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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
por vezes escrevo palavras
loucas
acontece distorcer-lhes
os corpos
mas não são as minhas palavras
poucas
e muito menos são ocas.
Olhei da minha janela o rio e o mar e o céu cinzento e pensei...se me dissessem que me davam a possibilidade de manipular o conta-quilómetros e pô-lo dez anos atrás no tempo eu diria: obrigada, mas não, obrigada!
Onde não há outro que nos sirva de espelho ficamos sem imagem objectiva de nós. Vive-se em prisão dentro de si. O outro, se é verdadeiro, reflecte-nos como somos. Mas onde não há outro, em vez de espelhos, temos muros. Os muros não reflectem imagens, devolvem vazio.
Sem espelho, como ver a própria cara? O olhar de si para si é um olhar enviesado, raramente é equilibrado.
William Bartlett
António Lança
Hoje o blog ganhou mais um colaborador editor - o Bruno Amoroso, que anda a estudar para seguir Matemática Aplicada, mas que não limita os seus interesses 'aos números', como se costuma dizer, antes se interessa por muitos e variados assuntos.
Hoje deixou-nos aqui um poema. Muito bonito, por sinal.
Volte sempre, Bruno.
EU
No ser existo,
Apenas para viver na lembrança,
De uma esperança de um passado meu.
Serei sonho? Serei memória?
Sou certamente historia,
De algo que existiu,
Ou talvez exista!
Recordação de uma existência,
que já foi e não tornará a vir,
Apenas para em mim existir.
Tu, existência és somente um eu,
que sonha acordado
Um sonho contado.
Contacto por quem?
Talvez por ele, futuro do meu ser.
Quem sou de verdade? Não o sei.
Nem o tempo conhece,
E o espaço pequeno é, para saber.
Que em mim nada mais existe que um ser.
Estive a beber um cafezinho com o meu amigo André.
Acabou o curso, e com grande média!
Muitos parabéns dr. Saramago.
Eu e o André, aí há 3 anos.
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