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‘Most of the white people I have ever known,’ James Baldwin once wrote, ‘impressed me as being in the grip of a weird nostalgia, dreaming of a vanished state of security and order.’ Today, longing for the ancien régime increasingly defines the Atlantic seaboard’s pundits as much as it does the fine people defending the honour of Robert E. Lee. It remains to be seen whether America, Britain, Europe and liberalism can be made great again. But it already seems clear that the racial supremacist in the White House and many of his opponents are engaged in the same endeavour: to extend closing time in their own gardens in the West.

What Is Great about Ourselves, Pankaj Mishra

 

publicado às 06:57


O lugar das estátuas

por beatriz j a, em 23.08.17

 

 

Desde a antiguidade clássica que as estátuas, erigidas em locais públicos, são lugares de memória que servem uma relação de identidade das pessoas à sua cidade ou à sua pátria, física, cultural, religiosa, etc. As estátuas veiculam valores: há estátuas de deuses, de chefes políticos, de guerreiros vencedores, de poetas, de artistas, de acontecimentos, etc.

 

O que as estátuas têm em comum é serem honoríficas, quer dizer, são pessoas cuja vida ou certas acções que fizeram, nos honram e, por isso mesmo, também as honramos e queremos que não sejam esquecidas e que os seus valores se mantenham através das gerações e fortaleçam a identidade do povo.

 

Em princípio, levantam-se estátuas aos melhores entre nós. Aos que são modelos positivos para os outros. É claro que nem sempre é assim. Há por aí estátuas de políticos que não valeram nada mas que conseguiram enfiar-se num pedestal... mas isso não interessa.

 

Sabemos que muitos dos que estão em estátuas em lugares de destaque foram pessoas com muitos defeitos: o Afonso de Albuquerque era impiedoso com os inimigos, o Marquês de Pombal foi crudelíssimo com os Távoras e muitos outros exemplos existem. No entanto, tanto um como o outro, citados, não tinham por fim ser cruéis ou impiedosos e, o bem que nos fizeram foi superior a esses defeitos de carácter.

 

Não é o caso de certas figuras históricas cujo objectivo das suas acções, embora tivesse agradado a muitos e tenha que ver-se no contexto do tempo, não pode ser tido como honroso, depósito de valores que queremos perpetuar e que fortaleçam a identidade de um povo. Nesse caso, o lugar dessas estátuas, não é o de destaque na praça pública mas no museu ou algo assim, onde podem ser vistas e compreendidas num contexto pedagógico.

 

É o caso, por exemplo, das estátuas de Robert E Lee que tanto têm dado que falar nos EUA. Robert E Lee lutou pelos Estados Confederados cujas declarações de secessão, sem excepção, afirmam explicitamente que estão a lutar com o objectivo de manter o sistema de escravatura. Não me parece um objectivo honroso cujo valor se queira perpetuar e que ajude ao fortelacimento da identidade dos americanos. Pelo contrário. Deve ser extremamente ofensivo para qualquer americano negro passar por uma estátua de Robert E Lee e, por exemplo, ter que explicar aos filhos que a pátria deles ainda honra e dá valor público a um guerreiro que lutou para os manter em situação de escravidão.

 

Um dos grandes erros da educação, parece-me, é ensinarem-se como modelos positivos ou heróis, indivíduos que foram grandes facínoras ou cujo objectivo de vida era a aniquilação, o assassínio, o totalitarismo, a subjugação, etc.

O mundo mudou, felizmente e, o que ontem se entendia normal, em muitas áreas, como os direitos dos animais, por exemplo, hoje já não aceitamos sequer que exista, quanto mais normalizado. E isto não é ser politicamente correcto. É evoluirmos para seres humanos mais decentes uns com os outros.

 

publicado às 15:56


AHAHH Isto é lindo!!

por beatriz j a, em 04.06.15

 

 

Whoops! A creationist museum supporter stumbled upon a major fossil find.

 

Um creacionista extremista que apoia um museu que 'prova' que a Terra só tem 6 mil anos de idade tropeçou num peixe de 60 milhões de anos numa escavação no local :))

 

 

 

 

 

A evolução explicada em 1 minuto com... Emojis :))

 

 

publicado às 05:45

 

 

(via The World Is Not Falling Apart)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado às 09:39


evolução - evidências

por beatriz j a, em 28.05.13

 

 

 

 

 

 

 Arkansas, 60's

 

 

 

 2013

 

publicado às 09:50


Conhecimento e evolução

por beatriz j a, em 30.03.12

 

 

 

 

If you're teaching today what you were teaching five years ago, either the field is dead or you are. (Noam Chomsky)

 

Isto é válido para as ciências que investigam pormenores em profundidade, não para as que estabelecem contextos. Como disse alguém, quando a molécula é demasiado complexa o físico passa-a para o químico; mas se é demasidao complexa para o químico este passa-a para o biólogo, que por sua vez a passa, se a acha demasiado complexa, para o fisiólogo, que finalmente a passa para o historiador ou para o novelista.

Dizendo de outro modo, há ciências do conteúdo de pormenor e há ciências do contexto. As do conteúdo de pormenor movem-se rapidamente se lhes é dado um contexto, as outras são como elefantes que progridem muito lentamente.

É assim que nos últimos dez anos vi evoluir o programa e o manual de Psicologia do 12º ano de tal modo que há conteúdos que já nem consideramos propriamente psicologia que foram substituídos por outros como a neuropsicologia, o estudo da mente ou a psicologia do desenvolvimento. Já na Filosofia a evolução é muito lenta e, embora o programa vá incindindo sobre temas diferentes da filosofia, e usando filósofos diferentes, os conteúdos não são propriamente novos.

 

publicado às 20:00


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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