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Nocturna - Alexandre O'Neill

por beatriz j a, em 13.03.19

 

 

 

 

Se uma gaivota viesse

trazer-me o céu de Lisboa

no desenho que fizesse,

nesse céu onde o olhar

é uma asa que não voa,

esmorece e cai no mar.

 

Que perfeito coração

no meu peito bateria,

meu amor na tua mão,

nessa mão onde cabia

perfeito o meu coração.

 

Se um português marinheiro,

dos sete mares andarilho,

fosse quem sabe o primeiro

a contar-me o que inventasse,

se um olhar de novo brilho

no meu olhar se enlaçasse.

 

Que perfeito coração

no meu peito bateria,

meu amor na tua mão,

nessa mão onde cabia

perfeito o meu coração.

 

Se ao dizer adeus à vida

as aves todas do céu,

me dessem na despedida

o teu olhar derradeiro,

esse olhar que era só teu,

amor que foste o primeiro.

 

Que perfeito coração

morreria no meu peito,

meu amor na tua mão,

nessa mão onde perfeito

bateu o meu coração.

 

Alexandre O'Neill

 

publicado às 22:12


Em modo 'portuguesinha de gema'

por beatriz j a, em 28.03.17

 

 

 Música: Alain Oulman
Letra: Alexandre O'Neill

 

publicado às 20:51


Se uma gaivota viesse

por beatriz j a, em 08.10.14

 

 

"Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar"


Poema Alexandre O´Neill | Fotografia de Armindo Ribeiro

 

 

 

 

 

publicado às 21:43


'come chocolates', come

por beatriz j a, em 10.12.10

 

 

 

 

Da minha janela te vejo

do lado de lá do mar

apanhar ondas que beijo

eu gaivota em ti voar.

 

bja,

 

da mesma série...chocolates a mais provocam cenas

publicado às 14:30


fado do O'Neill

por beatriz j a, em 02.01.10

 

 

Não sou grande fã de fado, embora goste de ouvir de vez em quando. No entanto, há dois fados que gosto muito e ouço muitas vezes. Um é este, Gaivota, cantado pela Amália nesta interpretação. De há uns tempos para cá parece que foi redescoberto por aí, mas em interpretações que não bastam.

Estas palavras do O'Neill não são para qualquer um dizer, nem são para qualquer um cantar. É preciso ter uma voz como esta, enorme a lembrar o mar, um timbre como este que sobe ao brilhante e desce ao escuro e uma alma como esta capaz de pôr um sentimento de sofrimento magoado nas palavras do poeta.

 

 

Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse

Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar

Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração

Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro

A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
Ao meu olhar se enlaçasse

Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração

Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida

O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor que foste o primeiro

Que perfeito coração
Morreria no meu peito
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração
Alexandre O'Neill

 

 

publicado às 15:10


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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