Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Northern Syria’s Kurds are establishing direct democracy and a gender revolution. Why are we arming jihadist-linked Turkey?
Alexander Norton is right. This is our Spain. Extremist authoritarians who despise democracy, women and freedom are at war with what should be an international beacon, a society that offers an example far beyond the despot-afflicted Middle East. Turkey knows that Rojava’s success will inspire not just its own Kurdish population to assert its rights: it sees a system which threatens its own degenerate authoritarian order. British Kurds are occupying train stations and roads because no one will listen to them about one of the gravest injustices on Earth. To abandon them now would be a shameful crime that would never be forgotten.
Owen Jones
Erdogan já passou limites do ditador benigno há muito tempo, quando se fez filmar, no dia da vitória eleitoral, a descer umas escadarias ladeadas com figuras dos sultões otomanos, com os quais se compara, naturalmente.
Ontem disse a uma garota de sete anos que se Deus quisesse seria uma mártir e a enterrariam com a bandeira do país... Erdogan está num processo de esmagamento dos curdos, sem os quais a guerra contra o EI não teria sido vencida. O resto do mundo vê e cala.
Xi Jinping quer acabar com a limitação de mandatos para ficar eternamente no cargo. Putin só sai de lá quando e, se, quiser. Na UE já falavam em concentrar numa única pessoa os cargos de Presidente do Conselho e da Comissão e acabar com o princípio de um membro por cada Estado-Membro. Trump, se pudesse, há muito que era um Putin, líder por quem tem enorme respeito e admiração.
Há uma tendência cada vez mais clara para a degradação das democracias. Será que os ditadores não se vêem como o que são? Será que os líderes não têm noção de como a concentração de poderes continuada na mesma pessoa leva à corrupção, ao desvirtuamento dos processos, à destruturação da coesão social? Serão tão cegos que se pensam imunes aos perigos do poder?
Até em pequenas comunidades como as escolas vemos esta degradação. Onde vai a gestão democrática das escolas? Como se podem educar os jovens para sociedades de vivência democrática se os exemplos que lhes dão são o oposto disso?
Doğan has been given a sentence of 2 years and 10 months by a Turkish court.
Work by Zehra Doğan. Courtesy the Voice Project.
“I was given two years and 10 months [jail time] only because I painted Turkish flags on destroyed buildings. However, [the Turkish government] caused this. I only painted it,” Doğan posted in a now-deleted tweet as reported by online Turkish journalism and human rights platform Turkey Purge.
According to the Art Newspaper, authorities arrested Doğan at a cafe late July, claiming that her artworks proved that she was connected to the Kurdistan Workers’ Party (PKK), which is considered a terrorist organization by the Turkish government.
A escritora escreveu uma carta na prisão onde está por ordem de Erdogan, à margem da justiça e dos tribunais, que quer que a condenem a pena perpétua.
Neste momento estão presos, por ordem do ditador, mais de 130 jornalistas: um record mundial.
Aslı Erdoğan apela ao suporte e solidariedade da Europa.
O activista António Diogo de Santana Domingos “Magno”, de 38 anos, cumpre hoje o seu quarto dia de prisão preventiva por ter pensado em dirigir-se à Assembleia Nacional, para ouvir o Discurso à Nação proferido pelo vice-presidente Manuel Vicente, a 15 de Outubro.
Domingos Magno, como é conhecido, nem sequer chegou a 200 metros de distância da Assembleia Nacional. Maka Angola recolheu vários depoimentos junto de familiares, amigos e fontes policiais, e narra o sucedido.
Leonor João, mãe do preso político Mbanza Hamza.
Uma pessoa cohecida que trabalha muito em Angola contou-me que quando o Presidente angolano sai de casa cortam o telefone e a internet a todo o quarteirão durante horas, não vá sua excelência ter algum incómodo... as mães também se querem invisíveis para não incomodar suas excelências...
... é contra as mulheres.
Ghoncheh Ghavami foi presa em Junho quando foi ao estádio de Teerão protestar por as mulheres estarem proibidas de ver desporto. Amnesty International soube que ela foi condenada a um ano de prisão por 'espalhar propaganda contra o sistema' mas a sentença não lhe foi comunicada por escrito de modo a não poder apelar. Ghoncheh começou uma greve de fome.
Impressionante! Um povo em menoridade mental a viver uma idolatria que pensávamos já ter desaparecido. Dá-nos uma ideia do que terá sido a idolatria a Hitler, a Mao e outros do género que escravizaram os povos através da sua redução à subserviência mental e psicológica. Como é que uma esmagadora maioria de pessoas não são capazes de crítica e se deixam levar nesta massa anónima acéfala, quer dizer encarceram-se a elas próprias na ditadura?
A semana passada passei as aulas, a propósito do tema da Argumentação e Retórica, o filme chileno 'No' que retrata a campanha da oposição que Pinochet teve que permitir, nos anos oitenta, numa operação de maquilhagem para apaziguar as vozes internacionais.
A campanha da oposição foi autorizada a passar na TV, à meia-noite, com a duração de 15 minutos durante vinte e oito dias, no que Pinochet pensava ser uma paródia que haveria de legitimar a sua presença no poder. Pois nesses vinte e oito dias, a oposição, com uma campanha produzida por um publicitário, derrubou, com a palavra e sem sangue, quinze anos de uma feroz ditadura que tinha parecenças com esta da Coreia do Norte no lado da idolatria que muitos tinham pelo Pinochet, também ele visto como um pai da Pátria.
Um filme muito bom que vale a pena ver porque mostra muito bem como todo o aparato, cenário e idolatria das ditaduras de 'grande líder' não têm fundamento nehum e esfumam-se no ar em três tempos se a oportunidade surge.
.
.
... ilegalizar as greves, decretar o despedimentos e deslocação sem oposições, a que horas o povo vai para a cama, quantas cervejas pode beber e quando, etc.
A nova constituição do país entrou ontem a vigor. EUA, União Europeia e oposição húngara temem as mudanças.
No novo documento, o termo “República da Hungria” desaparece, sendo substituído por “Hungria”. Além disso, existe, pela primeira vez, uma referência religiosa explícita – “Deus abençoe os húngaros”.
A isto soma-se a nomeação de pessoas próximas a Orban, para todos os altos cargos do Estado,.
Segundo os grupos da oposição, a reforma do poder judicial, da lei eleitoral e do funcionamento das instituições independentes servem para fortalecer o poder do actual primeiro-ministro húngaro, que no fim do mês passado afirmou em entrevista ao jornal “Magyar Nemzet”, que o documento marca o fim da transição do comunismo para a democracia. Para assinalar esta etapa, pretende ressuscitar os alegados crimes do comunismo e criminalizar os socialistas, partido de orientação social-democrata e membro da Internacional Socialista, mas que é herdeiro formal do antigo partido comunista.
“Isto é um atentado contra a democracia”, afirmou Sandor Szekely, co-presidente do Movimento Solidário Húngaro à Bloomberg. “Todos os sistemas de controlo democrático foram eliminados”, acrescentou. A constituição também exclui qualquer possibilidade de reconhecimento de casamentos homossexuais e decreta o embrião como ser humano desde a concepção, impedindo a legalização do aborto.
Numa clara ameaça à liberdade de imprensa, o documento prevê a reforma forçada para os jornalistas que se mostrarem muito críticos. E talvez para mostrar que a legislação não é para brincadeiras, a rádio da oposição, a Klubradio, já perdeu a frequência.
Por coisas destas ficou a Turquia fora da UE... Se a UE não estivesse já completamente desvirtuada nos seus propósitos e ideais de democracia social a Hungria não teria dado este passo tão em discordância com todos esses ideais. Se a UE não se mexer agora para apoiar os húngaros e evitar este passo abre-se um precedente muito perigoso dentro da União.
Este ataque surge no 12º dia de protestos contra o regime egípcio e o seu Presidente, Hosni Mubarak, e depois o dia de ontem ter sido assinalado como “Dia da Partida”, pois era o último do prazo dado pelo movimento oposicionista para o Presidente deixar o poder – o que não aconteceu.
...e Mubarak continua a agarrar-se ao poder, agora com a desculpa de temer pelo povo. Salazar dizia algo idêntico para permanecer no poder. Todos os ditadores dizem o mesmo. Esperemos que entre os revolucionários não vençam aqueles de quem Platão dizia, Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.
SOL
«Se observarmos a democracia, percebemos que não fez muito bem a alguns países, entre eles este (Reino Unido)», afirmou Ecclestone.
«Todos esses homens, Gordon (Brown) e Tony (Blair), tentam agradar a todos, o tempo todo (...). Max faria um super trabalho. É um bom líder», acrescentou.
De seguida, disse que «prefere os líderes fortes», e fez um elogio a Adolf Hitler.
«Em muitos aspectos - é terrível dizer isto, suponho, mas fora o facto de que Hitler se deixou levar ou convencer a fazer coisas sobre as quais não tenho nenhuma ideia se ele queria fazê-las ou não, ele estava numa posição na qual podia mandar em muita gente e ser eficaz», justificou Ecclestone.
Acho este artigo muito interessante: primeiro, vemos claramente que não é só cá que pessoas que ocupam cargos proeminentes são ignorantes (o hitler foi convencido a matar judeus?) e opacos (se o Hitler foi convencido quer dizer que também andava como o Gordon e o Tony, não a liderar, mas a querer agradar a alguém, não?).
Acima de tudo constata-se que em todos os lugares do mundo, e não só cá, os que mais gostam e defendem as ditaduras e os ditadores são, de entre todos, os mais ignorantes e pobres de espírito.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.