à Polícia.
Continuei a ler: «O ex-deputado do PSD, actualmente coordenador para a Educação da Freguesia de Alcântara, recusa falar da sua vida privada mas garante que nunca agrediu ninguém. O casal, que se casou a 31 de Janeiro, está já separado».
Neste ponto da leitura voltei a parar. Separado? Mas os gays, que travaram uma luta tão grande, tão longa e tão dura para poderem casar-se, separam-se afinal com a mesma facilidade dos outros casais? Não seria normal que, pelo menos nos primeiros tempos de vigência da nova lei, procurassem ser exemplares, até para provarem aos opositores que as suas convicções eram fortes e sua luta era justa?
Acresce que um dos membros do ‘casal’, Jorge Nuno de Sá, na altura deputado, pessoa com alguma notoriedade social, ao assumir o risco de tornar pública a sua homossexualidade e o seu amor por um homem, parecia querer dizer a todos que a decisão de se casar fora devidamente amadurecida. Ora, depois disso, qual o sentido de se separar ao fim de meia dúzia de meses?
Mas a leitura de mais pormenores sobre o ‘casal’ ajuda a lançar alguma luz sobre a história. O ainda marido (ou mulher?) de Nuno de Sá é um massagista de nacionalidade venezuelana, de nome Carlos Eduardo Yanez Marcano (e não Maceno como dizia o DN), com menos 10 anos do que ele. Perante este bilhete de identidade, compreendem-se melhor as zangas, as agressões – e finalmente a lavagem de roupa suja na praça pública.
O jovem venezuelano acusa o marido de o ter agredido na cabeça com um computador e um telemóvel – o que faz irresistivelmente lembrar a trágica cena ocorrida num hotel de Nova Iorque, em que Renato Seabra atacou Carlos Castro com um plasma.
O ex-deputado do PSD garante, porém, que não agrediu ninguém.
Seja qual for a verdade, uma coisa é certa: um dos membros do ‘casal’ está a mentir. Ou Carlos Marcano se queixou à Polícia sem razão e não foi agredido pelo marido (embora tivesse escoriações patentes no pescoço) ou Nuno de Sá mentiu e agrediu mesmo Marcano.
Nesta altura do texto o leitor já percebeu uma dificuldade semântica com que me tenho defrontado neste texto: não havendo neste ‘casal’ um marido e uma mulher, poderá falar-se em dois maridos? Ou seja: Carlos Marcano é marido de Jorge Nuno de Sá e este é marido de Carlos Marcano?
Não é fácil descrever estas situações. Por essas e por outras, numa recente entrevista a Manuel Luís Goucha reafirmei a minha oposição aos casamentos homossexuais. «O casamento é entre um homem e uma mulher», respondi. As palavras que usamos têm um significado que o tempo e o uso foram consolidando – e ‘casamento’ na nossa civilização quer dizer a união entre um homem e uma mulher, ou seja, o acto fundador de uma família. Querer que a palavra tenha outros significados é uma aberração que põe em causa as próprias referências do meio em que vivemos.
Claro que dois homens podem viver juntos – sejam irmãos, amigos, companheiros ou sócios em qualquer coisa. Como duas mulheres podem viver juntas, por variadíssimas razões. E é justo que as pessoas que vivem juntas tenham certos direitos em comum. Mas, para isso, não é necessário pôr em causa as nossas referências nem baralhar os nossos pobres espíritos.
Nem – já agora– complicar a vida aos pobres jornalistas, pondo-os a pensar se estará certo dizer ‘o ex-marido de Jorge Nuno de Sá’.
Confesso que, até ao dia de escrever este texto, não me tinha debruçado sobre o modo como deverão tratar-se os dois membros de um ‘casal’ homossexual. Será correcto falar de ‘dois maridos’ ou de ‘duas esposas’?
Num romance célebre, Jorge Amado falava, de facto, da existência de dois maridos. Mas aí havia uma mulher no meio: Dona Flor. E, se bem me lembro, os dois maridos não estavam propriamente no mesmo plano, pois um já tinha morrido e só reaparecia à noite para consolar a mulher.
Agora um casamento onde há dois maridos e nenhuma mulher é coisa muito estranha. Ainda mais estranha se acabar com uma queixa na esquadra. Embora uma queixa na esquadra por agressão conjugal – quer se trate de dois maridos, de duas mulheres ou de um marido e uma mulher – seja sempre uma forma muito triste de acabar um casamento.
As pessoas gostam muito de se intrometer nos afectos dos outros e nos modos de vida dos outros mesmo quando são assuntos que não incomodam ninguém a não ser os próprios. Quer dizer, não é como se vivessemos em tempos de famílias tradicionais.
Outro dia alguém me dizia que estava a jantar com seis pessoas amigas da namorada -namorada depois do divórcio- e que tinham resolvido contar os filhos dos presentes e eram quase trinta porque, tal como esse meu amigo, também os outros eram divorciados e levaram dois, três ou quatro filhos para o novo namorado ou casamento. Depois disse-me que alguns dos miúdos têm a mãe e o pai e os meios irmãos do namorado da mãe e da namorada do pai e alguns têm meios irmãos dum terceiro casamento da mãe de modo que têm três famílias e vivem de mochila às costas, nunca ficando mais de dois ou três dias no mesmo sítio. Quem sabe se alguns têm uma mãe que se assumiu lésbica ou um pai gay.
A verdade é que os miúdos se adaptaram e não são mais perturbados por isso e são menos intolerantes que o António José Saraiva. A ideia que uns têm que os filhos sem figura paterna ficam malcriados e amaricados ou que sem figura materna se tornam violentos é preconceituosa e sem nenhum fundamento.
Qual é o problema social de dois gays casarem ou divorciarem-se? Nenhum.
Este Saraiva que escreve estas coisas podia ser uma pessoa com uma mente mais evoluída, não podia? Sendo uma pessoa com importância pública e tal... é triste...
Festa de Natal no Vaticano, no dia 15 de Dezembro passado. Os quatro gays reis magos?
Existe uma estética da, e na, moral, que parece estar ausente de muita gente. Muita mesmo. Até de pessoas que se ajuízam como muito bem formadas do ponto de vista pessoal e académico. Tenho constatado isso nas 'anedotas' e comentários a propósito da morte do cronista gay. Certas coisas que deviam causar uma repugnância prévia a qualquer juízo moral, parecem causar até gáudio. Isso é em si mesmo repugnante, embora de outra ordem. E encontramos esses comentários por todo o lado: em jornais, em sites, em blogs...às vezes acho o meu semelhante pouco semelhante.
É no Uganda, na Sérvia, na Bulgária...de onde vem tanto ódio aos gays? Que diferença pode fazer a alguém que outras pessoas gostem umas das outras? Não percebo.
Uma pessoa ser estúpida já é mau, agora gabar-se publicamente de o ser...! Coitados dos cubanos a ter que gramar este bandido que nunca mais morre!
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