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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Nestas coisas vê-se a ausência de valores democráticos de Costa e o seu MO, quando não lhe fazem as vontades.
... lei dos metadados, que permite atualmente aos serviços de informações ter acesso a dados de comunicações como o tráfego e a localização celular, [sem nenhum processo crime]
A falta de aprovação das contas por parte do atual governo socialista é dupla, ou seja, contou com a omissão a esse respeito por parte da tutela setorial, representada pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas – liderado até há cerca de dois meses por Pedro Marques, entretanto substituído por Pedro Nuno Santos -, assim como com a ausência de opinião e de decisão em consonância da responsabilidade da tutela do Ministério das Finanças, liderado por Mário Centeno.
Mais uma vez Costa faz uma falsa dicotomia -ou há dinheiro para os professores ou há dinheiro para investir na estrada, como se não houvesse dinheiro, tanto para pagar o que deve como para melhorar uma estrada;
Fica subentendido nas palavras dele que, para se atender aos professores têm que deixar-se morrer pessoas naquela estrada, logo, as mortes no IP3 são uma responsabilidade dos professores -como se a responsabilidade de estradas mal feitas não derivasse dos incompetentes dos políticos que as entregaram a empresas cheias de incompetentes (mas talvez de amigos?) e que agora têm que refazê-las, entregando outra vez a empresas de clientelistas do Estado.
Também fica por explicar porque razão têm que investir em estradas inteligentes em vez de pagarem a educação, a saúde, investirem na natalidade, etc., porque esta estrada inteligente de que não precisamos cheira mesmo àqueles esquemas coelhones.
O grande problema financeiro global não é a China, a Alemanha, os EUA, a Inglaterra ou outro país gigante e poderoso financeiramente... qualquer parvo vê que o grande problema financeiro do mundo é Portugal, o rectângulozinho com 10 milhões de pessoas...
Esta fulana deve ser prima do pombinha e do Passos Coelho e do Juncker e desses todos que por terem dinheiro, tachos e poder pensam que são ungido divinos e que somos todos estúpidos...
O que chateia nisto das quotas é ver que não havia necessidade de destruir o que havia de melhor na educação e promover o pior só para ir buscar dinheiro aos professores. Porque foi isso que aconteceu. A crise fez estes políticos incompetentes olharem para a classe profissional com maior número de indivíduos.Mas é claro que não podiam aparecer na TV e dizer simplesmente: torrámos o dinheiro do povo e não sabemos o que fazer de modo que vamos buscá-lo a vocês que são muitos. Por isso, inventaram um esquema para parecer que seria justo ir buscar o dinheiro aos professores. E não foi difícil porque jogaram com a incivilidade e ignorância das pessoas, que bem conhecem por dentro...
Primeiro disseram que os professores são inúteis (logo não merecem o que ganham), depois que precisavam de ser postos na ordem (têm trabalho a menos, logo não merecem dinheiro que ganham), depois que estavam a seguir pedagogias científicas internacionais (que aconselhavam a que os professores se lixem uns aos outros), depois que os professores, para merecerem o dinheiro que ganham teriam de ser capazes de resolver os problemas de violência da sociedade, depois que os melhores eram os que estavam de acordo com esta maneira de ver as coisas (os outros seriam retrógados e não mereceriam o dinheiro que ganham), depois que o trabalho do professor qualquer um o faz (de modo que não é trabalho que mereça ser bem pago), etc.
Quando o esquema acabou, já tinham afugentado milhares e destruído as boas práticas dos outros pela hostilização, desmotivação, ofensa.
O que isto custará ao país - ter gente desta categoria à frente do país, e a destruição da escola pública - já está à vista.
Era escusado. Mais valia que tivessem dito claramente: desculpem mas como não sabemos resolver os embróglios que criámos precisamos de dinheiro e é a vocês que o vamos buscar. Mais depressa aceitávamos isso. Agora chamar nomes aos outros, atacá-los e roubá-los para não ter que lidar com a própria incompetência...não se faz.
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