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Para lá de toda a disputa política, um mistério que está por descobrir é como é que os emails do embaixador [o embaixador inglês que escreveu os memorandos a dizer mal de Trump] chegaram ao Daily Mail. Na própria notícia em que revela a informação, o jornal reconhece que a fuga «é extremamente incomum e levanta novas questões quanto à moral da função pública».

 

O pior aspecto de toda esta questão foi a fuga de informação dos memorandos do embaixador inglês. O resto são políticos a aproveitar o momento para se tramarem uns aos outros como é seu costume e prioridade na vida.

A diplomacia não é, como se sabe, a arte da verdade, é antes uma espécie de cavalo de tróia amigável no país do outro. É por isso que a questão do segredo da informação é essencial. Os embaixadores dizem, como devem, exactamente o que pensam do que se passa nos países onde estão, aos seus governos, no pressuposto de que essas informações são secretas mesmo quando os governos mudam ou os embaixadores mudam, pois caso contrário deixavam de dizer a verdade com prejuízo para os seus governos. Para que isso aconteça é necessária uma função pública de grande qualidade que não se coaduna com tarefeiros ou primos nomeados ou prémios a putos serventes do partido que colaram cartazes ou outras coisas do género. Mas está na moda dizer mal da função pública e denegri-la em vez de valorizar o que tem de essencial.

A função pública, e não só na diplomacia, na magistratura como na educação, na saúde ou nas forças de segurança, prestam um serviço essencial aos países que não devia ser posto em causa por partidos políticos para servir interesses clubísticos de curto prazo.

 

publicado às 11:41


O professores sabem isto muito bem

por beatriz j a, em 09.10.18

 

Portugal é o país que desinvestiu mais em Educação na última década

Em todos os níveis de ensino, os gastos anuais por aluno caíram de 2000 para 2011. Uma vez que os autores do relatório afirmam que os salários dos professores caíram cerca de 16%, crê-se que a despesa com Educação em Portugal terá voltado a cair. 

 

 

Isto, os funcionários públicos sabem.

 

Tudo somado, os funcionários públicos perderam em média 1/5 do seu salário em termos reais desde o início do século. Algumas classes profissionais (tipicamente, as mais qualificadas) viram o seu poder de compra cair perto de 30%. (Ricardo Paes Mamede)

...entre 2000 e 2008 os salários dos funcionários públicos cresceram abaixo da inflação média registada no período, traduzindo-se numa perda acumulada de poder de compra de 11% (enquanto os salários no setor privado cresciam em média 7% em termos reais). A isto soma-se o congelamento das progressões que teve início em 2005 (e que ainda não terminou por completo).

Em termos práticos, isto significa que há centenas de milhares de trabalhadores em Portugal que nem daqui a uma década irão recuperar o poder de compra que tinham 30 anos antes, mesmo que a economia continue a crescer.

Aqui chegados, o mínimo que estes trabalhadores e as organizações que os representam devem exigir é que os seus salários aumentem anualmente em linha com a inflação, para que o seu poder de compra não continue a degradar-se. É um favor que fazem a si próprios, mas também à dignificação do papel do Estado em Portugal. O impacto orçamental não é superior a 0,1% do PIB. Não se pode dizer que seja pedir demais.

 

 

publicado às 14:26

 

 

Desde o governo da Rodrigues que os professores são considerados lixo. É certo que somos muitos e à nossa conta pagaram-se mais de 5 mil milhões de euros de crise mas é claro que isso foi merecido porque afinal nós somos... lixo. Despediram-se com estratagemas de aumentar trabalho cerca de 30 mil professores mas é claro que isso foi merecido porque afinal nós somos... lixo. Tiraram-nos o direito à pausa entre aulas e temos que pagar ao Estado uma ida à casa de banho, beber um café ou comer qualquer coisa num intervalo ( que normalmente usamos para trabalhar...) mas é claro que isso foi merecido porque afinal nós somos... lixo. Damos aulas de apoio, criamos projectos para o desenvolvimento dos alunos e isso é considerado actividade não lectiva, ou seja, tempos a acrescentar ao horário do professor mas é claro que isso é merecido porque afinal nós somos... lixo. Fizeram um apagão em mais de dez anos de trabalho enquanto nos obrigaram a continuamente fazer formações pós-laborias, pagar sobretaxas, fazer reuniões pós-laborais de borla, etc. mas é claro que isso foi merecido porque afinal nós somos... lixo.

Há dinheiro para pagar a toda a gente e alguns já tiveram progressões há dois anos com o tempo todo contado, como os militares e os juízes mas é evidente que essas pessoas são trabalhadores válidos ao contrário dos professores que, como toda a gente sabe, são lixo.

 

Há uns anos foram-nos retirados direitos com o argumento de que tínhamos que ser iguais ao resto da função pública, agora recusam-nos direitos com o argumento de que não somos iguais à função pública. Pois não somos... toda a gente sabe que neste país os professores são... lixo.

 

Professores custam mais 600 milhões/ano

Descongelar carreira docente com pagamento integral dos novos escalões custaria tanto quanto o que o Estado prevê gastar em toda a Função Pública.

 

Professores fazem greve à primeira aula do dia a partir de 13 de Novembro

Não contabilização do tempo de serviço dos últimos sete anos para descongelamento das carreiras motiva protesto da FNE. O sindicato anuncia que vai convidar as restantes organizações sindicais a juntarem-se ao protesto.

 

 

publicado às 16:19

 

Greve: 90% das escolas de todo o país estão encerradas

"Há agrupamentos inteiros encerrados", segundo Mário Nogueira. Hospitais muito afectados, avançam ainda sindicatos.

 

publicado às 15:14

 

 

Funcionários públicos não vão ter aumentos em 2017

O ministro das Finanças defendeu que o Estado precisa de um esquema de prémios e incentivos laborais, que podem custar os tais 200 milhões. "Desde 2006 que não há progressões ou promoções nas carreiras."

 

... não sobra nada para os trabalhadores. Ainda ontem vi que o ministro da educação quer baixar o número de alunos por turma [porque sabe que como as coisas estão não há modo de melhorar a qualidade do ensino) mas não se pode porque custa 700 milhões de euros. O que é isso comparado com os 19.5 mil milhões que já se gastou a tapar os calotes da banca?

Pois, apostar na educação para pôr o país a andar não se pode que é caro, já salvar banqueiros que usaram o nosso dinheiro à toa, isso é que é investir no futuro. [dos banqueiros, claro...]

Nas escolas ouço muita gente dizer que vai deixar de fazer formações e outras coisas que nos custam tempo e dinheiro. Com as carreiras congeladas e os salários também, a que propósito é que uma pessoa anda a esmifrar-se numa estrutura anti-democrática e injusta? Que interessa ser bom funcionário? 

Neste país, para se estar bem tem que ser-se incompetente e descarado como qualquer banqueiro ou político sabe.

 

 

publicado às 08:15


A não-austeridade do Costa

por beatriz j a, em 13.05.16

 

 

 

Função Pública com saúde mais cara Cirurgia cardíaca aumenta 900 euros. Pacemaker passa de 480 para 1200 euros.

adse_aumenta_custos_para_os_beneficiarios.

 

Os do costume que paguem a crise. Como o aumento brutal dos descontos para a ADSE não parece muito ao Costa e amigos, resolveram enfiar a espada mais fundo.

 

 

publicado às 07:59

 

 

 

...10 anos, 12? Estes filhos de um indivíduo de péssimo nome que nos 'devolveram' parte dos cortes de um modo muito especioso onde ficamos a ganhar ainda menos do que ganhávamos com os cortes e que foram governar, não tendo ganho eleições, com o argumento que era necessário acabar com a austeridade cega, levam a austeridade ainda mais longe que o outro anterior. Redução de salários com aumento de impostos, de preços, despedimentos... é claro que para a banca e para os funcionário públicos 'boys' nunca falta dinheiro. PS, PCP, BE, mais mentirosos que os mentirosos anteriores. 

Não digo mais nada porque não vale a pena baixar o nível da conversa com gente desta...

 

Funcionários públicos sem aumentos salariais durante toda a legislatura

O congelamento generalizado dos salários significa que os funcionários terão uma perda do poder de compra nos próximos anos, uma vez que o Governo prevê um aumento dos preços ao longo da legislatura (a inflação prevista deverá oscilar entre 1,6% e 1,8%). E mesmo o fim dos cortes salariais, que será total a partir de Outubro deste ano, não garante que os trabalhadores do sector público vão retomar o nível remuneratório que tinham em 2010. Além da inflação nos últimos anos, aumentaram os descontos para a ADSE e a situação fiscal, tal como a dos restantes portugueses, agravou-se.

 O Executivo projecta que, entre 2016 e 2020, o peso da despesa com pessoal no PIB diminua 1,1 pontos percentuais, de 11,1% para 10%. É a rubrica da despesa pública que mais contribui para a redução do défice, que no mesmo período cai 2,5 pontos percentuais. Em 2017, a descida do peso da despesa com pessoal no PIB é de 0,3 pontos.

 

 

publicado às 10:17


Função pública

por beatriz j a, em 17.02.16

 

 

 

Função Pública em números

 

1

quantos funcionários públicos existem?

Em Dezembro de 2015 havia em Portugal 658.565 funcionários públicos, segundo os dados oficiais. Ou seja, 6,4% dos portugueses tem um emprego na administração pública. Entre a população empregada o número de funcionários públicos representa 14,4%. E em cada dez trabalhadores do Estado, seis são mulheres.

 

2

quais são os sectores com mais funcionários públicos?

Excluindo os assistentes operacionais (trabalhadores dos serviços), a classe profissional que conta com o maior número de trabalhadores do Estado são os professores do ensino básico e secundário. Segundo os dados mais recentes da Síntese Estatística do Emprego Público, havia 129.149 professores dos quadros e contratados. Menos 22.013 docentes face a Dezemebro de 2011. Logo a seguir surgem os médicos e enfermeiros, geridos pelo Ministério da Saúde, com um peso de 4,1% e 6,4%, respectivamente. As forças de segurança (PSP) representam 8% dos funcionários públicos, menos 2,9% face ao mesmo mês de 2011.

 

3

Contratos a termo _sobem 3%

O número de funcionários públicos com contratos a termo subiu 3% face a 2014. Em Dezembro de 2015 eram 71.723 os trabalhadores do Estado que tinham um vínculo a termo certo, mais 2.049 (3%) face ao período homólogo.

 

4

fluxo de entradas _e saídas ao longo do ano

O fluxo de entradas e saídas de trabalhadores da administração pública mostra que em 2015 houve 106,3 mil novas entradas, das quais 52 mil correspondem a novos recrutamentos e 54 mil a situações de mobilidade dentro da administração. Ou seja, houve um aumento de 25% nas entradas face ao ano anterior. Por outro lado, o número de saídas foi menor, de 103,8 mil, por aposentação ou por outros motivos como fim do contrato, o que justifica o saldo positivo de 2.509 trabalhadores no ano passado.

 

Gostava de saber a percentagem de outros países relativamente aos nossos 6,4% de funcionários públicos. Não acredito que seja menor, antes pelo contrário. Para sabermos que razão tem quem diz que são os funcionários públicos quem pesa nas contas.

 

 

publicado às 06:28


Mais do mesmo

por beatriz j a, em 09.09.15

 

 

Nuno Crato deixa milhares de alunos sem ensino musical

 

Quer dizer, os colégios privados que ensinam o mesmo que as escola públicas mesmo ao lado delas são financiados à custa delas mas as escolas particulares que ensinam algo que a escola pública não ensina são depauperados. Vamos ser claros: se ganharem eleições a coligação vai continuar a pagar a impagável dívida pública com os cortes na educação e função públicas. 

 

 

publicado às 09:23


Os funcionários públicos

por beatriz j a, em 29.11.14

 

 

 

Temido por muitos, admirado por tantos, o juiz do ‘ticão’, que tem os principais processos de corrupção não cede a pressões.

 

Não gosta das "forças ocultas" e vê o combate ao crime como uma missão. Recebe ameaças mas insiste nas buscas a poderosos.

 

É assim que se vê a importância do trabalho da funcão pública. São os que mantêm a sociedade democrática a funcionar na medida em que contribuem para a manutenção da justiça, da equidade e da igualdade de oportunidades, em suma, tudo o que define um estado democrático que queira ser mais que uma mera coreografia periódica de votos. Podia ser um funcionário da saúde, da educação, das forças de segurança... neste caso é um funcionário da justiça.

O que faz deste indivíduo um caso à parte é a coragem de enfrentar poderosos que têm aliados, implícitos e explícitos nos cargos mais altos do Estado, da banca e das finanças. Pena que seja uma pessoa apenas mas nestas coisas de ter coragem são sempre poucos os capazes. Como me dizia hoje uma pessoa, não me importava de pagar um imposto para este tipo ter vinte ou trinta juízes a trabalhar com ele, para ver se nos livrávamos de vez dos corruptos que drenam os dinheiros e dão cabo do país há décadas.

Eu bem sei que os corruptos não acabam, que são como as baratas, mas é por isso mesmo que temos que ter um serviço de exterminadores independentes e competentes, incorruptiveis, corajosos, em alerta permanente.

 

publicado às 18:32


Ser político é a melhor profissão II

por beatriz j a, em 08.10.14

 

 

Debaixo de um coro de críticas de toda a esquerda, o ministro da Educação, Nuno Crato, esperou em silêncio até à sua intervenção. Um minuto e 58 segundos bastaram para o ministro assegurar, no Parlamento, que não se vai demitir e sublinhar que o ministério já pediu desculpa e que tudo fez segundo a lei.

 

Aqui está o exemplo mais evidente de que o cliché segundo o qual o problema da função pública é os chefes não poderem despedir os incompetentes é uma falsidade. Na realidade passa-se exactamente o oposto. Na função pública, ao contrário do privado, os chefes não perdem dinheiro com a sua incompetência: não gerem o seu dinheiro mas o dos outros e não sentem as perdas - podem perder hoje umas eleições mas há sempre outras e outros cargos. Por essa razão, sempre que podem contratar e despedir a seu bel prazer, não é a competência o critério decisor, como se vê por este exemplo do Crato (e o do Gaspar a quem pagaram a incompetência com um cargo dourado) mas a capacidade de submissão e lealdade ao chefe.

Neste caso, o chefe do governo quer implementar uma ideologia de despedimento e contratação política nas escolas. Depois de esvaziar de conteúdo todos os cargos da escola excepto um, quer que esse cargo assegure, nas contratações que faz (e no modo de gestão como a escola funciona), o prossegimento das suas ideologias políticas. O ministro cumpriu e mandou fazer concursos de porta aberta ao amiguismo. Deu mau resultado mas, como o seu papel não é ser competente mas prosseguir esta ideologia que se quer implementar, nem o chefe o quer demitir nem ele se demite.

De facto, na função pública, quando o chefe não tem sentido de serviço público, não tem visão nem competência, o que ele faz é rodear-se de outros iguais ou piores e, se puder despedir à vontade, despede em primeiro lugar os competentes que são leais ao serviço e não às suas ideologias particulares. E é assim que temos o governo e a administração pública cheio de incompetentes e, de cada vez que muda a cor política do governo, contratam-se novos incompetentes. Quanto mais incompetentes, mais agarrados ao poder, mais manipuláveis, mais dependentes, mais mesquinhos e mais leais.

Como convivem maioritariamente com outros incompetentes que os validam e porque entendem o serviço público como uma adesão à ideologia do partido que entendem ser o benefício do país, muitos nem se apercebem da sua incompetência, mesmo quando ela é evidente, como neste caso em que um indivíduo não consegue pôr ninguém do seu serviço a funcionar com eficácia e tudo que faz tem maus resultados.

A outra que lá esteve antes, por ter tido a imprensa e os outros incompetentes governativos do seu lado durante muito tempo, também se pensava muito querida do povo e muito competente... ainda hoje se acha apesar de evidenciar uma enorme ignorância sempre que abre a boca.

Os políticos e os chefes da função pública, pela própria natureza do poder que o cargo acarreta perdem completamente o insight sobre si mesmos.

 

 

publicado às 19:27

 

 

 

O Governo russo reuniu esta segunda-feira, dia 31, em Conselho de Ministros, na Crimeia e anunciou que vai aumentar os salários e as pensões dos funcionários públicos para os valores médios praticados na Rússia e reduzir alguns impostos no território como forma de atrair investimento.

 

 

publicado às 22:38


Afinal, quem gasta o quê?

por beatriz j a, em 09.03.14

 

 

 

(do blog 'correntes')

 

PPP rodoviárias acumularam défice de 432 milhões até Setembro

 

(sendo que do final de 2012 para cá houve cortes brutais nos salários e cataratas de despedimentos, a despesa com os salários estará agora ainda mais reduzida... quando os políticos vêm dizer que reconhecem os sacrifícios feitos por todos os portugueses, como ouvi ontem na TV estão a mentir descaradamente porque há um grupo de portugueses que não fez sacrifício algum, bem pelo contrário, viu os seus lucros e rendimentos aumentarem bastante... portanto, há uma grande maioria que está a fazer grandes sacrifícios e há uma pequena minoria -no 'conforto da Horta Seca'- que está a lucrar com isso.)

 

 

 

publicado às 19:01

 

 

 

Secretário de Estado fez lobbying durante dois anos para conseguir abrir hospital privado

 

 

 

Marques Mendes apanhado pelo Fisco em venda ilegal de acções - Marques Mendes e Joaquim Coimbra foram detectados pelos Fisco em vendas ilegais de acções da empresa Isohidra, nos anos 2010 e 2011, onde terão lesado o Estado em 773 mil euros. As acções foram vendidas por 51 mil euros quando estas valiam 60 vezes mais , ou seja, 3,09 milhões.

 

CGD “negoceia” silêncio com a CMVM -Caixagest e Caixa BI aceitam pagar cada uma 150 mil euros, valor que classificam baixo, para evitar que as transcrições das gravações das conversas entre traders e corretores cheguem ao tribunal.

.

 

Função Pública recebe hoje salários com corte agravado

 

 

publicado às 13:45


Isto está lindo...

por beatriz j a, em 07.09.13

 

 

 

 

Requalificação, despedimentos, mentiras e cumplicidades daquele ex-jornal, agora pasquim que se chama Expresso dirigido por aquele outro irmão do outro que rebola de lugar em lugar...

 

Anexo: Eug Rosa Resposta-Expresso(do blog do Umbigo)

 

...

 

Ontem uma pessoa amiga que trabalha há muitos anos na administração pública disse-me que têm reduzido tanto pessoal que está, desde há um ano, a fazer o trabalho que costumava ser de três pessoas. Puseram tanta gente fora que neste momento já só tem duas funcionárias seniores que vieram de outros serviços. Treinou-as, elas fartam-se de trabalhar mas, mesmo assim, já não é possível fazer um trabalho de qualidade. Que escreveu uma argumentação para cima a explicar isto mesmo e a dizer que, a continuar assim, em vez de despachar todos os projectos e dossiers, vai passar a escolher uns e deixar outros porque não é possível fazer tudo sem pessoal. Eu expliquei-lhe que é o mesmo nas escolas: não temos funcionários, as secretarias perdem pessoal todos os anos que não é substituído, as turmas estão a abarrotar e já não é possível fazer um trabalho de qualidade chegando a todos os alunos, que cada vez mais perdemos autonomia e nos forçam a trabalhar mal, a desperdiçar tempo com coisas estúpidas em detrimento do ensino, que as medidas pedagógicas há muito que são atropeladas pelas economicistas, que atropelam a lei... mas que a diferença é que na nossa profissão nenhuma argumentação funciona porque as decisões são tomadas unilateralmente, de cima para baixo, com objectivos prioritários de assegurar cargos, assegurar privilégios e proteger flancos. É assim de alto a baixo e o Crato é um dos grandes exemplos disso. A protecção aos colégios privados dos amigos dos amigos... Ela disse-me que lá pelos corredores dos ministérios corria o rumor de que o Crato se ia demitir. Se vai, digo eu, já é tarde ou, é indiferente, melhor dizendo. Da maneira como estragou as coisas, já não tem volta atrás nos próximos, muitos, anos.

 

publicado às 11:54


A contrariar o discurso oficial

por beatriz j a, em 17.06.13

 

 

 

 

«O peso das remunerações públicas é próximo de 10% do PIB, inferior à média comunitária, e tem sido a função pública, a par dos pensionistas, que mais tem suportado o custo dos desequilíbrios nacionais: de 2005 a 2012, a percentagem do PIB atribuída à remuneração pública apenas se reduziu em menos de 1% na UE, enquanto em Portugal se reduziu em 29%! Ou seja, a percentagem do nosso PIB afecta ao trabalho dos funcionários públicos quase se reduziu em 1/3 no prazo de sete anos.»

 

Valadares Tavares,  do IST, que ninguém pode acusar de perigoso esquerdista, que foi presidente do INA e é o presidente da APMEP


publicado às 06:36


Função pública, o futuro já chegou

por beatriz j a, em 14.05.13

 

 

 

 

 

 


Imagem retirada daqui

publicado às 20:50


esclarecimentos precisam-se

por beatriz j a, em 29.03.11

 

 

 

Suspensão das avaliações “para todos”

Frente sindical da administração pública fala em “tratamento discriminatório” face aos professores.


 Nós não vamos deixar de ser avaliados ou de ter de fazer formações anuais, etc. O que foi suspensa foi esta avaliação, a avaliação em que um grupo de professores iguais aos outros avalia-os e dá-lhes nota num processo onde concorrem todos às mesmas quotas. Foi isso que foi suspenso: o processo de avaliação inventado pela Lurdes Rodrigues para por todos uns contra os outros e dar cabo da educação.

Nós vamos continuar a ser avaliados pelo modelo anterior a esta. Não ficamos sem ser avaliados. Era bom que alguém esclarecesse isso na TV ou nos jornais, porque a maneira como dão as notícias dá a entender, falsamente, que vamos deixar de ter avaliação.

 

publicado às 05:32


os amigos do poder e os outros

por beatriz j a, em 30.11.09

 

 

 

DN

Função pública

Estado paga mais 18% em subsídios e indemnizações

E vai mais longe ao defender que a criação das EPE são uma forma de "desmembramento da Administração que corresponde a uma opção política, de modo a, mais facilmente, colocar as clientelas político-partidárias".

Nos gastos com abonos variáveis, que só na Administração Interna mais do que duplicaram, defende a mesma lógica. "As indemnizações por cessação de funções têm crescido todos os anos sem que seja claro porquê". Só na Defesa ultrapassam 112 milhões de euros em 10 meses.

Despesa com salários está estabilizada há três anos, fruto das reformas e da colocação de milhares de trabalhadores na mobilidade especial. A aquisição de bens e serviços está "descontrolada", diz o STE

 

O Estado gastou, até Outubro, mais 65 milhões de euros (+18%) com abonos variáveis - subsídios diversos, prémios, compensações por trabalho em dia de folga, ajudas de custo e indemnizações por cessação de funções. E as aquisições de bens e serviços aumentaram também 7,4%.

Em contrapartida, o STE assinala a estabilização da despesa com salários na Administração Pública, que aumentou, apenas, garante, 0,1% em termos homólogos até Outubro último, o que corresponde a mais 9,4 milhões de euros. Isto apesar da actualização salarial de 2,9% atribuída este ano.

 

"Habituamo-nos a ouvir falar muito do peso das remuneração no Orçamento de Estado e, afinal, essas afirmações não correspondem à verdade porque não há evolução desfavorável da despesa com pessoal" refere (ver quadro).

Pois é! O Sócrates mandou desmembrar a administração pública, empurrar milhares de funcionários para a rua e por em campo avaliações injustas e com quotas para poder, com esse dinheiro poupado, pagar a meia dúzia de pessoas que escolhe para gestores, assessores e consultores e a quem depois dá prémios milionários, reformas principescas.

A reposição da justiça na carreira dos professores (que são milhares) não pode ser porque custa vinte milhões, mas gastar cem milhões aqui e mais cem ali com os prémios e as reformas dos amigos é que é normal.

Como é que pode ser aceitável os sindicatos dos professores andarem a discutir modos de poupar dinheiro com os professores sem outro objectivo que não seja o de poupar dinheiro para que os amigos do poder possam continuar a sugar o país?

 

 

 

publicado às 08:27


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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