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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
E no PS é igual. Uma vez eleitos barram todos os candidatos conotados com os partidos da oposição depois de exonerarem todos os que puderem. Ainda há pouco tempo um fulano do PS se dismilitarizou porque o chefe do partido fez um elogio ao opositor. Imagine-se empregar um opositor! Perdia metade dos militantes e todos os apoiantes! Os independentes também não se safam porque não se sabe para que partido vão resvalar. Enquanto estão no limbo estão em risco de passar-se para a oposição, logo, não são de confiar. É assim que acabamos chefiados por medíocres -que foram chamados por serem de confiança [partidária]- rodeados de outros medíocres, promovidos pela mesma razão, divorciados da realidade [vivem para além da crítica que desacomoda] e a viver em auto-elogio permanente.
Os recentes episódios com o não pagamento ao fisco por parte dos mais altos dirigentes do país são uma pequena amostra deste hábito dos políticos e chefias [dos mais altos aos mais baixos] se pensarem acima das obrigações que exigem dos outros e de se achar que isso é um pormenor sem importância em pessoas extraordinárias - que é o que acham e dizem, sem pudor, de si mesmos, a toda a hora -o que se percebe, se pensarmos que estão rodeados de aduladores e que os outros funcionam como um espelho para nós [a página da Wikipédia de alguns ministros, dos mais incompetentes e vãos que há memória são um vómito de auto-elogio, sem dúvida escrita por seus vassalos de serviço]
Portugal funciona mal porque o interesse próprio, em primeiro lugar e, o do partido, em segundo lugar, tomam prioridade sobre os interesses do país e, com base nesse pressuposto, varrem tudo à sua frente até fcarem sozinhos uns com os outros.
*Castoriadis
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