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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Entre as empresas privadas que prestam este serviço aos militares portugueses estão algumas das maiores: Securitas, Ronsegur, Esegur (que é uma das accionistas da PPP SIRESP), Strong, 2045.
Esta situação vem sendo denunciada, desde 2005, pela Associação Nacional de Sargentos lembra o antigo presidente desta organização.
Apesar de “não haver um vínculo” e a despesa poder ser feita “por via indirecta”, a contratação de empresas externas “acaba por colocar sempre um problema de segurança”, sublinha o ex-presidente da Associação Nacional de Sargentos: “A própria contratação em si é um risco que veio facilitar a introdução de alguém exterior no sistema militar.”
... porque alguém (e seus primos e amigos) ganha muito dinheiro com isso. Tem dado resultados lindos por todo o mundo, como se viu no Afeganistão, Iraque, etc. com a Blackwater e outras empresas do género. Infelizmente só importamos dos outros a estupidez. Em vez de contratar soldados, contratam-se mercenários para combater e empresas mercenárias para fazer os serviços que sempre foram feitos pelas tropas.
Há pouco tempo ouvi o testemunho de um soldado americano, veterano do Iraque. Dizia que as tropas não conseguem funcionar porque tudo o que dantes era feito pelos próprios militares, agora é feito em outsourcing. Então, dizia, chegam a um sítio, montam o acampamento e depois sentam-se à espera porque não podem ir ligar um gerador, ou reparar um veículo ou outra coisa qualquer porque isso é da responsabilidade de empresas exteriores que têm lá os seus empregados, que os acompanham para fazer essas coisas e, os seguros não pagam, se não foram os trabalhadores 'especializados' a fazer o serviço e alguma coisa correr mal. Isto é ridículo. E deve custar uma fortuna.
Isto faz-me lembrar o jardim da minha escola. Antes das obras era lindo. A construtora destruiu-o. Deixou lá, no seu lugar, umas cascas de árvore e umas mangueiras no chão. Um dia perguntei porque não se refazia o jardim, sendo que há colegas dessa área que o sabem fazer e, alías, fizeram-no, no passado. A resposta é que, se alguma mangueira ou outro material da construtora se estraga, deixam de fazer a manutenção do jardim. Manutenção do jardim... aquilo agora são umas cascas deprimentes e ervas daninhas... temos pessoas para arranjar mas não se pode... ridículo.
Entretanto:
Isto é uma anedota. Mas cheira muito mal.
"estes roubos podem acontecer em qualquer país e em qualquer Exército, desde que haja vontades e capacidades".
Questionado sobre o facto de o sistema de videovigilância estar inoperacional há dois anos, o governante confirmou esse facto, mas adiantou que foram tomadas medidas.
"Foi tomada, desde logo, uma medida já efetivada, aliás de autorização de realização de despesa, bem para cima de 300 mil euros, para reforço e consolidação das vedações que garantiam proteção exterior destes equipamentos.
Então, o sistema de videovigilância do paiol estava inactivo há dois anos [como sabem que não tem andado a ser roubado...?], as vedações estavam podres e não havia efectivos suficientes e os que havia não eram robustos para guardá-lo... what??? Então o armazém das munições não tem que ser guardado por uma data de soldados que se revezam e vigiam 24h por dia? Estava às moscas, sem vedação nem vigilância?
Isto parece anedota... se fizerem um atentado terrorista em França, Inglaterra ou Alemanha, como tendo sido comum, com os rockets e os explosivos roubados do paiol que os portugueses deixaram desguardado à confiança [afinal nós agora somos bestiais e o melhor povo do mundo e o mais pacífico e mais não sei quê], de quem é a responsabilidade?
O ministro já veio dizer que assume responsabilidade [como? é só dizer a palavra, assumo, e já está...?] e que agora vai arranjar isso tudo que estava no relaxe... what???
O chefe do Estado-Maior do Exército diz que "estes roubos podem acontecer em qualquer país e em qualquer Exército, desde que haja vontades e capacidades". Quer dizer, poder podem, mas geralmente o exército não convida os ladrões a entrar com falta de guarda, vedações podres e coisa e tal... isto seria inacreditável se não tivéssemos tido um incêndio trágico há poucos dias que mostrou que no país impera o amiguismo por todo o lado e que nada funciona a não ser para inglês ver.
O primeiro ministro muito deve a PPC e, acho, devia mandar-lhe um ramo de rosas, cor-de-rosa, a cor do seu sucesso, todos os dias, com um cartão de agradecimento e um beijo e votos de continuação na oposição. É que ultimamente as barracas são tantas, sendo que ele e os seus ministros, têm mostrado falta de sentido de Estado e de competência para estar à altura da gravidade das situações que, não fora o líder da oposição ser este descalabro que todos vemos, que desde arremessar-lhe suicídios fictícios até fazer declarações sobre alhos na altura dos bugalhos, o Costa já estava há muito com o apoio pelas ruas da amargura.
La seguridad de este país, de 4,7 millones de habitantes, es responsabilidad de la Fuerza Pública, una Policía que integran cerca de 14.000 efectivos. (EFE)
É claro que isto não depende só deles, acontece porque este é um país muito pequeno sem petróleo, sem ouro, sem diamantes ou outras riquezas capazes de provocar a inveja de potências gananciosas -vive da agricultura, turismo e exportação de produtos electrónicos- e ainda porque os seus parceiros de fronteira não lhes fazem bullying. São uma sociedade católica, fechada e não posta à prova com a diversidade de culturas e religiões o que sempre provoca conflitos. No entanto, outros pequenos países nas mesmas condições não conseguiram o mesmo feito de modo que impressiona...
As Mulheres do Exército norte-americano têm mais chances de serem violadas na zona de combate do que de serem mortas por soldados inimigos. O Departamento de Defesa do país estima que, só em 2010, cerca de 19.300 soldados mulheres foram assediadas sexualmente. Na maioria das vezes os agressores são companheiros de batalha e chefes. Depois, abafam tudo ou dão duas semanas de prisão ao agressor e uma medalha de mérito e honra.
É triste, as mulheres terem que defender-se, em primeiro lugar, dos que deviam ser seus camaradas e, é triste perceber que a educação machista vai de vento em poupa.
A guerra mais antiga a decorrer no planeta é a que os homens fazem às mulheres e que, em muito grande parte, resulta da educação machista defendida pelas religiões, adoptadas pela maioria dos povos.
É uma vergonha. Se tivéssemos, uma geração que fosse, educada sem a violência do machismo e sem a violência física que os pais, irmãos, maridos e namorados fazem contra as mulheres, teríamos uma sociedade muito diferente.
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