Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



 

SEDES critica ausência de propostas dos partidos para corrigir “fraquíssimo crescimento económico”

Uns dão “migalhas”, outros “perseguem quem tem dinheiro e poupa”. Não há partido que mereça, globalmente, avaliação positiva no que toca às suas propostas económicas e com impacto orçamental para estas eleições. SEDES também avaliou áreas da saúde ou da reforma do sistema eleitoral

 

Um conjunto de propostas pouco ambiciosas, que não oferecem mais do que “migalhas” para estimular o crescimento económico e, em certos casos, parecem querer “perseguir quem tem dinheiro e poupa”. As conclusões são da SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, que se dedicou a comparar os programas dos partidos e a analisar as medidas que estes propõem para os próximos quatro anos - e chegou à conclusão de que as ideias para a economia estão muito longe de trazer soluções para o país.

Durante a apresentação das conclusões da SEDES, que também incidiram sobre as áreas dos programas dedicadas à Saúde ou à reforma do sistema eleitoral, as críticas mais duras foram feitas às medidas económicas, de política orçamental e salarial. Com um traço comum: quase todas foram consideradas insuficientes e pouco ambiciosas. E um contexto: a SEDES, como explicava o socialista Álvaro Beleza, que faz parte do conselho coordenador, tenta fazer uma avaliação “o mais objetiva possível”, tendo em conta a sua base de origem - um pensamento com raiz nos países do norte da Europa, na social-democracia e na democracia cristã.

Nem por isso foram apenas os partidos de esquerda os alvos de crítica durante a sessão desta quinta-feira. Alexandre Patrício Gouveia, administrador do El Corte Inglés, identificou o problema: “É no crescimento que Portugal tem claramente um défice”. E porquê? Porque “a atual política [para o crescimento] não leva a lado nenhum”. Nem dá sinais de melhorar: “A lição de fraquíssimo crescimento de 19 anos euro não foi aproveitada pela grande maioria destas propostas políticas”.

A lista do que podia ser feito mas é longa: a falta de investimento, “que não chega a 60% da média europeia”, é um dos maiores “bloqueios” e continua a não haver “uma política claramente virada para o investimento”; também não existe “uma campanha de poupança”, sendo, ao contrário, o consumo incentivado; e assim não se aumentam salários: “Os salários não se aumentam por decreto, mas pelo funcionamento da economia. Parece que há uma perseguição de toda a gente que tenha dinheiro e poupe”, criticou Gouveia, apontando as baterias à esquerda.

As críticas tiveram eco: o economista e professor universitário Abel Mateus frisou o mesmo ponto, dizendo não ver “nenhuma preocupação sobre poupança e investimento” e apontando riscos até no programa do PS. “Quanto um partido diz que reduziu o passe em 20 euros ou aumentou a pensão em três, são medidas pobrezinhas com um impacto marginal sobre a vida das pessoas”. Para o crescimento, defendeu, tudo o que há são “migalhas” - e não uma real alteração de políticas que permita a Portugal ultrapassar os países de leste neste ranking.

Quanto às propostas tendo em vista a despesa, frisou João Duque, presidente da SEDES, uma palavra positiva para a “responsabilidade” mostrada por PS e PSD - mais preocupados com a redução do défice. Ainda assim, “não existe” uma proposta “rigorosa” que apresente uma redução do défice sem um aumento da carga fiscal, nem uma resposta “ambiciosa e plena” a esse objetivo.

“DE BOAS INTENÇÕES ESTÁ O INFERNO CHEIO”

A sessão focou-se sobretudo em política económica, mas não só. Houve ainda tempo para analisar as propostas dos partidos na área da Saúde - com as do PS, PSD e CDS consideradas “mais realistas e moderados” pela organização e as da esquerda atacadas por Álvaro Beleza: querem “mais investimento” e “menos privados”, mas “de boas intenções está o inferno cheio”.

Embora com poucas hipóteses de avançar, dado o desacordo entre os partidos - alguns têm propostas, mas são em boa parte impossíveis de conciliar - o outro tema abordado foi o da reforma do sistema eleitoral, com José Ribeiro e Castro a apontar a “nebulosidade” de algumas propostas, sobretudo no PSD, que “defende com vigor” uma mudança no sistema mas “não clarifica” os moldes desta. “É uma promessa adiada”, uma “batalha que importa prosseguir”, garantiu o antigo líder do CDS - resta saber se há vontade política para isso. (Expresso)

 

publicado às 05:50


Coisas boas e coisas más

por beatriz j a, em 15.08.17

 

 

coisas boas: Taxa de crescimento do Produto Interno Bruto anula preço pago pela dívida.

 

coisas más: As pessoas estão a gastar mais, ajudadas pelo crédito barato, um padrão de crescimento que nos levou ao resgate financeiro.

 

Subida da riqueza já dá para os juros

 

publicado às 09:16


Precisamos de evoluir economicamente

por beatriz j a, em 02.08.17

 

Capitalism's excesses belong in the dustbin of history. What's next is up to us (martin kirk)

 

Citing a study by Harvard University that showed that 51% of Americans between the ages of 18 and 29 no longer support capitalism, Hill asked if the Democratic party would contemplate moving farther left and offering something distinctly different to dominant rightwing economics? Pelosi, visibly taken aback, said: “I thank you for your question,” she said, “but I’m sorry to say we’re capitalists, and that’s just the way it is.”

The footage went viral on both sides of the Atlantic. It was powerful because of the clear contrast: Trevor Hill is no hardened leftwinger. He’s just your average millennial – bright, well-informed, curious about the world and eager to imagine a better one. By contrast, Pelosi, a figurehead of establishment politics, seemed unable to even engage with the notion that capitalism itself might be the problem.

 

a partir do minuto 15.00

 

It’s not only young voters who feel this way. A YouGov poll in 2015 found that 64% of Britons believe that capitalism is unfair, that it makes inequality worse. Even in the US it’s as high as 55%, while in Germany a solid 77% are sceptical of capitalism. Meanwhile, a full three-quarters of people in major capitalist economies believe that big businesses are basically corrupt.

 

Why do people feel this way? Probably not because they want to travel back in time and live in the USSR. For millennials especially, the binaries of capitalism v socialism, or capitalism v communism, are hollow and old-fashioned. Far more likely is that people are realizing – either consciously or at some gut level – that there’s something fundamentally flawed about a system that has as its single goal turning natural and human resources into capital, and do so more and more each year, regardless of the costs to human well-being and to the environment.

 

(...) Global GDP has grown 630% since 1980, and in that same time inequality, poverty and hunger have also risen.

 

(...)  A\as the American Airlines CEO, Doug Parker, found earlier this year when he tried to raise workers’ salaries and was immediately slapped down by Wall Street. Even in a highly profitable industry – which the airlines are, despite many warnings – it is seen as unacceptable to spread the wealth. Profits are seen as the natural property of the investor class. 

 

It certainly doesn’t have to be this way, and we don’t need to look backwards to socialism, or any other historical system, as an prebaked alternative. Instead, we need to evolve. The human capacity for innovation and fresh thinking is boundless; why would anyone want to denigrate that capacity by believing that capitalism is the final system we can come up with?

 

publicado às 17:12

 

 

The Paris climate deal won’t save us – our future depends on de-growth

 

 

 

 

 

A história é esta:

 

 

 

 

 

 

 

É claro que cada um pode começar hoje mesmo a fazer a sua parte.

 

publicado às 22:10


Boas notícias :)

por beatriz j a, em 14.02.17

 

 

Depois do crescimento surpresa de 1,6% no terceiro trimestre, PIB acelerou para 1,9% na reta final do ano, indica o INE.

 

 

publicado às 16:52

 

 

Don’t let the Nobel prize fool you. Economics is not a science

 

 

 

publicado às 05:44

 

 

... a Isabelle Kumar, sobre Tsipras, a Grécia e a Europa. Costa Gravas é um grande cineasta com uma voz política engagée, consciente e democrata. O último filme dele, Le Capital, mostra, como sempre com muita lucidez e inteligência o que é a economia contemporânea e a sua relação com as pessoas.

 

 

 

 

publicado às 21:04


Economic behaviourism

por beatriz j a, em 07.06.15

 

 

Poor behaviour

 

A BAT and a ball cost $1.10 between them. The bat costs $1 more than the ball. How much does each cost? By paying attention to how people actually think, behavioural economics has qualified some of the underlying assumptions of classical economics, notably that everyone is perfectly rational. In fact, the mind plays tricks, dividing up $1.10 (in this example) neatly into $1 and 10 cents, rather than correctly into $1.05 and 5 cents. 

...

As the report shows, the poor are more likely than other people to make bad economic decisions. This is not because they are irrational or foolish but because so much is stacked against them. They are more likely to lack the basic information needed to make good choices, such as which fertiliser to use or when to apply it. They are more likely to live in societies which hold mistaken or harmful views, such as that girls should not go to school.

Conventional economic thinking assumes the poor will want to earn their way out of poverty. But as studies from countries as different as Ethiopia and France show, poverty makes people feel powerless and blunts their aspirations, so they may not even try to improve their lot. When they do, they face obstacles everywhere. They have no margin for error, making them risk averse. If they do not know where their next meal is coming from, saving and investing for the future is hard. George Orwell said, “Within certain limits, the less money you have the less you worry.” He was wrong. The poor are subject to exceptional levels of stress: childhood sickness is more likely to be life-threatening; crop failure can lead to destitution. And stress makes good decision-making harder. Above all, the poor lack the institutional framework which, in the West, improves decisions. Everywhere, people underestimate the benefits of education and save too little for their retirement. But children in the West go to school as a matter of course; pension systems make some savings automatic. Poor countries provide few such props.

 

 

publicado às 09:40

 

 

A China foi hoje declarada, segundo dados do FMI, a 1ª economia a nível mundial.

 

It’s official: America is now No. 2

 

There’s no easy way to say this, so I’ll just say it: We’re no longer No. 1. Today, we’re No. 2. Yes, it’s official. The Chinese economy just overtook the United States economy to become the largest in the world. For the first time since Ulysses S. Grant was president, America is not the leading economic power on the planet.

 

 

publicado às 15:36


É isto

por beatriz j a, em 15.06.14

 

 

 

 

 

publicado às 14:58


Day after

por beatriz j a, em 26.05.14

 

 

 

É igual ao 'day before'. Os dois partidos que nos (des)governam há anos já só falam em manobras para terem maiorias nas legislativas... de facto, as elites políticas vivem alheadas da realidade do resto das pessoas.

Pessoalmente estou mais virada para os partidos/projectos que se dediquem a defender a vida no planeta, a sustentabilidade da vida terrestre, as alternativas ao desgaste dos recursos ambientais, etc. Não acredito que este modelo de economia pan-mercantilista que perverte o sentido dos bens, do trabalho e escraviza as pessoas a dívidas, mude com as pessoas que governam o mundo, pois são as mesmas que incrementam e se servem deste modelo. Apesar de achar mérito em todos aqueles que dão passos para mudar o estado de coisas arriscando-se com novos projectos. As pessoas podem querer aperfeiçoar-se e aperfeiçoar ou adequar os seus ideias às urgências dos tempos.

Este modelo há-de colapsar. Basta ver como os Estados se estão a tornar militarizados, as cadeias cheias de pessoas não criminosas mas que não têm lugar nesta economia que promove os maus à custa dos bons e as coisas materiais à custa da destruição dos seres humanos. Resta ver se, quando este modelo colapsar, ainda temos planeta para habitar.

De modo que me parece melhor apoiar grupos e projectos que obriguem a mudanças operativas positivas na vida ecológica do planeta pois isso é um modo de lutar contra este modelo destruidor das políticas locais. Nessa medida, acredito em dar força a partidos que se dediquem à causa de defender o planeta. Não falo em partidos como os verdes portugueses que são satélites de outros partidos. Falo de projectos sérios de ética ecológica planetária. Se houvesse um partido da Educação era aí que estava.

 

 

publicado às 15:02

 

 

 

Disappearing Acts

 

> George Scialabba

 

Economics is full of wonderful concepts. One of my favorites is “effective demand.” Like a magic wand, it can make billions of people disappear.

 

Suppose a farm can produce 100 pounds of food and there are 100 very hungry people who’d like to eat it but have no money. You might think that there’s a demand for 100 pounds of food. Silly you! There’s a need for the food, of course. But this is civilization: you can’t demand something just because you need it. If food costs a dollar a pound and each person has ten cents, then there’s ten dollars of effective demand. If each person has 25 cents, there’s $25 of effective demand. In that case, any sensible farmer-capitalist would produce only 10 or 25 pounds of food. Supply has to equal demand, and demand equals need plus money.

 

But what about those 100 people and their needs? Well, they exist, I suppose, in some world or other, but not in the market economy. In the market economy, if you’re not a cost or a revenue source, you don’t exist. Some of those people may have once lived on the land now owned by the farmer-capitalist and have been been physically expelled. Others may have been expelled from their jobs by factory-capitalists, often at the behest of finance-capitalists. In any case, all of them have been expelled from the Promised Land of the Market and condemned to wander in the outer darkness, invisible.

 

According to Columbia University sociologist Saskia Sassen in her new book Expulsions: Brutality and Complexity in the Global Economy (Harvard University Press, 286 pages, $29.95), the above is not a just-so story. There has been a shift in the logic of global capitalism. Until the 1980s, the fundamental dynamic was inclusion: bringing ever more people and resources into the economy and society, for example, by incorporating subsistence producers and self-governing communities into market relations and citizenship. For the last several decades, the logic has been one of exclusion: excluding vast numbers from their livelihoods, their land, or their homes; excluding vast areas of land and ocean from the biosphere; and excluding vast quantities of resources (above all, water) from the global commons.

 

(...) Saskia Sassen in her new book Expulsions: Brutality and Complexity in the Global Economy (Harvard University Press

 

 

publicado às 20:06


🐸 Problemas: o público e o privado

por beatriz j a, em 29.12.13

 

 

 

Onde o interesse ou o investimento público se retiram há sempre forças, privadas, que invadem o terreno que vêm vazio e ao abandono para levar a cabo as suas agendas pessoais.

É assim no caso da educação, é assim no caso da saúde, é assim no caso da economia, é assim no caso das bolsas de doutoramento e de investigação.

É sabido que as ideologias económicas -parece-me que têm que ser assim chamadas pois, como tal, são implementadas e defendidas- que nos (des)governam foram o fruto de teses de doutoramento pagas com bolsas de estudo da Goldman Sachs e outras companhias do género, que se chegaram à frente, não para custear investigação isenta ou de interesse público mas, para desenvolver projectos com intenções financeiras privadas, calculadas. Vem isto a propósito de hoje ter lido que a investigação dos antibióticos está em queda livre (com tudo o que isso implica de custos para a saúde humana), pelo facto das companhias farmacêuticas, que são quem financia as teses de doutoramento e as bolsas de investigação científica, desde que os Estados se demitiram desse serviço público, terem interesse na investigação dos "fármacos para as doenças crónicas que são os que rendem muito".

Na educação é o mesmo. Desde que o Estado se retirou ou está a retirar do terreno e a abandonar um projecto de educação pública, as instituições privadas avançam na oferta de serviços educativos, não para prestar um serviço público mas para levar a cabo uma agenda de interesses próprios, privados, que nada têm que ver com liberdade de escolha.

Isto merece uma reflexão profunda em volta das consequências deste abandono de território por parte do Estado, desde logo, do ponto de vista dos próprios princípios republicanos e laicos com que queremos (?) governar-nos. Porque, é isso e não a liberdade de escolha de serviços competentes que está aqui em causa.

A educação pública não é uma questão de escolha. Não se escolhe ter um Estado repúblicano, laico e, democrático, porque isso já foi objecto de escolha, de modo que a educação pública, submissa a esses princípios que tanto nos custaram a conseguir, é uma obrigação que temos para com as gerações futuras. Não cabe ao Estado dizer aos cidadãos que, se quiserem, podem antes escolher escolas privadas. Cabe ao Estado assegurar uma rede de escolas públicas que funcionem bem. Mais nada. Quem quiser ter escolas privadas ou, pôr os seus filhos em escolas privadas, que os ponha. É justamente para isso que o Estado, que somos nós, tem que assegurar, não como uma escolha, a continuação, idealmente imarcescível, dos princípios da res publica e democrática numa escola pública de qualidade.

 

 

publicado às 10:24


A verdadeira crise

por beatriz j a, em 29.11.13

 

 

Emilio Lledó: “La verdadera crisis es la de la inteligencia”

SARAY ENCINOSO | Santa Cruz de Tenerife


-¿La crisis ha reducido nuestra capacidad de pensar, de replantearnos las cosas?

“Creo que no estamos tanto ante una crisis económica, sino en una crisis de la mente, de nuestra forma de entender el mundo. La crisis más real -con independencia de los problemas económicos, que son muy reales- es la crisis de la inteligencia. No estamos solo ante una corrupción de las cosas, sino ante una corrupción de la mente. A mí me llama la atención que siempre se habla, y con razón, de libertad de expresión. Es obvio que hay que tener eso, pero lo que hay que tener, principal y primariamente, es libertad de pensamiento. ¿Qué me importa a mí la libertad de expresión si no digo más que imbecilidades? ¿Para qué sirve si no sabes pensar, si no tienes sentido crítico, si no sabes ser libre intelectualmente? También ocurre que uno intenta pensar y escribe cuatro especulaciones y no puede hacer nada. Piensas pero no tienes poder. De ahí el poder de la política”.

 

-¿Cómo consigue no caer en el pesimismo después de decir eso?

“No soy nada pesimista. Solo soy pesimista, en cierto sentido, porque ya soy mayor y me queda poco tiempo, o menos tiempo, pero a mí me parece que la vida es algo muy hermoso y muy estimulante. Tenemos que darnos cuenta y no podemos olvidarnos de la posibilidad que tenemos de mirar. Los filósofos griegos me enseñaron que la palabra ‘idea’, que nos remite al idealismo, significa mirar. Mirar con los ojos, no con la mente. Y después de eso viene la educación…”.

 

-Hablando de educación, la nueva reforma educativa elimina la obligatoriedad de dos de las tres asignaturas de Filosofía en Secundaria y Bachillerato. ¿Qué consecuencias tendrá en el futuro?

“Me parece un disparate, una cosa inconcebible, cuando hoy precisamente en el mundo tecnológico es tan importante la reflexión sobre los sentimientos, sobre las acciones, y a eso ayuda la filosofía”.

 

-Dice que le preocupa más la corrupción de la mente que la corrupción tradicional. ¿Quién está corrompiendo nuestras mentes?

“Una política de la mentira y una educación que no se ha tomado en serio. La educación es la esencia de partida social y si eso falta la sociedad de va a pique. Filosofía significaba apego a entender. Preocupación por saber qué mundo es el tuyo, qué sociedad es la tuya y cómo compartir la vida con otros. Por eso es tan importante la política, aunque hoy se hable de la destrucción de la política”.

 

-Lo que quizás ha conseguido la situación actual es que la gente tenga más apego por saber, más necesidad de filosofía…

“Sí. Quizá la crisis nos ha dejado al aire, al descubierto, y eso nos estimula, por eso es tan importante que los jóvenes se formen, y que tengan acceso a una educación de calidad. Yo he vivido mucho tiempo fuera de España en grandes países tecnológicos, y en un país como Alemania nunca apostarían por una universidad privada”.


 -A nosotros nos han obligado a pensarlo todo en términos de rentabilidad económica..

 “Exacto. La economía es importante, pero es solo una parte. Hay que dejar que los muchachos, los cinco o seis años que están en la universidad, se entusiasmen con algo, que no se obsesionen con cómo ganarse la vida, ya se la ganarán o la lucharán. La obsesión por ganarse la vida es la forma más radical de perderla”.

 

-Después de ser un niño de la Guerra Civil en España y de vivir en Berlín la caída del muro, ¿cómo ve la situación actual en cuanto a libertades y derechos?

“Como niño de la Guerra Civil sé lo que es el hambre, pero no el hambre como metáfora. El hambre, hambre, hambre de Madrid de los años 40. No tener qué comer durante años. Era una situación patológica, había acabado una guerra, y había unos vencedores y unos vencidos. Eso hoy no existe, hoy se nos ofrecen un montón de cosas. Estamos en la sociedad del consumo, en una sociedad que acaba consumiendo al consumidor. Pero es consumo vacío, consumo consumiente, que te consume, que te deteriora”.

 

-Eso lleva a otra pregunta: ¿Cómo nos está deteriorando el uso perverso del lenguaje?

 “De una manera increíble. Una forma de deteriorar la mente es deteriorar el lenguaje. Utilizamos palabras sin pensarlas. Por ejemplo, ahora hay que ponerlo todo en valor. Sin embargo, no sabemos qué es el valor porque no sabemos lo que son los valores. La universidad tiene que fomentar un debate sobre los ideales. Los creadores de riqueza son necesarios, pero unos pasos más adelante hay que crear algo que rompa la pura pragmacia. O la practiconería, que es una palabra que seguro que la Real Academia no aceptaría, pero que me parece muy expresiva”.

 

 -¿Confía en que en el futuro seremos menos pragmáticos?

 “Yo creo que sí. Si no sería la muerte. Tenemos que dejar esa herencia de idealismo”.

 

publicado às 05:29

 

 

 


 

O Prémio Nobel da Economia Paul Krugman considerou hoje que "o que se está a passar em Portugal (e o que os portugueses estão a experienciar) é inaceitável", sendo vital "fazer alguma coisa".

 

"Não me digam que Portugal teve más políticas no passado e que tem agora profundos problemas estruturais. Claro que tem; como aliás toda a gente, e enquanto que os de Portugal poderão possivelmente ser piores do que os de alguns outros países, como é que pode possivelmente fazer sentido ‘lidar' com estes problemas através da condenação ao desemprego de vastos números de pessoas que querem trabalhar?", questiona o economista.


Krugman avança, como solução para Portugal, uma "maior inflação" nos países do centro da Europa, bem como uma forte "ajuda da política orçamental - não uma situação onde a austeridade nos países periféricos é reforçada por austeridade nos países do centro".

 

publicado às 18:16


economia: moralistas e homofóbicos

por beatriz j a, em 09.05.13

 

 

 

 

Last Friday, in a question and answer session following his lecture, Harvard historian Niall Ferguson startled his audience at the Altegris Strategic Investment Conference in California by calling Keynes a childless gay man who couldn’t give his wife conjugal satisfaction and had no concern for the impact of deficits on posterity.

(...)

The accusation was first made by the brilliant Harvard economist Joseph Schumpeter, who in a 1946 obituary complained that Keynes “was childless and his philosophy of life was essentially a short-run philosophy.” The words of Schumpeter—still remembered for his contention that capitalism rests on “creative destruction,” and a conservative who thought intellectuals such as Keynes were undermining the moral foundation of the free market—have been echoed by many other thinkers, including George Will, Gerturde Himmelfarb, Greg Mankiw, Mark Steyn, and V.S. Naipaul. (Himmelfarb argues that Keynes’s famous statement  “In the long run we are all dead” has “an obvious connection with his homosexuality,” while Mark Steyn described the economist as a “childless homosexual” and “libertine.” Harvard economist Greg Mankiw also used the word “childless” to describe Keynes, raising the question, what’s wrong with Harvard?)

(...)

As Mark Blyth has shown in his new book Austerity: The History of a Dangerous Idea, the power of arguments for austerity come from the fact that they invoke the traditional moral system of the West, a way of thinking that is rarely questioned because it seems like common sense. Implicit in austerity are all sorts of moral adages: no pain, no gain; suffering builds character; thrift is virtue.

(...)



publicado às 03:33


Não é preciso ser especialista...

por beatriz j a, em 15.02.13

 

 

 

 

Os dados do INE confirmaram o que se pressentia: a recessão económica é bastante mais grave do que esperado pelo Governo. Em território nacional, mais do que parada, a economia está a ser desmantelada. Não há negócios, não há investimentos. Pelo contrário, só há falências e reestruturações. A Europa, para onde ainda vão mais de 70% das exportações, também entrou no vermelho e por isso, importa menos mercadorias e serviços portugueses.

 

... qualquer cego vê que é isto o que se passa desde há muito. Todos os dias dezenas de falências, centenas de despedimentos. Só o governo e satélites não o vêem. E porquê? Por esta pouca vergonha:

 

INE. Chefes resistem à crise e reforçam níveis de emprego.

 

A categoria profissional "representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos" conseguiu resistir à crise muito agressiva que se abateu sobre o mercado de trabalho, tendo registado um aumento de 3,7% do emprego.


 

Digo pouca vergonha porque este é o governo que foi para lá com a promessa de menos estado, mas agora interpreta o menos estado, não como menos cunha e compadrio mas como menos serviços para os cidadãos...

 

 

publicado às 04:29


Livros online for free

por beatriz j a, em 10.11.12

 

 

 

 

 

 

Out of Control  available for free on the web here

 

 

l

Out of Control

 

 

New Rules for the New Economy  full text of New Rules for the New Economy online

 


New Rules for the New Economy

publicado às 08:36


No time for wrong steps

por beatriz j a, em 28.10.12

 

 

 

 

No Time for Wrong Steps

by Michael J. Boskin

 


publicado às 11:05


porque é que os museus fecham?

por beatriz j a, em 27.08.12

 

 

 

Estava aqui quase de saída para ver uma exposição que me interessa muitíssimo quando resolvi ver se o museu tem dia de fecho. Boing... fecha às segundas. Porque é que os museus fecham? Os shoppings estão sempre abertos mas os museus fecham. Ahh e tal... poupar dinheiro em funcionários.... ããããã... e que tal aumentar o número de empregados e fomentar a cultura e economia?

 

publicado às 14:15


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2018
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2017
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2016
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2015
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2014
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2013
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2012
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2011
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2010
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2009
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2008
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D



Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Edicoespqp.blogs.sapo.pt statistics