Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Um aviso sério, também aos sindicatos...
Um estudo publicado pelo departamento de Economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) conclui que as turmas sem computadores nas salas de aula obtêm melhores resultados do que turmas que podem recorrer parcial ou totalmente a tecnologia. As turmas que não usam tecnologia nas salas de aula conquistam melhores resultados académicos e conseguem responder a raciocínios mais complexos.
“Num ambiente com menos incentivos para a obtenção de bons resultados, menos restrições disciplinares a comportamentos distractivos e turmas maiores, os efeitos [negativos] do uso da tecnologia podem ser ainda maiores”, sublinha o estudo. Além disso, os investigadores acreditam que “retirar os computadores das salas de aula seria mais eficiente para a prestação académica de um aluno do que uma bolsa de mérito”.
If you don't consider yourself a touchy, feely person, you will love this new study that researched where people are most comfortable and uncomfortable being touched.
Maioria dos professores com menos motivação para estar na escola
Fenómeno revelado por estudo pioneiro da Universidade do Minho começou no anterior Governo. Projecto traçou um retrato de uma escola burocrática na qual os docentes se sentem cada vez menos realizados.
(...)
Nas conclusões são identificadas duas grandes tendências: a intensificação e a burocratização do trabalho dos professores, bem como a precariedade laboral e o empobrecimento dos docentes.
(...)
Quase a totalidade dos professores considera que a burocracia nas escolas aumentou – 95,4% concordam ou concordam totalmente com a afirmação. O número sobre ainda mais (96,7%) quando a questão colocada se prende com o aumento da carga de trabalho. Três quartos defendem também que aumentou o controlo sobre o seu trabalho e apontam também críticas à comunicação social: 90% dizem que a informação veiculada pelos media tem diminuído o prestígio da profissão docente.
As palavras dos professores são também elucidativas: falam em “tsunami legislativo”, “legislação mirabolante”, a “imagem desgastada” e o “massacre sistemático” da comunicação social e da sociedade. Segundo os professores, a desvalorização da profissão acontece também ao nível das instâncias políticas, influenciando negativamente as relações dos professores com os alunos e as famílias e destes com a escola.
“Apesar da desmotivação os professores permanecem comprometidos com os alunos e a sua aprendizagem. A sala de aula e o contacto com os alunos é o local onde vão encontrar motivação para continuar a trabalhar todos os dias, uma espécie de “último reduto” da sua autonomia, profissionalismo e realização profissional, defende.
Estatuto social dos professores em Portugal entre os mais baixos do mundo
Não me parece que seja só Portugal. Não conheço o estudo mas se outros países dizem que se sentem ligados, pois isso é natural (excepto a Inglaterra), porque muitos têm histórias comuns. Alemanha e França, países nórdicos, países-baixos, Eslováquia e Rep. Checa, etc., são famílias comuns, falam as mesmas línguas ou muito aproximadas, têm uma cultura comum. Portugal não tem uma cultura comum, nem história comum, nem afinidades com outros países, com excepção da França, cultura dominante na europa durante séculos e que nos serviu de modelo. Com quem podíamos sentir mais afinidade -a Espanha- temos uma história de hostilidade e guerra que são conflitos que obrigam a exarcebar as diferenças. Mais depressa sentimos afinidades com os países de África ou o Brasil.
Não me parece que o estudo contrarie a nossa história de integração e emigração. Os portugueses, noutros países, dão-se bem com pessoas mas não se integram na cultura, em geral, porque a nossa história de emigração é uma história de emigração pobre, de pessoas pobres e muitas vezes sem estudos que vão para outros países trabalhar em ofícios de baixa qualificação. Fecham-se nos circulos de emigrantes por questão de sobrevivência. Não são pessoas que tenham ferramentas para a busca da cultura. Só hoje em dia, de há uma dezena de anos para cá é que a emigração começa a ser de licenciados e afins. Esses, têm um modo de vida lá fora muito diferente porque apreciam a vivência de uma cultura diferente. Mas são ainda uma pequena minoria.
Eu vivi uns anos em Bruxelas. Lá, os emigrantes pobres e os outros, os que trabalham na Comissão Europeia, só se cruzam na mercearia portuguesa, na livraria onde se vendem os jornais portugueses e na peixaria dos marroquinos onde vão todos comprar peixe ao domingo. De resto, uns vivem no bairro mais pobre de Bruxelas, outros vivem em vivendas ou apartamentos em zonas ricas, uns só se dão com portugueses, outros dão-se com muita gente diferente, porque são colegas no trabalho e porque são pais dos colegas dos filhos na Escola Europeia, pois os mais pobres têm os filhos em escolas de bairros sociais.
<input ... >Desde 2007, 12 mil alunos universitários recorreram a empréstimos bancários dos nove bancos que oferecem este serviço. Em três anos, dois dos maiores bancos emprestaram 128,5 milhões de euros.
Dantes o Estado financiava directamente os estudos dos alunos que não tinham dinheiro. Agora o Estado financia os bancos de modo que, se um aluno quer estudar e não tem dinheiro é enviado para um banco para se endividar para poder estudar, para depois arranjar um trabalho precário ou trabalho estagiário sem ganhar nada e andar os próximos dez ou mais anos a trabalhar só para pagar os estudos. Isto, se o banco emprestar o dinheiro, que não sei quais são as regras desse negócio de milhões.
Esta prioridade de financiar bancos acima de tudo o resto devem ser as medidas de incentivo ao emprego dos jovens e à vitalidade da economia...
O burburinho gerado em torno da publicação de um estudo da NASA na semana passada começou com boatos sobre um possível anúncio de descoberta de vida extraterrestre. Agora, inúmeros cientistas estão destacando falhas no trabalho, que não era sobre ETs e sim sugeriu a existência de uma bactéria capaz de substituir fósforo por arsênio em seu organismo. Entrevistado pelo iG na semana passada, Jack W. Szostak, ganhador do prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina, já havia levantado a possibilidade de contaminação nas amostras, o que invalidaria o resultado de que as bactérias incorporaram arsênio ao DNA, no lugar do fósforo.
...quando se afirma qualquer coisa com resultados disponibilizam-se os dados. Por vezes até instituições como a NASA puxam a brasa à sua sardinha...
É para evitar fraudes que os dados têm de ser públicos e universalmente verificáveis e é por isso que o segredo à volta do relatório da OCDE parece coisa de amadores, mais da ordem da crença que da ciência...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.