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Esta frase é dita por uma afegã em relação a crimes sexuais de membros do governo e ao silêncio cúmplice dos outros o que encoraja os criminosos mas, podia ser dito em relação a todo o crime, fraude e prevaricação que, em vez de castigada, é premiada com o silêncio cúmplice.

É por isso que Portugal está minado de corrupção, tráfico de influências, fraudes, nepotismo, etc. Os mais altos poderes do país praticam e/ou assistem às práticas em silêncio cúmplice e, muitas vezes, aproveitador, o que é o mesmo que encorajá-las [por exemplo: Costa garante que nunca teve “qualquer suspeita” em relação a Sócrates] e todos os outros por aí abaixo se sentem validados para os imitarem. " É como se isto agora fizesse parte da cultura", como diz a afegã.

Como é que uma pessoa moral sobrevive neste meio? As pessoas que lideram as organizações, com o seu exemplo e práticas, umas fazem vir ao de cima o melhor que outros têm para dar e ser e outras fazem vir ao de cima o pior do que as pessoas podem ser.

 

publicado às 08:05


A cultura do copianço

por beatriz j a, em 05.04.16

 

 

“Há uma cultura de fraude que é permitida no ensino superior em Portugal. O grau de tolerância demonstrado em relação a este fenómeno é muito superior ao que existe noutros países europeus, nomeadamente os nórdicos, e aproxima-se dos valores obtidos na América Latina

 

... começa nas escolas. Está enraízada e é aceite não apenas pelos alunos, que a praticam sempre que podem, pelos pais, que aceitam e, em muitos casos, incentivam os filhos à fraude e, ainda muito pior, por muitos professores que consideram que o acto do aluno cabular é próprio da condição de estudante, uma espécie de fair game, de tal modo que riem-se e acham piada aos engenhos que eles utilizam para copiar.

 

Como se numa pessoa, o acto de cometer fraude nos testes e exames não influenciasse de modo nenhum e fosse algo completamente separado da capacidade de cometer fraudes noutros campos. 

 

Não há em Portugal a consciência de que a educação na fraude é o falhanço de toda a educação e é a causa de tanta corrupção disseminada por todo o lado. As pessoas que recorrem as esquemas para ganhar vantagens sobre os outros, para se aproveitarem dos cargos, para sabotarem os outros, etc., são pessoas que começaram muito cedo nessa arte da fraude e do engano sistemático, nas escolas. Quando chegam às universidades, muito deles são já catedráticos do copianço.

 

 

Aliás, não existe uma noção da importância da educação no evoluir positivo da sociedade. Como se a educação fosse um acto ou um conjunto de actos inconsequentes que não afecta as pessoas nem as suas práticas. Não á por acaso que as culturas latinas são muito mais corruptas e lenientes que as do Norte: é que para os portugueses, ser desonesto é ser esperto e ser honesto é ser estúpido.

 

 

publicado às 22:46


Em contra-corrente

por beatriz j a, em 13.12.15

 

James Hansen, father of climate change awareness, calls Paris talks 'a fraud'

 

“It’s a fraud really, a fake,” he says, rubbing his head. “It’s just bullshit for them to say: ‘We’ll have a 2C warming target and then try to do a little better every five years.’ It’s just worthless words. There is no action, just promises. As long as fossil fuels appear to be the cheapest fuels out there, they will be continued to be burned.”

 

But, according to Hansen, the international jamboree is pointless unless greenhouse gas emissions aren’t taxed across the board. He argues that only this will force down emissions quickly enough to avoid the worst ravages of climate change.

 

Hansen, 74, has just returned from Paris where he again called for a price to be placed on each tonne of carbon from major emitters (he’s suggested a “fee” – because “taxes scare people off” – of $15 a tonne that would rise $10 a year and bring in $600bn in the US alone). There aren’t many takers, even among “big green” as Hansen labels environment groups.

 

“It’s all embarrassing really,” Hansen says. “After a while you realise as a scientist that politicians don’t act rationally. 

“Many of the conservatives know climate change is not a hoax. But those running for president are hamstrung by the fact they think they can’t get the nomination if they say this is an issue. They wouldn’t get money from the fossil fuel industry.”

 

 

publicado às 11:49


cowboyadas

por beatriz j a, em 04.07.09

 

 

 

 

Fundação fictícia

por Paulo Pinto de Albuquerque<input ... > Ontem  DN 

A Fundação das Comunicações Móveis foi o artifício de que o Governo se serviu para fazer o ajuste directo dos computadores Magalhães e outros no âmbito da sua política da educação. Mas fê-lo contrariando o direito nacional e comunitário.


O direito nacional e comunitário obriga à realização de um concurso público para a aquisição dos ditos computadores.

 

O Governo defende-se alegando que não celebrou qualquer contrato de aquisição de computadores e programas informáticos, seja por ajuste directo, seja por qualquer outra forma. No âmbito das iniciativas do programa e-escola, é o operador de telecomunicações que contrata com os fornecedores do equipamento necessário para a concretização das iniciativas.

Mas é manifesta fraude à lei nacional e comunitária evitar a obrigação do concurso público através da celebração de contratos de aquisição de bens, por ajuste directo feito por interposta pessoa jurídica de direito privado.

Com efeito, a referida Fundação das Comunicações Móveis é controlada por emissários do Governo, financiada pelo Governo, sediada em imóvel do Governo e prossegue objectivos políticos do Governo, realizando uma operação de colocação de computadores nas escolas amplamente explorada pelo Governo para fins de propaganda política no país e no estrangeiro.

O artifício da interposição de uma pessoa jurídica de direito privado num negócio desta natureza tem um propósito claro de evitar a aplicação das regras do direito público, que imporiam a realização do concurso público e a fiscalização do Tribunal de Contas.

 

Estas são, aliás, as conclusões preliminares do relatório do comissário Charlie McCreevy...   Este modo de fazer política através de artifícios e fraudes à lei revela um desprezo grave pelas regras como funciona um Estado de direito. Não há império da lei quando o Governo é o primeiro a defraudar os mecanismos de transparência e fiscalização da actuação da administração pública, afastando mesmo o Tribunal de Contas do exercício das suas competências legais.

A actuação tortuosa do Governo no negócio dos computadores terá consequências políticas a nível nacional, competindo a cada português avaliar nas próximas eleições os governantes responsáveis. Mas a actuação do Governo terá também consequências jurídicas altamente nefastas para o País, na medida em que as instâncias europeias venham a sancionar Portugal pela utilização do artifício da Fundação fictícia. Nessa altura serão todos os portugueses a pagar pela política ilegal do Governo. C

 

 

Tudo está dito neste artigo. O governo na questão do Magalhães é um fora da lei que recorreu a artíficios para defraudar a entidade fiscalizadora. O primeiro ministro e a incrível ministra da educação, que tanto massacraram os professores com a porcaria do Magalhães que só tem dado barracas e benefícios, nem vê-los, são afinal 'outlaws' como se dizia nos filmes de 'cowboys'.

Quando me lembro dela e dele a dizerem à boca cheia que ninguém está acima da lei, a propósito de não termos entregue a outra porcaria ainda mais mal enjorcada que são os objectivos da não-avaliação... que lata tem esta gente!

Mas o Rendeiro e o Loureiro também diziam essas coisas aos professores.. e agora é vê-los. Não vamos mais longe: ainda ontem num noticiário se pedia a opinião do Paulo Pedroso a propósito dum assunto qualquer, e ele deu-a!!! Pregou moral aos telespectadores!

Isto não parece um daqules filmes de 'cowboys' onde os bandidos tomaram conta da cidade e passam o tempo aos tiros, a roubar e a embebedarem-se no 'saloon'? Parece pois. Ficamos à espera do duelo final.

 

 

 

publicado às 12:42


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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