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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Ideia partiu de um professor que, cansado da instabilidade profissional, decidiu lançar uma plataforma alternativa para quem não consegue trabalhar para o Ministério da Educação e Ciência.
A ClickProfessor é um espaço na internet que está disponível a partir de 01 de setembro e permite aos docentes criar, de forma gratuita, um perfil com os dados relativos à sua experiência profissional e formação académica.
"Existem muitas alternativas para os professores e educadores de infância. Existem cursos de aprendizagem e de formação e muitas outras ofertas, porque o Ministério da Educação não é único empregador dos professores", contou à Lusa.
Nuno Almeida Alves é sociólogo, investigador do ISCTE e um dos autores do livro Jovens em Transições Precárias.
Portugal tem demasiados licenciados?
Não. Podemos pensar que sim, se tivermos como referência o emprego que está a ser gerado. Se a capacidade da economia portuguesa é gerar postos de trabalho em call centers ou a virar hambúrgueres, provavelmente sim. Temos de fazer o esforço de desligar a formação escolar do mercado de trabalho. Por exemplo, um licenciado em Línguas e Literaturas Modernas tem um conjunto de competências que lhe permite trabalhar em determinadas áreas que não só dar aulas. Muitas vezes, as empresas dizem que o mercado de trabalho não lhes oferece o que eles precisam. Naturalmente que não. Uma empresa pode recrutar um engenheiro e dar-lhe as competências necessárias para o adequar ao posto de trabalho. Não é solução diminuir o output das universidades portuguesas.
Portugal precisa de investir em formação intermédia?
Deve investir em ensino profissional de qualidade, mas não concordo que o crivo seja feito aos nove ou dez anos. Durante o ensino secundário, pode ser oferecida uma componente mais profissionalizante. Esse acompanhamento dos alunos e das famílias é feito, as escolas detectam, mas a aposta tem de ser feita na qualidade.
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Derek Sievers
Isónia... Aproveitei para ver o directo da convenção dos democratas americanos na CNN. Ouvi o discurso do Biden e do Obama. O Biden disse uma frase que me ficou no ouvido: 'nós apostamos no sector privado, não no sector previligiado'. Este é um 'slogan' que ninguém, neste governo, poderia dizer, já que aqui se aposta no despedimento dos trabalhadores e no enriquecimento dos previligiados.
E no seu discurso, Obama disse, 'não queremos um país onde as pessoas tenham que emigrar para arranjar trabalho e onde um aluno não tem hipóteses por frequentar uma sala de aula sobrelotada.' É o oposto do que o nosso primeiro ministro diz: 'querem trabalhar, emigrem, querem estudar, sujeitem-se a turmas sobrelotadas'.
Nuns países aposta-se no emprego, noutros no desemprego; nuns aposta-se em subir o nível da educação, noutros em descê-lo...
AST Hermes Boson
Max Ferguson
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