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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... e há assim uns trinta que apetecem logo à cabeça... ai, ai, ai...
Ao fim de um dia a ler respostas de exame já não consigo ler nada que tenha mais que duas linhas. O que vale é que há livros com ilustrações tão bonitas que só por si valem a pena.
daqui:
Outro dia andava à procura de um livro (que não está aqui porque ainda não o encontrei) e comecei a juntar todos os livros que tenho da Folio acerca de viagens, de exploradores, de aventureiros, de cientistas, etc. e resolvi tirar uma fotografia porque os livros postos todos lado a lado, que é como estão na estante, são lindos, devido a estas lombadas espectaculares.
Esta colecção da Folio é toda dedicada às viagens e explorações com especial incidência no século XIX. Adoro esta colecção e já a li praticamente toda :)) É uma colecção que informa, educa e faz sonhar. Os livros do Darwin, por exemplo, bem como os de Lewis and Clark estão cheios de desenhos lindos das paisagens e espécies animais que encontravam nas viagens. Os de Richard Burton estão escritos de tal maneira que quase podemos ouvir o barulho das quedas de água do Nilo. Enfim, a colecção é tão boa e tão bonita que é difícil escolher um livro só.
Faltam aqui alguns livros que andam dispersos cá em casa e outros que espero um dia a editora venha a produzir porque gostava muito de vê-los aqui nesta colecção, como por exemplo as viagens da Gertrude Bell por terras árabes.
... de um 'crowdfunding' ou de um mecenas para comprar meia dúzia de livros dos saldos -e não saldos- da Folio. Anyone?
... porque é que as obras da Folio Society são sempre apetecíveis como bombons de chocolate...
Os mapas não revelam o real em si mesmo mas a forma como nós o vemos, como interagimos com ele e o que consideramos signficante nele. Um mapa é uma interpretação do real. Sendo este mapa do século XIII, quando o mundo ocidental era teocêntrico e a influência de Aristóteles invadiu o pensamento e o imaginário europeus, ele é sobretudo interessante por nos abrir uma porta para a mentalidade, conhecimento e pensamento medievais.
Durante grande parte da Idade Média os mapas eram chamavam-se 'imagens' (imago) do mundo.
Este aparece como circular, desorganizado e cheio de seres imaginários.
É uma edição da Folio...uma editora excepcional para amantes de livros exigentes que querem um conteúdo de valor numa forma bela.
Hoje chegou-me esse livro da Folio - A Expedição Persa do Xenofonte. Um livro que andava a querer ler há muito tempo e que aparece nessa edição linda. Só de olhar para o livro fico a salivar. Depois começo a folheá-lo e dou de caras com imagens de momentos da expedição como o que se vê aí em baixo. São tiradas de vasos gregos. Lembro-me de ir ver uma exposição de vasos gregos, há dois ou três anos, no museu de Arqueologia, nos Jerónimos. Uma coisa linda, linda. Como este livro que também o é: lindo, lindo.
Daqui até ao fim do ano vou lê-lo todo porque ainda por cima o Xenofonte escrevia duma maneira absolutamente cativante que nos faz entrar nos acontecimentos e ver o universal no particular. É fascinante.
O livro começa com o relato da morte de Dário e o desentendimento dos dois filhos por causa da posse do trono.
vincent van gogh amendoeira em flor
(...)
"É curioso que em inglês, a palavra azul (blue) represente tanto o que é depressivo como o que é transcendente; que seja, ao mesmo tempo, a cor da santidade do céu e da pornografia. Talvez isto se deva ao facto da cor azul ficar bem como fundo - os artistas usam-no para criar o espaço nas suas pinturas; as estações de televisão usam-no como fundo onde podem sobrepor outras imagens - de tal modo que representa um lugar que está fora da vida normal, para além, não só do mar mas do próprio horizonte.
Fantasia, depressão e Deus são azuis nos recantos mais misteriosos da nossa consciência.
Até ao século dezoito dizia-se 'blew' (sopro), o que me faz pensar, às vezes, nas calmarias equatoriais - as áreas entre os trópicos de Cancer e de Capricórnio onde os marinheiros chegavam a esperar semanas por uma brisa que soprasse e os deixasse seguir viagem."
Victoria Finlay, Colour, Travels through the paintbox, Folio Society, London
A arte...deve fazer mais do que apenar dar prazer: deve ter uma relação com a nossa própria vida de modo a alimentar a nossa energia espiritual (Sir Kenneth Clarck, Looking at Pictures)
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