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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
António Vitorino faz lóbi pelo Santander junto de comissários europeus e nunca ninguém disse nada. Porquê? Porque é um banco europeu”, nota a mesma fonte.
Não é que a gente se espante... esse não é o único mérito conhecido do homem? Ser um facilitador de negócios? Mas pronto, sempre é diferente quando as informações são confirmadas por fontes oficiais...
Injustiçado... até me engasguei a rir ahah se não fosse ridículo era só patético. Este é o tipo que pega no telefone e diz, 'arranja aí uma reunião com o Presidente da Comissão Europeia' e lhe respondem, 'amanhã apareça'. Isto não é um privilégio, é uma enorme injustiça. Aliás, foi por ser um coitado injustiçado que a Goldman Sachs o contratou...
Para esta fonte próxima de Barroso, os ataques “são injustos e têm motivações políticas”, com origem no establishment alemão, que nunca o perdoou por ter assumido o cargo no Goldman Sachs.
“Curiosamente, os mesmos alemães nunca contestaram o facto de Gerhard Schröder [antigo Chanceler alemão] ter sido nomeado [em 2016] presidente da Nord Stream 2, uma subsidiária da Gazprom“.
Gerhard Schröder nunca mais teve o respeito de ninguém, só que dentro da desonestidade é um bocadinho mais honesto porque vendeu-se, sim, mas não anda aí a fingir que é tudo normal e a gritar que é um injustiçado. E outra coisa, ninguém te perdoa, estás a ver? Não são só os alemães.
Pensar que este tipo esteve uma data de anos à frente da Comissão Europeia a influenciar os nossos destinos... que tristeza...
Juncker já deu ordens para que o ex-presidente da Comissão Europeia seja tratado como qualquer outro lobista.
Durão Barroso vai tornar-se no primeiro ex-presidente da Comissão Europeia a ver retirados os chamados "privilégios de passadeira vermelha" por Bruxelas, na sequência do cargo que ocupa na Goldman Sachs, avançou ontem o jornal Financial Times.
Isto é tudo triste... é triste e, para ele, uma vergonha, perder a influência priviligiada que tinha em Bruxelas; é triste, para ele e para nós, que tenha escolhido, após sair da Comissão, não usar a influência que tinha em Bruxelas para beneficiar o povo do seu país, que foi o seu trampolim para os privilégios da sua vida - uma espécie de segundo abandono; é triste que tenha sido o exemplo dele a tornar visível a falta de ética e a promiscuidade entre os negócios e os políticos; é triste que seja o Juncker, esse facilitador de negócios -lobista- às grandes multinacionais no seu país a fazer esta figura de regulador ético; é triste que a UE se tenha tornado um local onde alguns vivem com excesso de privilégios à custa das pessoas dos países que os pagam a ferro e fogo; é triste porque ele não precisava deste tacho para viver e podia ter optado por dignidade em vez de ganância.
E defende-se: “se se fica na vida política é porque se vive à conta do Estado, se se vai para a vida privada é porque se está a aproveitar a experiência adquirida na política”.
Esta não é uma empresa privada qualquer. É a empresa que congeminou a falcatrua das contas gregas para enganar a UE, é a empresa que usa prostitutas para atrair fundos soberanos que depois geram perdas de mil milhões, é a empresa que faz e desfaz governos, que vive do tráfico de influências que é uma coisa muito diferente de fazer lobbying. É a este cão perigoso sem açaime que o senhor vai entregar a sua lealdade. E não, isto não dignifica os portugueses. O que dignificaria os portugueses era o senhor e os outros portugueses que ocupam cargos de influência fazerem um trabalho positivo para a Europa e para o mundo e não para as suas vidinhas pessoais. Mas lá está... se fossem pessoas desse calibre nem eram abordados por certo tipo de cães, para usar as suas palavras.
Durão Barroso apresentou o livro de Relvas
Aliás, todo o governo e políticos de oposição que lá estavam a assistir ao lançamento do livro de um indivíduo que não tendo sido travado pela pressão da opinião pública sabe-se lá onde teria chegado com o seu curso à Socas, discurso à Socas, declarações de patriotismo e responsabilidade à Socas, maneiras à Socas, oportunismo à Socas...
Mas o pior é mesmo o Barroso. Tem o descamento de dizer que se não fosse a troika não se faziam as reformas por causa das manifestações... isto dito por um indivíduo que há 30 anos está na política, é um político profissional, a quem cabe a responsabilidade de fazer reformas, foi para ao governo como primeiro-ministro depois de ter-se comprometido a fazer reformas e que fugiu para Bruxelas à má fila para tratar da sua vidinha... e os que estão ali a ouvi-lo são todos políticos... dizer, perante todos, que foi preciso a troika vir para se fazerem as reformas é passar um atestado de incompetência a si mesmo e a todos os outros que ali estão.
Vejamos: de quem é a culpa desta crise? Dos bancos? Não. Dos gastos faraónicos dos governos? Não. Da corrupção? Não. Dos parasitas satélites dos governos? Não. Dos políticos que se deslumbram com o poder e gastam o que não é seu? Não. Dos políticos incompetentes a quem damos tanto dinheiro em impostos e que o fazem desaparecer? Não.
É evidente que os culpados da crise são: em Portugal, os professores que se manifestaram, os agricultores que se manifestaram, os trabalhadores precários que ganham 300 euros por mês que se manifestaram; já na Grécia, a culpa é dos pastores de Creta que se manifestaram, dos pescadores do Mar Egeu que se manifestaram e dos desempregados que se manifestaram.
Cada vez mais o que interessa não são o saber e o conhecimento mas a proximidade com o poder. É por isso que a Católica convidou este senhor para dizer banalidades. É porque pouco interessa o que ele diz... é mais o que ele pode...
... a propósito disto:
It is obvious to any one who has been in charge of the interests of his country abroad that the day secrecy is abolished negotiations of any kind will become impossible. [Jules Cambon, "The Diplomatist" (transl. Christopher Rede Turner), 1931]
Diplomacia e tacto são irmãos inseparáveis nas relações internacionais.
Cabe-nos a nós defendermo-nos deste passo para aumentar o lucro das grandes empresas com PPP à nossa custa - à custa do nosso dinheiro, da qualidade da água que bebemos, da nossa saúde e da nossa liberdade em aceder ao que é de todos nós.
Temos que nos livrar destas pessoas que estão à frente desta Europa nada comunitária, vendida a interesses particulares, contra os seus próprios cidadãos.
(activar as legendas em português no canto inferior direito - vê e partilha)
Durão Barroso diz que Portugal é culpado pela sua crise ... Durão Barroso transmitiu a ideia de que "com muitos sacrifícios e com muita coragem" Portugal vai conseguir ...
Até parece que não foi o Durão Barroso quem abandonou o país para ir para a Comissão depois de ter sido eleito com a promessa de não ir embora antes do trabalho feito. Até parace que o grande desgoverno de Santanas, Sampaios e socas não aconteceu no rescaldo desta fuga traidora aos problemas e interesses do país.
Quando ele diz que 'Portugal' é culpado quer diluir as suas próprias responsabilidades que são de monta...
Durão incendiou o PE denunciando “complexo de superioridade” no Norte face ao Sul.
Numa declaração inflamada, o presidente da Comissão, Durão Barroso, denunciou ontem uma atmosfera contaminada no final da cimeira de líderes, vendo um regresso dos "demónios" que estiveram na origem das guerras mundiais, nomeando "complexos de superioridade" do Norte contra o Sul e a pressa de "uns em declarar vitória contra os outros". Se a primeira acusação é facilmente atribuível aos países mais ricos da UE, onde se inscreve a Alemanha, Holanda e Finlândia, a segunda crítica é dirigida a Mario Monti e Mariano Rajoy, primeiros-ministros italiano e espanhol, que anunciaram uma vitória arrancada a ferros sobre a Alemanha.
"Não gostei da atmosfera no final do último Conselho Europeu, quando vi uns a proclamar vitória sobre os outros. Não é assim que fazemos as coisas na Europa", disse. As equipas de Monti e Rajoy ventilaram à imprensa uma vitória negocial sobre a chanceler alemã, Angela Merkel, tendo alegadamente bloqueado o Pacto de Crescimento, se não lhes dessem nada de volta em termos de compra de dívida no mercado ou recapitalização directa de bancos.
Barroso também se insurgiu contra o aumento da discriminação na linguagem europeia, em torno do Sul despesista e Norte poupado. Reconhece que há "diferentes culturas financeiras" dentro da UE e muitas vezes dentro dos próprios países, mas fica "preocupado" quando vê "algumas pessoas falar do Norte e do Sul, fazendo algumas generalizações fáceis: aqueles que conhecem a história sabem quão negativo foi o papel dos preconceitos e o complexo de superioridade de uma parte da Europa sobre a outra", avisou. "Não devemos esquecer que o projecto europeu foi feito precisamente para evitar estas divisões do passado e estes demónios", concluiu.
Esta desconfiança ficou ontem patente na decisão do governo finlandês que, um dia depois de anunciar um veto a qualquer compra de dívida no mercado secundário, pediu a Madrid garantias adicionais (colaterais) para conceder empréstimos aos seus bancos, no quadro do resgate espanhol - exactamente o que tinha feito com a Grécia. "Apresentámos um pedido de colaterais para os empréstimos a serem concedidos pelo veículo temporário", declarou ontem o director-geral do Ministério das Finanças finlandês, Juka Pekkarinen. É a consequência directa, reclama Helsínquia, da zona euro ter aceite que a dívida europeia emitida para Madrid fosse subordinada e não sénior. O Eurogrupo de 9 de Julho será palco deste pedido formal que exigirá a Madrid um ligeiro esforço complementar para garantir a fatia do empréstimo finlandês.
A declaração de Barroso foi feita no encerramento do debate parlamentar, sem possibilidade de réplica, suscitando uma longa ovação de quase toda a câmara, como talvez Barroso nunca tenha ouvido num debate político em Estrasburgo. Já fora da ordem de trabalhos, a líder do grupo dos verdes, a alemã Rebecca Harms, disse que "gostava que Barroso fosse assim tão claro quando falasse com os líderes". Isso obrigou a que o presidente do Parlamento, Martin Schulz, seu opositor nos tempos em que liderava os socialistas na euro-câmara, saísse em sua defesa: "Estive nos dois últimos conselhos e posso garantir que Barroso disse lá o mesmo que nos disse aqui", afirmou, encerrando o debate.
Não é uma pena termos um compatriota à frente da União Europeia numa altura em que a União precisava de liderança forte para dar coerência e unidade ao projecto e vermos que a pessoa não está à altura da situação?
Parece-me que a tragédia deste tempo é a falta de liderança esclarecida na Europa, nomeadamente nos países mais poderosos que poderiam imprimir-lhe uma dinâmica positiva. Precisavamos de alguém com estatura de estadista.
A situação seria muito diferente se o presidente da comissão fosse um estadista de envergadura: alguém capaz de influenciar os processos entre os países no sentido de se estreitar a coesão, de se limarem diferenças e diferendos, de galvanizar os líderes dos países para as virtudes do projecto duma Europa que põe as pessoas em primeiro lugar, uma Europa como espaço de potencialidades desenvolvidas, de gente esclarecida, cooperante.
Porque me parece que os povos da Europa estão no ponto de poderem ligar-se em comunidades transnacionais. Começa a haver iniciativas de grupos transnacionais que querem uma mudança no modo de encarar e fazer política e que não se sentem, nos vários países, representados por estes políticos, mas que não têm nenhum tipo de apoio ou incentivo da parte do poder. Tudo tem que ser feito à margem do poder -Parlamento Europeu, comissão- que não trabalha para uma verdadeira união dos povos. Quem é que sabe o que raio se passa e decide no Parlamento Europeu? Não somos tidos nem achados em coisa alguma.
Se o Durão Barroso fosse alguém com visão e qualidade de estadista a Europa estaria já num patamar acima, em vez de estar a descer a níveis de desconfiança e divisão antigos.
É uma grande oportunidade que se está a perder e o que custa é termos lá um português de fraca qualidade que não vai deixar memória nenhuma porque não liderou coisa alguma e não inspirou ninguém.
Agora é o Durão Barroso a falar de responsabilidade...um tipo que fugiu daqui...
JN
O Governo mudou, há três semanas, o regulamento do FEDER e do Fundo de Coesão, viabilizando o desvio de verbas das regiões mais pobres para Lisboa. Portugal negociou essa excepção, no QREN, com a Comissão Europeia.
Trata-se do "anexo V", negociado entre a Comissão Europeia, liderada por Durão Barroso, e o Estado português, liderado por José Sócrates, que versa sobre investimentos efectuados na região de Lisboa que possam ter efeito sobre as restantes regiões e que pode aplicar-se a projectos de modernização da administração pública, de cariz imaterial. De acordo com a mesma fonte, "nunca" antes as autoridades portuguesas tinham pedido autorização para transferir verbas. A região de Lisboa não teria direito às verbas destinadas às regiões de convergência, uma vez que os seus indicadores - PIB (Produto Interno Bruto) per capita e qualidade de vida - já estão acima da média europeia. É fartar vilanagem!
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