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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Quando numa conta de dividir, diminuimos o divisor, o que resta não é necessariamente superior, apesar do dividendo não ter mudado? Se meio milhão de pessoas, num país com 10 milhões de pessoas como é o nosso, saiu daqui durante a crise (entre 2010 e 2015 - e nestes últimos anos mais umas dezenas de milhar saíram, de modo que o número, se calhar, ainda é maior), isto não quer dizer que o dinheiro que havia, sendo o mesmo, agora dividido por menos 500.000 pessoas terá de dar um resultado superior? Onde é que está o mérito de Centeno nesta situação? Fazer uma conta de dividir?
Se tivesse subido 10%... bem, isso seria digno de nota porque implicava um crescimento real do dividendo, agora, 4%... isso não se deve apenas a haver menos pessoas a comer do bolo? E depois, interessava era saber da distribuição do bolo, tendo em conta que as desigualdades sociais em Portugal não estão a diminuir mas a aumentar. Lá está... sou eu que devo ser muito estúpida porque não percebo estes anúncios bombásticos...
O presidente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares e o ex-presidente do Conselho Nacional do Médico Interno estimam que dentro de três a cinco anos a emigração volte a aumentar. Tudo por causa do número cada vez maior de jovens médicos que ficam sem vaga para fazer a especialidade em Portugal.
Formamos médicos com os nossos impostos e depois vemo-los ir para outros países produzir, pagar impostos e fazer babies, que é coisa que temos a mais, como todos sabemos...
1957 ©Photo BLONCOURT
1957 ©Photo BLONCOURT
bidonville portugais à Champigny - 1964 ©gerald Bloncourt
immigrés portugais étendant leur lessive dans un barraquement de chantier du bâtiment en région parisienne - 1970 ©gerald Bloncourt
bidonville portugais en région parisienne - immigré - 1964 ©Gerald Bloncourt
Immigrés portugais dans le train Hendaye-Paris - Mars 1965 ©Gerald Bloncourt
immigrés portugais à Hendaye en transit pour Paris - mars 1965 ©Gerald Bloncourt
Champigny- mai 1964 - — Maman ! Il y a un monsieur qui fait des photos!.... ©gerald Bloncourt
1969- Bidonville à St-Denis - région parisienne - Petite portuguaise immigrée Photo BLONCOURT
Noisy le Grand-1954 Photo BLONCOURT
immigrés portugais dans un baraquement sur un chantier du batiment de la région parisienne - 1970 ©gerald Bloncourt
passage clandestin d' immigrés portugais à travers les Pyrennées - mars 1965 ©gerald Bloncourt
Portugal
Portugal - 1966 - Lisbonne ©Gerald Bloncourt
Portugal 1966 - région de Chavès ©gerald Bloncourt
Portugal - 1966 - Région de Chavès , sur la route de l' immigration - Le dernir homme du village ©Gerald Bloncourt
Portugal - 1966 - ©Gerald Bloncourt
Portugal 1966 - région de Chavès ©gerald Bloncourt
Portugal 1966 - Lisbonne ©Gerald Bloncourt
Um estudo publicado em Junho na Acta Médica Portuguesa, uma publicação da Ordem dos Médicos, baseado na inquirição a mais de 800 internos de 45 especialidades diferentes, revelou que cerca de 65% dos que frequentam o internato da especialidade em Portugal admitem emigrar após concluída a formação.
Só no ano passado, emigraram 387 médicos e cerca de 1100 pediram o certificado à Ordem para poderem exercer a profissão noutro país, contabilizou recentemente o bastonário José Manuel Silva.
Quanto custa formar um médico? Quanto custa às vidas das pessoas a falta de médicos? Ao País a falta de contribuintes?
No último ano, a Carris perdeu 45 motoristas que decidiram trocar a empresa de transportes de Lisboa por outra no Reino Unido, em busca de melhores salários. (...) Por seu lado, Sérgio Monte adianta que os trabalhadores que se despediram têm, maioritariamente, idades compreendidas entre 25 e 30 anos. “Os motoristas com poucos anos de serviço não chegam a ganhar 900 euros por mês” (...)A Transportes de Lisboa referiu ainda que “as empresas públicas encontram-se, desde 2011, sob medidas de contenção de admissões”, (...) A Carris, bem como o Metropolitano de Lisboa, encontra-se em processo de subconcessão ao grupo espanhol de transportes urbanos Avanza
A verdade é que já poucos sobram para procurar emprego porque quem pôde fugiu daqui a sete pés... um quarto de milhão fugiu por não ter aqui vida! Isto não pára. É uma sangria e ninguém põe a tampa no ralo. As empresas depauperadas para poderem ser vendidas ao desbarato a privados. Quando tiverem vendido tudo o que fazem? Talvez façam como o EI e vendam as raparigas, nuas, em leilões públicos...?
Ahhh... pois.... agora vão de avião...
1960
2013
... temos imensa falta de enfermeiros mas andamos a formá-los para depois os expulsarmos do País.
regresso-a-portugal-ja-nao-depende-so-de-melhor-remuneracao
"Parece que o Governo ainda não percebeu a dinâmica desta tendência", diz um especialista.
Quando juntamos os números dos que saem por menos de um ano com os que saem por mais que isso, ao todo são 128 mil emigrantes e, em muitos casos, mesmo os temporários já não voltam.
Há 10 mil enfermeiros portugueses no estrangeiro. Cinco mil estão no Reino Unido. A Diáspora dos Enfermeiros 'nasce' esta segunda-feira em Londres, no Dia Internacional do Enfermeiro, para apoiar esta comunidade de profissionais portugueses emigrados.
Formamo-los, educamo-los, temos falta deles nos hospitais (que ainda sobram) mas não temos lugar para eles no país... isto faz sentido para alguém? Este país ter tido uma 'ajuda' que o atirou para o buraco, ajuda depois da qual Portugal não tem lugar para os portugueses?
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Mais de metade dos jovens portugueses admitem emigrar
A segurança no trabalho (62%) é a principal condição que esperam encontrar no país de destino, seguida da estabilidade política (37%).
A baixa taxa de criminalidade é um ponto que também têm em consideração (35%), assim como os regimes de poupança e pensões estáveis (ambos com 20%) — pelo que Alemanha, Áustria e Suíça são o destino apontado como número um por 50% dos jovens que disseram querer deixar Portugal.
Mas olhando para outras faixas etárias, o valor também é elevado. Por exemplo, 50% dos inquiridos entre os 25 e os 34 anos também responderam que ponderam emigrar ou que já o fizeram (representando os que já saíram quase 5,5%). E mesmo entre os 35 e os 44 anos, a taxa ainda se aproxima dos 50%.
...a população portuguesa voltou a diminuir, segundo as Estatísticas Demográficas de 2012 publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no final de Outubro. Se, por um lado, houve menos de 90 mil nascimentos, por outro, cerca de 121 mil pessoas saíram de Portugal de forma temporária ou permanente.
A Alemanha força-nos a uma crise que destrói os regimes de poupança e a segurança no emprego enquanto fortalece os seus regimes internos para atrair os jovens que outros países formaram, mas que lhe fazem falta, pois todos os países da UE estão em crise demográfica.
Ainda este sábado, num jantar de aniversário, discuti com um amigo que acha muito bem que os jovens emigrem e que não vê mal nenhum nisso e até diz que em Portugal sempre se emigrou... pois é verdade que sempre se emigrou, o que significa que não saímos desta roda de pobreza mas, quem dantes emigrava eram os pedreiros, por assim dizer, não os licenciados, os mestres e os doutores, aos milhares.
Uma geração de jovens que podia, quem sabe, refrescar as hostes políticas com ideias e práticas diferentes para melhor, contribuir para acabar com esses ciclos de emigração por pobreza endémica. Mas não, pois estão todos lá fora a trabalhar para aumentar a riqueza de outros países à nossa custa em virtude de aqui dentro ninguém querer saber deles e até os mandarem emigrar.
Porquê e como é que as pessoas encaram estas coisas com bonomia? Não têm problemas económicos e têm uma visão individualista da vida económica.
"A Europa não deve apenas desenvolver-se como espaço comum para o comércio, mas também como um espaço comum para o mercado de trabalho", afirmou a chanceler. = a Europa do sul não apenas deve continuar a comprar os nossos produtos como deve manter-se pobre para podermos 'comprar-lhe' os jovens.
Os alemães e os ingleses importam os nossos jovens adultos qualificados e em idade fértil e exportam os seus idosos para aqui para o rectângulo? Sim, senhor! Havemos de ter grande futuro!
Fuga de cérebros" leva a perda de qualificações e de investimento nos alunos
A "fuga de cérebros" está a conduzir à saída de Portugal de milhares de jovens qualificados, fenómeno nem sempre causado pela crise económica, mas que a acentua, com a perda de um investimento público superior a 46 mil euros por aluno.
“O Estado não valoriza o capital humano, apenas se preocupa com o capital financeiro”, disse à Lusa Armando Pires, professor na Norwegian School of Economics, onde vive há seis anos.
Pires considera que a visão “neoliberal” do governo português baseia-se no pensamento "errado" de que se a gente “vai embora, desce o desemprego e a economia cresce".
Já os países que acolhem os estudantes portugueses, apesar de não terem investido na sua educação, beneficiam dos seus conhecimentos e, se os jovens não regressarem, Portugal não ganha a experiência que eles adquiriram fora.
A fuga de cérebros constitui um fenómeno que se está a reproduzir num país onde a taxa de emigração qualificada é de 20%, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a maior da União Europeia, e o desemprego jovem já atinge 42,5%, segundo os últimos dados do Eurostat.
"Nos países com uma taxa de emigração qualificada igual ou superior a 20% do total de licenciados, os custos da fuga de cérebros superam os benefícios”, indica Pires.
PARIS — The girl in the black-and-white photograph bit shyly on her finger, concealing a slight smile. Maria da Conceição Tina Melhorado looked at her long and hard.
“I knew it was me,” Ms. Melhorado, 54, said, recalling her first encounter with the image in 2010, when a friend called her about it. “But the date in the caption was off by a year, so I had some doubt.”
While she embarked on a mission to confirm her theory, Ms. Melhorado quickly learned that the photo wasn’t just part of some obscure archive that existed deep in Internet space. It was an advertisement for an art exhibition in Portugal. She discovered that she was, quite literally, the poster child for Portuguese immigration to France.
“Obviously, I was shocked,” Ms. Melhorado said with a brief laugh. “I didn’t know what to think.”
Today, that picture is part of “Pour une Vie Meilleure” (For a Better Life), a collection of photographs dedicated to the Portuguese migration to France in the 1960s and ’70s.
“This is a forgotten immigrant population,” said Caroline Brettell, a professor at Southern Methodist University in Texas who spent a year between the two countries studying the movement. “It was completely different from the sort of politics of race and whatever else is going on in France today with the larger Muslim populations.”
One reason why they are overlooked, Professor Brettell said, is because their transition was relatively seamless; linguistic similarities and a shared Roman-Catholic background helped to forge bonds between the two groups.
Another factor in the forgetting of that immigration story is that the immigrants themselves chose not to tell it.
“I was ashamed,” Ms. Melhorado said, motioning to the shantytown depicted in the photograph. “I didn’t want my children and my co-workers to see that this is where I was from, that this is where I lived.”
But Mr. Bloncourt’s work left her no choice. During a lesson on immigration in school, her son’s teacher shared some photos with the class, including one of her.
“I asked him how he felt when his classmates found out the little girl in the picture was his mother,” Mrs. Melhorado recounted. “He said ‘proud.’ ”
“That’s when I realized how important it is for our story to be told, and when any feelings of shame I had turned to pride.”
O número de pessoas que saiu de Portugal em 2011 aumentou 85% em relação a 2010 e a faixa etária em que mais se registou a saída foi entre os 25 e 29 anos.
Em 2011, as estimativas do INE indicam que emigraram 3.315 adolescentes entre os 15 e os 19 anos, 1.326 crianças até aos quatro anos, 1.302 entre os cinco e os nove anos e 1.479 entre os 10 e os 14 anos.
Quanto ao país de destino, dos 23.760 indivíduos emigrantes em 2010, 19.418 terão ido para um outro país da União Europeia (UE) e 4.342 deslocaram-se para um país fora da UE.
... bem, para quem fica com os nossos jovens. O PPC mandou-os emigrar e emigraram. Como temos falta de bebés, atirar daqui para fora os jovens é uma medida muito inteligente. Qualquer dia pomos o país a leilão por falta de portugueses. Extintos por estupidez natural.
A ler um artigo no Expresso de um tal Rui Martins, escrito num português execrável, diga-se de passagem (vê-se que é uma tradução -muito mal feita- provavelmente do inglês), acerca das declarações de Paulo Branco sobre um filme suíço no festival de Locarno e o escândalo a que deram origem, fiquei a saber que a ministra da justiça suíça propôs que os professores fossem obrigados a denunciar alunos sem papéis de emigração legais...como fez Hitler com os judeus nos anos trinta.
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