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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
(...) depois terem passado mais de 48 horas da convocatória do ME para todos os sindicatos/federações docentes (exceto o S.TO.P.) para reunir a 11 de julho, o S.TO.P. continua a não receber qualquer convocatória para essa reunião negocial.
Por isso, não se trata de esquecimento mas sim de uma evidente tentativa de discriminação e mais um atropelo da democracia. Para que não haja quaisquer dúvidas, enviámos hoje, para o ME, mais uma demonstração da nossa vontade em participar no processo negocial que vai abrir no dia 11 de Julho de 2018:
"Ao Ministro da Educação,
O S.TO.P. vem, por este meio, mais uma vez, reafirmar a total disponibilidade em reunir para iniciar um processo negocial sobre as reivindicações que levaram a classe docente a realizar a presente greve que se iniciou a 4 de Junho e com grande impacto em todo o país.
Entregámos a responsáveis do ME uma proposta a 14 de junho e reafirmámo-la novamente a 2 de julho, demonstrando a nossa total disponibilidade em reunir, com caráter de urgência, com o Ministro da Educação. Passaram-se mais de 2 semanas e não existiu qualquer resposta...
A 3 de julho tivemos conhecimento, através da comunicação social, que o Ministro da Educação convocou uma reunião com todos os outros sindicatos/federações sindicais docentes exceto o S.TO.P. (precisamente o único sindicato que iniciou este ciclo de greves a 4 de junho). O Ministério da Educação parece fazer uma clara opção política, demonstrando que tem sindicatos favoritos em detrimento de outros.
Este atual comportamento do Ministro da Educação contrasta com o que teve na reunião de 4 de junho onde afirmou fazer questão de reunir com todos os sindicatos independentemente da sua representatividade em número de sócios. Mais uma vez, como aconteceu no colégio arbitral que determinou os serviços mínimos, o S.TO.P. foi claramente discriminado, tendo sido impedido de indicar qualquer elemento para representante dos trabalhadores desse mesmo colégio arbitral (por isso expressámos a nossa discordância com a constituição de um único colégio arbitral).
Mas o mais grave deste comportamento não é apenas a evidência de uma total incoerência do Ministro (em menos de um mês) mas acima de tudo é grave porque viola princípios elementares da Constituição da República Portuguesa (C.R.P.). Nomeadamente o artigo 13º da C.R.P., o princípio da igualdade bem como o artigo 266, nº2 da C.R.P. no que respeita à Administração Pública onde se refere: "Os órgãos e agentes administrativos estão subordinados à Constituição e à lei e devem atuar, no exercício das suas funções, com respeito pelos princípios da igualdade, da proporcionalidade, da justiça, da imparcialidade e da boa-fé.
Assim, aguardamos que o ME reconsidere a sua posição e convoque também o Sindicato de Todos os Professores – S.TO.P. para o processo negocial que vai abrir no dia 11 de Julho de 2018.
Cumprimentos,
S.TO.P. Sindicato de todos os professores"
... e já iniciaram passos positivos de mudança para acabar ou, pelo menos, diminuir, a discriminação das mulheres na igreja.
Ou seja:
1. Um homem incompetente não é contestado, uma mulher competente é contestada e tem que se provar todos os dias.
2. Um homem comporta-se como quer, uma mulher tem que se comportar como um homem para ser vista como competente, isto é, se for bonita e se se arranjar é confundida com uma secretária e desvalorizada, mas espera-se que seja feminina. Quer dizer, nem pode ser demasiado masculina, mas tem que o ser e, não pode ser demasiado feminina mas tem que o ser... uma mulher não pode ser assertiva porque isso é visto como agressividade, arrogância e mau feitio, onde nos homens é visto como cracterística positiva. Frequentemente as mulheres têm que esconder a sua inteligência e valor para não 'ofender' e assustar os homens...
3. São julgadas por ter filhos, pois assume-se que vão perder energia e dedicação no trabalho como se o trabalho na vida de uma mulher, cujo 'papel' é ser mãe, fosse apenas um hobbie.
4. Estudos mostram que mulheres que foram discriminadas muito cedo nas suas carreiras têm tendência a afastar-se de outras mulheres.
5. As mulheres negras sentem ainda o estigma do isolamento. Sendo muitas vezes as únicas pessoas negras no meio de brancas ficam socialmente isoladas. Assume-se que têm familiares presos por droga. As latinas são julgadas como preguiçosas e ambas são frequentemente confundidas como pessoal administrativo.
O que uma educação de preconceitos e disicriminação faz às próprias vítimas:
A Turquia prepara-se para presidir ao G20 e, entre outras tarefas, tem de lutar contra a discriminação homem-mulher. E é esta a posição do seu presidente. E aposto que ninguém vai dizer nada... a religião deles, diz ele, decreta a discriminação das mulheres. Das duas uma, ou as mulheres deviam mudar de religião para uma que não as discrimine ou deviam mudar de presidente e, quiçá de regime, para um que não assente nos atavismos religiosos discriminatórios...
Desta vez, ao discursar num debate internacional promovido pela Associação Mulheres e Justiça (KADEM, na sigla em turco), Erdogan aproveitou para atacar “o feminismo e as feministas”, afirmando que as mulheres que lutam pelo reconhecimento dos seus direitos “rejeitam o conceito de maternidade.” E este conceito, defendeu, é definidor da posição da mulher nas sociedades islâmicas.
“A nossa religião [o islão] definiu a posição da mulher: a maternidade. Algumas pessoas conseguem entender isto, outras não. Não é possível explicar isto às feministas, porque elas não aceitam o conceito da maternidade”
..o gabinete do primeiro-ministro (PM) acabou por concordar com a posição da transportadora, apesar da mesma contrariar também acórdãos de Bruxelas que estipulam que "excluir os períodos de protecção da mãe dos períodos de trabalho,(...) constituiria uma discriminação do trabalhador do sexo feminino." Esta é uma opinião idêntica à da CITE, constituída por representantes governamentais e parceiros sociais e que funciona sob a tutela do Ministério do Trabalho.
"O Primeiro-Ministro concorda" (com) o argumento dado pela TAP para não pagar os prémios. Isto porque o Acordo de Empresa estipula que estão excluídos de eventuais prémios empregados que, "no ano em referência (...), tenham tido absentismo e/ou suspensão do contrato com duração (acumulada) igual ou superior a cinco meses.
Isto é o primeiro ministro que temos. Fala, para inglês ver, no drama das mulheres portuguesas terem poucos filhos e mostra-se precupadíssimo em garantir os direitos das grávidas e a proteção da família mas depois compara as ausências por gravidez ao absentismo e manda tomar medidas que as discriminam.
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