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Vieram da Ferin, a segunda livraria mais antiga do país (1840) e, uma das minhas livrarias preferidas. Os Ferins são de origem belga e vieram para Portugal com as guerras napoleónicas. Os turistas vão todos a correr para a Bertrand e, felizmente, para nós, não para eles que se calhar gostavam de vender mais, não invadem a Ferin que está ali muito discreta na Rua Nova do Almada.

 

O meu pai e a minha mãe já eram clientes da Ferin. A minha mãe, uma devoradora de livros, desde o tempo da Segunda Guerra, quando trabalhava no SNI. O meu pai depois. Foi ali que comprou grande parte dos livros da colecção de equitação, cavalos e touros que tinha. Agora tenho uma data desses livros dele. Infelizmente, porque achava que a colecção devia ficado intacta nas mãos de uma única pessoa em vez de ter sido partida aos bocados mas nestas coisas das partilhas quando é muita gente são muitas cabeças e muitas sentenças.

 

Enfim, o livro da Tinta da China comprei-o porque é interessante a perspectiva do lado de lá da expansão e  é um tema agora discutido a propósito do tão polémico futuro museu das descobertas.

 

O segundo, o da Chiado Editora, dá para ler aos pedaços, até abrindo numa página ao calhas. Está organizado por entradas com pequeno textos. É baseado na autobiografia apócrifa de António Barém, um nobre-fidalgo da época quinhentista que andou pelas terras de além-mar duma ponta à outra do mundo e conheceu todos que eram alguém nessas andanças de modo que tinha muitas histórias para contar. Muito interessante.

 

O terceiro é um pequenino roteiro ilustrado da Via Algarviana. É da autoria, texto e desenhos, de um cunhado de um dos irmãos Ferin. Disse-mo ele. Muito mimoso.

 

São para ler hoje que amanhã é dia de trabalho. Testes e relatórios.

 

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publicado às 16:02


Fim de semana produtivo 🙂

por beatriz j a, em 11.11.18

 

 

Ontem, seis horas e meia de trabalho. Hoje já lá vão cinco. Acho que faltam outras cinco para deixar toda a semana que vem preparada que tenho tantas idas a hospitais, médicos, consultas e cenas dessas que não vou ter tempo para preparar seja o que for.

 

Acabei de ver os testes todos e a turma que vi em último lugar deixou-me bem disposta para o resto do trabalho - quatro negativas numa turma inteira e notas bastante boas. Não está nada mal. Ainda vamos no 1º período. O que tem piada é que esta turma, no ano passado, no 10º ano, foi a turma que me deu mais trabalho.

 

Há um certo aparente paradoxo no início do 10º ano de Filosofia.

Os alunos que vêm com melhores notas do básico, geralmente nas turmas do ramo Científico-Natural, vêm formatados a pensar que a aprendizagem da Língua ou de qualquer disciplina das Humanidades é inútil para a profissão que querem seguir.

Ninguém lhes explicou que sem conceitos não têm ferramentas para construir e trabalhar as ideias, que sem correcção lógica no modo como relacionam e trabalham os conceitos e as ideias produzem maus conhecimentos e que a vida não se esgota na dimensão profissional, há muitas outras dimensões essenciais à existência, ao bem estar mental e à felicidade.

Vêm habituados a que lhes ditem definições, fórmulas e respostas dogmáticas e fechadas aos problemas e sentem-se frustrados por uma pessoa lhes dar perguntas, perguntas e mais perguntas... e incertezas também. Alguns, revoltam-se, mesmo e arranjam grandes discussões connosco, o que é óptimo para desfazer todos esses preconceitos de senso comum :)

No entanto, assim que conseguimos abalar essas crenças dogmáticas infantis e pô-los a pensar, tornam-se os melhores alunos porque juntam a vontade de progredir a hábitos de trabalho sistematizado. Enfim, os que o têm claro. É nesse ponto que se encontra esta turma. 

Uma das negativas é de uma aluna nova na turma. Não sei de onde vem nem o que lhe ensinaram mas num teste sobre a filosofia política de Rawls resolveu substituir o pensamento do autor pelas suas próprias opiniões sobre a justiça e injustiça da vida e da política, uma miúda de 16 anos que ainda agora chegou ao mundo... é evidente que só diz disparates num discurso contraditório e ignorante. Esta está no ponto em que os outros se encontravam no ano passado.

 

(é nisto que dá o discurso do ministro, do secretário de Estado e da equipa que fez as AE de Filosofia, que querem pôr os alunos a dar as suas opiniões sobre questões filosóficas, científicas e o que mais for, antes de terem conhecimentos - mas enfim, que sei eu... ainda ontem vi no FB um colega que dá aulas de Filosofia numa escola, como eu, apresentar-se como filósofo...lá está, sou eu que devo ser muito burra quando dou por mim a pensar, como o Karl Popper, que está tudo a marchar no passo errado...)

Seja como for, a turma já evoluiu tanto desde o ano passado que não vai ser fácil pô-la ao nível dos outros.

 

Em contrapartida, os alunos de Artes e de Humanidades não têm, no geral, rotinas de estudo e trabalho e pensam que a inspiração e o talento chegam e sobram para tudo. À conta disso, já tiveram grandes desaires e isso predispô-los a pensar na vida e nas suas possibilidades, o que os torna receptivos à Filosofia desde o início. No entanto, como lhes falta essa estrutura de organização de trabalho, a maioria são piores alunos na produção de trabalho com qualidade.

 

Enfim, vou fazer um intervalo para almoçar e ver as notícias do dia (rir um bocado) antes de me atirar aos trabalhos e à produção de uns materiais para as aulas.

 

publicado às 12:39


Fim de semana

por beatriz j a, em 31.05.14

 

 

 

 

 

publicado às 12:26


Fim de semana fora

por beatriz j a, em 08.06.13

 

 

 

 

... para des-stressar :) O tempo é que não foi amigo... ... mas, passei o dia todo sem ler notícias e isso é um grande remédio para o não-stress. Ademais, também não trabalhei. Isso, fica para amanhã.

 

publicado às 21:47


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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