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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Em vez de fortalecer a União Europeia, pois esse seria o melhor instrumento para enfraquecer o Trump ou outro qualquer oposicionista à questão do clima está a querer liderar uma operação de ostracizar o americano - pensará que fazer bullying ao Trump é tão fácil como fazer bullying ao Varoufakis ou a um dos pequenos pobres países da UE? Pois, pelos vistos, pensa. Mesmo na hipótese irrealista de o conseguir, isso não traria nenhum ganho à política do ambiente porque não poria o Trump e os EUA a respeitar os acordos, só aumentava o grau de desconfiança e inimizade entre ambos e, entre o seus [dele] apoiantes e os dela. Ao passo que, fortalecendo a UE em torno desse objectivo, ganha em dois campos: melhora o poder de influência da UE e acaba por pressionar os EUA, por força dos resultados, a mudar a sua posição. Só que o hábito de vencer por bullying está-lhe muito arreigado e é o que lhe sai por default, como se diz na informática. Bullying é o modus operandi dos que têm poder mas não têm razão. Nem ética de trabalho. Nem visão de futuro. Para além de que, vencer por mérito, quer dizer, por obter resultados, custa dinheiro e partilha de poder... há um ditado que diz que quem tudo quer, tudo perde.
Ter ido longe demais na Ucrânia. Se tivesse ficado pela anexação da Crimeia o resto do mundo protestava mas acabava por olhar para o lado pois quem quer começar uma guerra -esse caos que uma vez iniciado não se sabe como acabará- num tempo em que o poder de nos destruirmos todos uns aos outros já passou da mera hipótese académica? Só um louco! O Putin acabou por cometer o mesmo erro que o Ocidente cometeu quando teve mais olhos que barriga e quis a Ucrânia na Nato sem pensar na situação particular deste país. Agora quem se sobreavaliou foi o Putin e está enfiado numa alhada porque nem mesmo os seus aliados tradicionais o apoiarão em mais que palavras e gestos, nunca em actos militares.
Acho que a lição que se tira desta crise que ainda agora vai no início é que os EUA a Rússia deviam reajustar-se a um mundo onde cada vez há menos lugar para as suas estratégias de ganância. Por outro lado, à UE ficava-lhe bem repensar os motivos que estiveram na sua origem e ser mais prudente nas suas estratégias expansionistas.
O mundo já não é o playground e a mercearia do Ocidente.
Com estratégias que ouço muitas vezes, que defendem que o melhor é entupir o sistema cumprindo tudo à risca em vez de contestar e recusar fazê-las.
Uma pessoa não faz primorosamente uma coisa que entende errada por pensar que isso vai expôr os erros do sistema. Por essa ordem de ideias os SS tinham morto ainda mais judeus para mostrar que o sistema estava errado... Se pensamos que o sistema de avaliação tem vícios e não virtudes temos que denunciar os vícios e evitar cometê-los.
Pedir escusa de ser relator é, em primeiro lugar, fazer uma afirmação pessoal de repugnância pelo processo, e isso contribui para a melhoria das relações entre pares; em segundo lugar, se o director/a recusa esse pedido pode mandar-se em seguida para a DREL e enquanto estas coisas se passam ou chamam outros, o processo está parado e não se cometem os erros de vício que se criticam; em terceiro lugar, se todos o fizessem, no limite, não haveria ninguém (ou muito poucos) para o fazer.
Estas coisas pegam-se como se vê pela Tunísia e pelo Egipto, mas se ninguém começar nunca, nada se faz e todos compactuamos com o sistema a pretexto de ser mais útil à causa... esse é o argumento dos sindicatos, que põem faixas e falam mas nada fazem que se oponha de facto ao processo e o impeça de seguir em frente.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou hoje a realização no final de Março de uma “grande iniciativa nacional” de professores, na rua, para a qual vai convidar não docentes, pais, alunos e autarquias.
Março? Adora estas estratégias. Dezembro...Natal; Janeiro...descansar; Fevereiro...Carnaval; Março...manifestação; Abril...festas da Revolução; Maio...descanso; Junho...sardinhas e manjerico; Julho...ameaças ao Ministério; Agosto...praia; Setembro...ameaças; Outubro...mais ameaças; Novembro...greve. E vira o disco e toca o mesmo.
Novidade: convencer pais a pagar quota que os novos professores já não vão nessa...?
O Nogueira está em todos os jornais, mais logo deve estar em todos os telejornais, depois deve ir jantar para comemorar o sucesso da coisa, e depois... não sei... ...vai para casa dormir... e não se fala mais destas coisas porque agora é preciso deixar que o governo tire a o salário aos trabalhadores, porque...enfim... ...é muito, muito, muito importante... lá mais para o fim da semana entregam mais um protesto no Ministério da Educação para a ministra Alçada gozar com eles na cara deles...
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