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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
No dia 14 de Maio passado 25 senadores, todos homens, do Alabama, votaram a mais repressiva legislação referente à saúde das mulheres proibindo o aborto mesmo em casos de violação e incesto, ciosos de protegerem a santidade da maternidade e protegerem as mulheres de si mesmas. Um deles defendeu a 'pureza' da lei, "Deus criou o milagre da vida dentro do útero das mulheres e não cabe ao homem extingui-la".
A audácia destas palavras pode ser traçada através de centenas de gerações de homens poderosos até aos primeiros escritos sobre o corpo das mulheres. Se o patriarquismo é o sistema com o qual os homens controlam as mulheres, nas palavras de Kate Manne, o sexismo é, 'o ramo da ideologia do patriarquismo que justifica e racionaliza uma ordem social patriarcal e a misoginia o sistema que policia e faz cumprir as normas de governo e expectativas dos patriarcas'.
Grandes intelectuais do passado clássico lançaram as fundações de séculos de sexismo e, embora esses gregos não o tenham inventado, os seus escritos continham as ideias e os argumentos que foram usados para racionalizar uma forma particularmente virulenta de misoginia.
Argumentos para a subjugação das mulheres em nome de uma divindade que se tornaram auto-confirmantes no sentido em que as mulheres eram vistas como naturalmente inferiores aos homens, tratadas de modo diferente desde o nascimento e treinadas para se auto-subjugarem [ainda vemos isso de modo explícito nas sociedades muçulmanas mais radicais, que são quase todas...] o que, por sua vez, suportava a ideia de que eram, de facto, imperfeitas e justificava a sua marginalização.
Em todos os estádios do pensamento ocidental houve mulheres expeditas e rebeldes dentro das restrições a que estavam sumetidas. Em todas as épocas houve alturas em que a maré do sexismo podia ter sido virada mas tal nunca aconteceu e os defensores da inferioridade das mulheres saíram sempre vitoriosos.
Os argumentos dos gregos reflectiam os interesses patriarcais e davam-lhes, em sua opinião, excelentes razões para controlarem o corpo das mulheres em nome do maior bem. Por muito resilientes que as mulheres fossem, o policiamento dos misóginos da ordem divina venceu sempre.
A noção de teleologia e a sua relação aos poderes procriativos das mulheres ajuda a perceber esta obsessão dos misóginos. De Platão a Mike Pence homens com poder acreditaram numa ordem divina natural na qual os homens devem agir para o Bem. Para muitos, os poderes procriativos das mulheres eram a única maneira delas contribuírem para esse Bem, de onde se segue que os homens que se arvoraram em intérpretes das intenções divinas achavam, e acham, que deviam controlá-las.
No Timeu, um livro fundamental na teologia cristã, Platão conta o mito de como o mundo foi criado. Primeiro os deuses criaram os homens e depois castigaram os que vivem uma vida de covardia e injustiça, transformando-os em mulheres a reencarnação da vida seguinte. Isto é, o Timeu sugere que as mulheres são uma forma degradada de humanidade, uma espécie de castigo para os que agem de forma pouco sábia. O que tem o corpo das mulheres que as torna tão degradadas?
Os escritos mais antigos detalhados sobre o corpo das mulheres datam dos séculos cinco e quatro AEC, associados a Hipócrates. Estes escritos contêm a primeira diferenciação clara entre o corpo das mulheres e dos homens e foram fundacionais na tradição médica ocidental.
Os autores hipocráticos concordam que os ossos, a infraestrutura do corpo humano, está coberta de carne, sendo esta constituída de diversas espécies de fluídos, que são mais ou menos quentes ou frios, húmidos ou secos.
Antes do advento da dissecação, uma visão do corpo com base em fluídos deve ter parecido plausível. O corpo humano tem sangue, vísceras, bílis e coisas para serem vomitadas; a comida transforma-se em outros fluídos. Partindo daqui chega-se à ideia da saúde como um equilíbrio de fluídos. Nas palavras de um autor hipocrático, o ser humano alcança a melhor saúde quando os fluídos estão equilibrados em termos de mistura, poder e quantidade.
Duas características do corpo das mulheres convenciam estes autores da principal diferença entre o corpo de homens e mulheres: as mulheres têm menstruação e um útero. A primeira mostrava que o corpo das mulheres era húmido, poroso, esponjoso e frio, ao passo que o dos homens era seco, firme e quente. Por causa da sua esponjosidade fria o corpo das mulheres absorvia mais fluídos e por isso sangravam regularmente. Os homens, devio à sua secura quente, absorviam o excesso de líquido e não precisavam de sangrar, sendo o sémen o único fluído em excesso neles.
Os textos hipocráticos imaginam os corpos das mulheres como uma espécie de tubo com duas bocas, uma em cada extremidade. Ambas tinham um pescoço (cervix) e lábios (labia), ligados por um sub-sistema de tubos e contentores. Quando os tubos trabalhavam correctamente, a passagem entre ambas estava desimpedida. Para verem se uma mulher estava fértil punham alho na sua vagina durante a noite e viam se de manhã isso tinha afectado o seu hálito, o que significava que os tubos estavam limpos e 'open for bussiness', para conceber... se tal não acontecesse e as mulheres não sangravam, considerava-se que tinham as vias entupidas e ficariam doentes por excesso de fluído que não saía. Os sintomas desta condição nas raparigas que não concebiam incluiam desorientação, enforcarem-se e desejarem a morte.
A segunda característica do corpo das mulheres que as diferenciava era o útero e a teoria do 'útero errante', causa, no entender deles, de muitas patologias das mulheres, era a crença de que um útero só está no devido lugar se os fluídos estão em equilíbrio. Quando estão em desequilíbrio o útero sai do sítio à procura de hidratação.
A cura incluia o reequilíbrio dos fluídos através do sexo... quer dizer, uma rapariga devia casar o mais cedo possível e ter muitos filhos para os seus fluídos estarem sempre equilibrados. Para estes primeiros ginecologistas a saúde da mulher estava ligada à sua subjugação à procriação. Mães, pais, maridos e, as próprias mulheres acreditavam nisto.
Quando os autores hipocráticos acorrentaram as mulheres aos seus poderes procriativos e aos seus maridos, iniciaram uma estratégia, no pensamento ocidental, de reduzirem as mulheres à sua capacidade de se reproduzirem e os homens a carrascos desta procriação.
Aristóteles, embora sugira que as mulheres possam atingir virtude e felicidade, diz que estas nunca são completas porque, 'o seu sangue, pesado e frio, torna-as mais permeáveis ao vício'. Uma mulher é, para ele, um homem mutilado e deve ser tratada dessa maneira. Escreve na Política, 'o macho é por natureza superior e a fémea inferior, o macho o governante e a mulher a subjugada'. Portanto, a Natureza, com os seus fluídos e humores, deu a cada um o seu lugar na ordem do mundo.
Quem sabe alguma coisa de Filosofia ou da História das Ideias, sabe a importância que estes autores tiveram na sociedade e mentalidades greco-cristãs ocidentais. O cristianismo foi construído sobre o platonismo e a sua doutrina do corpo-alma. Todo o cristianismo prega a submissão da mulher como uma coisa natural e Aristóteles foi chamado 'O Filósofo' durante muitos séculos medievais. As suas palavras eram a verdade, logo abaixo da palavra de Deus ou, até, ao mesmo nível. Os jovens que estudavam nas primeiras universidades, para além da Teologia e autoridades cristãs, elas mesmas uma incorporação do platonismo, o que aprendiam era Aristóteles. Até ao século XIX, os médicos continuavam a apoiar-se nas ideias médicas de Aristóteles e Hipócrates.
Um médico proeminente da época vitoriana descreve a atitude dos médicos relativamente às mulheres pacientes, 'Nós somos os fortes, elas as fracas. Elas são obrigadas a acreditar em tudo o que lhes dizemos. Não estão em posição de discutir seja o que for que lhes digamos e, por isso, estão à nossa mercê.'
Vemos esta mesma arrogância nos senadores do Alabama quando defendem que os homens são os guardas [eu diria carrascos] do corpo das mulheres.
O que uns poucos de homens escreveram há milénios alimentou séculos e séculos de sexismo. É perturbador perceber que tantos dos nossos contemporâneos abraçam a lógica desses antigos argumentos e usam-na com satisfação para subjugarem as mulheres em nome de um bem qualquer.
Se o conhecimento é poder, compreender as fontes antigas da misoginia corrente talvez ajude na luta contra estes homens conservadores e as suas falsas noções de bem.
(tradução adaptada minha)
Ver a partir do minuto 27.07.
Então o Costa andou a dizer que não vamos dar cabo do Alentejo e do Algarve com exploração de gás e petróleo enquanto estava, ao mesmo tempo, nas nossas costas, a vender o petróleo e o gás aos americanos???!!! Mas a mentira já se tornou um valor positivo e eu não dei por nada? Alguém que apareça a explicar, sff.
Quem lê isto e não sabe que os cursos profissionais, no geral, são a saída de emergência para os alunos que já chumbaram que chegue ou que chegam a certo ano de escolaridade sem saber ler nem escrever, para que as escolas possam apresentar taxas de sucesso e não-abandono elevadas até pensa que o ensino profissional em Portugal é uma coisa pensada e com consequências positivas... ...
Para esta prova, os professores avaliadores ganharam regalias, como a dispensa de "tarefas não letivas" durante o período das provas. Ninguém sabe, no entanto, quantos estudantes poderão ser avaliados.
É que só tinham prejuízos, de modo que falar em mais regalias é um engano. Aliás, a 'regalia', como se lê em cima, é serem dispensados do trabalho não lectivo que tinham em simultâneo com as avaliações dos testes para os quais têm que fazer formações (em simultâneo com o trabalho lectivo e não lectivo regular) e deslocar-se dentro de grandes áreas para fazer orais a alunos de várias escolas! Sabendo nós que há trabalho não lectivo do qual nunca se pode estar dispensado, como preparar as aulas, corrigir trabalhos, preparar exposições ou visitas de estudo ou outras actividades que estejam previstas com datas marcadas... UAU! Grande regalia!
E isto tudo para quê? Para os alunos e professores trabalharem para testes para o MEC pagar uma fortuna ao Cambridge. E os testes servem para quê? Para nada, porque são de nível muito inferior ao que os alunos já têm de formação.
Em vez de valorizarmos a nossa formação e o trabalho dos nossos professores trabalhamos para dar dinheiro e prestígio ao que é estrangeiro... muito inteligente... não consta que os suecos, finlandeses e holandeses, que têm uma reputação de falar um óptimo inglês, tenham tido que fazer testes PETs. Mas, como toda a gente sabe, o nosso ministro é gémeo da senhora do dom de Midas ao contrário.
Não gosto de mentiras nem de falsidades. Não gosto de máscaras a não ser na literatura. E no carnaval. Como jogos. Não como simulacros do real.
Elogiam-se os gestores/administradores que conseguem reduzir custos, dispensando pessoal mas estranha-se e acha-se errado que esse mesmo pessoal resista ser tratado como um peça dispensável, sem nenhum direito? Atirado, com os seus descendentes para um desemprego/pobreza sem retorno? Então os direitos estão todos de um dos lados?
Elogia-se o gestor que recebe prémios de desempenho (às vezes tendo mau desempenho...) mas critica-se os que resistem a ser prejudicados tendo tido bom desempenho?
Mas então só quem é patrão ou gestor é que pode lutar pela sua vida, pela qualidade da sua vida? Os outros são indignos se não aceitarem ser reduzidos a números? Devem aceitar agradecidos serem tratados como coisas, perder todos os seus direitos, inclusivamente os de cidadão do seu país com direito a lutar pelos valores em que acreditam?
As grandes corporações multinacionais financeiras deram cabo da economia dos países com especulações bancárias e imobiliárias, mas depois a culpa é dos sindicatos? Foram eles que criaram esta situação? Estamos a empobrecer por causa dos sindicatos? Não me parece que isso seja defensável, nem pelo mais radical dos banqueiros, que diabo...! Mas está tudo doido?
Pessoalmente não considero nunca os governos meus inimigos, mas vejo claramente que muitos deles, assim que se apanham no poder, esquecem que estão lá a representar as pessoas e que, por isso mesmo, não podem voltar-lhes as costas sem mais, antes têm que ouvi-las e levar em consideração o que elas dizem e pensam.
Às vezes acontecem-nos coisas que parecem saídas de um filme, ou assim.
Hoje, a mandar uma mensagem a um amigo enganei-me e mandei a mensagem para um número da lista que tenho aqui há certo tempo associado a uma mensagem mesmo cómica que alguém me mandou, certamente por engano. Bem, enviei a mensagem e passados uns minutos recebo uma sms que dizia, quem és? Achei estranho que o meu amigo me respondesse assim masestava distraída com outra coisa de modo que respondi de volta, E tu es quem? Resposta: tu é q me mandaste uma mensagem. Aí percebi o engano e fui ver para quem tinha enviado a sms. Respondi: foi engano pq tenho esse numero no meu tlm. Alguém me mandou daí uma sms ha algum tempo. Resposta: Lol, entao tambm foi engano pq não reconheço o teu numero. Como t chamas? - Beatriz, respondi. N conheco nenhuma Beatriz. Passaram uns minutos e recebi outra mensagem, Houve um tempo q o meu irmao usava este tlm. Se calhar foi ele. Chama-se....... .........
Opá, então não é que o conheço muitíssimo bem o irmão! Quer dizer, por engano, o irmão mandou-me uma mensagem há muito tempo, que eu guardei por ser muito engraçada mas à qual nunca respondi por perceber claramente que se tratava de um engano. E agora, por causa desse engano eu faço outro engano e acabo por ir dar com um amigo que não via há 10 anos, ou mais!
Estas coisas têm piada!
por PATRÍCIA JESUS Hoje DN
Ministério já se mostrou disponível para corrigir erros e omissões da proposta
A proposta de revisão do Estatuto da Carreira Docente que o Ministério da Educação (ME) enviou aos sindicatos não respeita o estabelecido no acordo de princípios assinado em Janeiro entre a ministra Isabel Alçada e os professores.
Francamente já não há paciência para determinados tiques de negociantes que tentam enganar como quem não quer a coisa. Que vergonha! Isto é lá comportamento dum responsável do Estado, e logo o da Educação? Esta gente já perdeu toda a vergonha?
Não me venham dizer que isto é inocente.
Que diabo! Tudo gente sem palavra! É preciso andar sempre a ler com cuidado as letras mais pequeninas como se lidássemos com bandidos?
Esta é a maneira como a ministra entende que deve repôr a confiança entre as escolas e a tutela?
Nunca mais nos vemos livres deste pessoal e deste governo!
Não houve acordo entre o Ministério da Educação e os sindicatos de professores. P
Aquele que supostamente seria o último dia de negociações sobre o estatuto da carreira docente e o novo modelo de avaliação dos professores acabou em clima de desorientação. Face ao desacordo das mais representativas federações sindicais, a ministra da Educação decidiu reformular a proposta, marcando nova reunião para a próxima quinta-feira. Mas ainda mal os sindicalistas tinham tido tempo de comentar a decisão já Isabel Alçada anunciava, em conferência, que não irá ceder num aspecto de que as duas federações dizem não abdicar.
Daqui a pouco nem a face sorridente da ministra permitirá distingui-la da outra senhora. Senão vejamos: disse que ia fazer uma proposta para pacificar as escolas e resolver as injustiças do modelo impróprio imposto pela outra senhora; de seguida tentou engonhar fazendo uma não-proposta; depois disse que tudo se podia discutir, mas avisou que não cede e que a sua proposta tem pontos indiscutíveis - que, por acaso, são justamente aqueles que têm vindo a ser contestados desde o tempo da outra. Os tais injustos que esta senhora prometeu e garantiu que iria rapidamente resolver...
Baralha-se e volta-se a dar...
Li hoje no Público uma notícia que me parece paradigmática também do que se passa na educação, e que mostra como é importante ler para além dos títulos e pensar um pouco sobre o que é que a notícia realmente diz.
Dizia a notícia que a FCEE da Universidade Católica aparece no ranking do Financial Times. Apesar de ter descido de posição relativamente ao ano passado, está bem posicionada no conjunto europeu. A notícia diz depois quais as universidades, em cada país, que estão melhor posicionadas. Lá para o fim, um pequeno parágrafo informa-nos que o critério do ranking é o emprego/ordenado das pessoas que saem do curso. As universidades referidas são, nos seus países, particulares e das mais caras.
Ou seja, se eu sou uma empresa que vive na lógica do mercado capitalista na sociedade política actual e preciso de um ou dois licenciados, onde vou recrutá-los? Será que tento arranjar o melhor? Vou a uma universidade pública, sabendo que é aí que se encontram os que mostraram ter melhores médias, mais motivação e empenho, embora me arrisque a que esses sejam provenientes de famílias mais modestas? Ou vou à Universidade Católica, onde sei que quem lá estuda tem poder económico e, consequentemente, influência social e até política? O que é que valorizo mais? É óbvio que valorizo alguém que me dá acesso a uma potencial rede de pessoas influentes, já que isso é o que, no fim de contas, interessa.
Muitos empregadores, hoje em dia, dizem à boca pequena isso mesmo: que o que interessa é ir buscar alguém que venha de certo estrato social. Que sabem que muitas vezes os melhores alunos estão em outras faculdades para onde tiveram que concorrer mostrando o seu mérito. Mas que, apesar de serem de qualquer modo de classe média (hoje em dia é raro um pobre chegar à faculdade - o ensino público quase não o permite) não serão a elite entre os que têm muito dinheiro e influência, e é isso que interessa (como o caso da rede de conhecimentos do sucateiro o demonstra).
Quer isto dizer que o curso da universidade católica não é bom? Claro que não quer dizer isso. Mas também não quer dizer que seja melhor que os outros. Só quer dizer que têm os alunos com mais posses. E as outras universidades do ranking são a mesma coisa: é a Business School inglesa, a outra da Suiça, etc.
As pessoas que frequentam essas escolas têm geralmente melhor empregos? Sim, mas não por serem melhores. Apenas porque alimentam a lógica desta sociedade onde o mérito não conta, o que conta é seres filho ou sobrinho deste ou daquele e o papá ter um iate na marina.
As notícias que aparecem muitas vezes sobre as escolas e a educação são também capciosas, como esta. Partem do pressuposto que os que têm os títulos e os cargos são melhores, porque os conseguiram, quando às vezes conseguiram-nos por outras razões muito alheadas do mérito.
Mas isso é para o próximo post que este já vai longo.
Jornal Expresso
Na escola, nem as professoras das duas turmas filmadas sabiam a verdade. Laura Cardinho até gravou um depoimento sobre as vantagens pedagógicas do pequeno portátil, pensando que a reportagem tinha sido encomendada pelo Ministério da Educação, tal como lhe foi dito pelo Conselho Executivo e pela própria equipa de filmagens.
"Sinto-me utilizada. Se eu ou a minha colega tivéssemos a mínima suspeita de que era para um tempo de antena, a equipa de filmagens nunca teria sequer entrado na sala de aulas", disse ao Expresso a professora.
Laura Cardinho conta ainda como algumas das respostas dadas pelos alunos no tempo de antena, transmitido na RTP no dia 22, foram "conduzidas" pelos entrevistadores. "Queriam que um menino dissesse que fazia muitas pesquisas na Internet com o Magalhães. Aí eu não deixei porque era uma mentira. Nem o menino nem a sala de aula sequer têm Internet", relata a professora.
Mais uma intervenção da Ministra sem escrúpulos que destrói a educação para por os pais contra os professores e que não entende o conceito de acção fora do autoritarismo ignorante e de tiques salazarentos, ao serviço do partido do 'big joke' que nos governa - aquele que desonra o nome do grande filósofo, que acima de tudo prezava a verdade e o respeito pela lei e por elas morreu.
Mas não se demitem, nem um nem outro, coladinhos que estão ao poder e às benesses que dele chupam.
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