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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Este Natal andei numa de filmes de fantasia -enfim... não apenas, mas sobretudo. Hoje vi um filme que estreou em Outubro, por altura do Dia das Bruxas, Dracula Untold. É o filme de estreia de um realizador novo e o filme é giro para quem gosta do género, embora não seja um filme de terror visível (não tem montes de cenas de violência obscena, é preciso usar a imaginação) e não ser o Drácula maléfico a que estamos habituados - aqui conta-se a história de como Vlad se transformou em Drácula.
Se não lesse os críticos com prudência e distância dos seus preconceitos se calhar não tinha visto o filme.
Como qualquer boa história fantástica mistura factos com fantasia, seres com poderes sobrehumanos e oferece personagens e situações de poder simbólico: o guerreiro sanguinário cruel que se redime pelo amor, esse potente transformador de almas; a sede de poder, o embebedar-se de poder, a dificuldade em controlá-lo, as concessões que se vão fazendo à corrupção da alma, as lutas internas entre o bem e o mal, o dever e o querer, a vingança...
Depois, tem um fantástico cenário medieval com paisagens dramáticas e românticas, como é costume nestes filmes, lutas muito ao gosto dos bons jogos de PC, como também é costume, hoje em dia, neste tipo de filmes, muito bons actores, com presença e boa dinâmica de evolução é um filme que entretem muito bem. O actor Charles Dance tem um papel pequeno mas muito impressionante; o que faz de Drácula consegue ir mudando a personalidades sem perder coerência e tem um olhar penetrante; o imperador turco e o filho do Ben Kingsley são muito bons e todos em geral são bons.
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