Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Estamos a dois dias de começar o ano lectivo e os tipos dos sindicatos já andam numa azáfama a ver se aparecem nos jornais, numa encenação bafienta a fazer o papel do costume para parecer que ainda são muito importantes. Os movimentos sindicalistas estão em decadência porque a própria democracia, na sua vertente de fomentadora da mobilidade social e da igualdade de oportunidades está em franca decadência. Neste momento a prestação dos sindicatos é muito mais perniciosa que benéfica porque funciona como um dique que não deixa que as águas transbordem até incomodar. Na verdade, têm servido mais o poder que os trabalhadores. Ora, uma vez que o poder tem prestado péssimo serviço à educação, os sindicatos, na sua subserviência ao poder, têm prestado um péssimo serviço à educação: desmobilizam, confundem em manobras de diversão...
Só num cego já é que não reconhece os padrões da sua actuação:
1º acto, Setembro, queixas e ameaças ao ministério, graxa aos professores;
2º acto, fevereiro e março, reuniões com muitas conferências de imprensa de auto-elogio e sobrevalorização da sua actuação;
3º acto, Maio, Junho; assinatura de acordo(s) com consequente desmobilização dos professores e elogios à sensatez da tutela.
Julho e Agosto, intervalo para férias...
Há muito que deixei de ligar à antestreia. Os personagens e falas são sempre os mesmos. Já cansa.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.