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Este post está em aberto. Agora não tenho tempo - é almoçar e ir para a escola - mas mais logo ou amanhã hei-de escrever o que é preciso dizer sobre este assunto porque não consigo dar de caras com este discurso de auto-promoção  repugnante e fingir que não o li. 

Os diretores das escolas

 

publicado às 12:10

 

 

Querermos educar os jovens para a cidadania, partilha de poder democrático, espírito crítico e outros ideais que aparecem na 'nova' representação dos currículos mas depois darmos-lhes como exemplo a vivência num sistema anti-democrático é, no mínimo, um contra-senso, para não dizer mesmo, uma farsa.

 

Menos poder para os directores, defendem 92% dos professores

Inquérito da Fenprof a 25 mil docentes. Resultados mostram que mais de nove em cada dez discordam do actual modelo de gestão das escolas.

Os professores consultados mostraram estar alinhados com as posições que têm vindo a ser defendidas pela Fenprof nesta matéria. Além dos 92% que defendem que o órgão de gestão das escolas deve ser colegial e eleito por lista, a mesma percentagem de docentes dos 25 mil que responderam acreditam que o órgão de gestão da escola deve ser eleito por todos os professores, funcionários e representantes dos encarregados de educação e alunos.

A eleição entre os pares é o modelo favorito para os professores, segundo este inquérito, seja para a coordenação de departamento (94%) como para a coordenação de turma (87%). Além disso, 79% apontam que qualquer docente deve poder candidatar-se ao órgão de gestão, cabendo aos eleitores avaliar a sua competência.

 

 

publicado às 05:20

 

 

 

Resta saber porquê... esta diz que pouco mais de metade dos directores das escolas querem dois semestres em vez de 3 períodos escolares com a única razão de serem mais equilibrados.

Aqui há duas coisas: em primeiro lugar, esses 54% de directores são cerca de 160 pessoas. Num universo de mais de 100 mil professores, que relevância tem a opinião de apenas 160 pessoas que nem sequer dão aulas...? Em segundo lugar, uma medida que implica tantas mudanças tem que ser pensada calculando se os prejuízos vêm a ser maiores que os benefícios. Assim de repente, por exemplo, se o facto de os alunos terem 2 avaliações em vez de 3 lhes dá mais hipóteses ou menos de recuperarem aprendizagens. Haverá muitas outras questões a ponderar, certamente.

O que quero dizer que medidas destas não se podem fazer em cima do joelho, como é costume e para agradar a meia dúzia de pessoas que estão tão habituadas a decidir por todos sem discussão que já nem lhes passa pela cabeça pensar a sério nos assuntos. 

Mas estas notícias, volta e meia estão nos jornais tal qual como estavam há uns meses... resta saber porquê.

 

Mais de metade dos directores dos agrupamentos escolares (54,1%) concorda que o calendário escolar passe para apenas dois semestres, indica um inquérito sobre O que pensam os directores e os presidentes de Conselhos Gerais sobre questões pertinentes da escola portuguesa, realizado junto de mais de 300 destes responsáveis escolares.

 

 

publicado às 11:26

 

 

 

Directores surpreendidos e apreensivos com saída de João Grancho

 
A demissão do secretário de Estado do Ensino básico e Secundário, preocupa os directores escolares que receiam que a sua saída se transforme em mais um problema.
 
"Nesta fase em que era preciso unir esforços, e trabalhar para uma solução, não nos parece ser muito vantajoso para o Ministério a demissão do secretário de Estado", explicou à Renascença.
 
 

publicado às 15:27

 

 

 

Hoje estive num Conselho Disciplinar. Não me lembro da última vez que tinha estado num C. D.... talvez há 15 anos ou mais. Como já não estava uma situação dessas há muito tempo fui ler a legislação aplicável, nomeadamente aquela que se refere aos deveres dos alunos e às sanções disciplinares.

Qual não é o meu espanto quando leio que na decisão da sanção de actos, que podem ser muito graves cometidos dentro das salas de aula contra professores, ou contra alunos mas na presença dos professores, o Director, se quiser, pode escolher não ouvir o Conselho de Turma e decidir o que lhe apetecer, dentro dos limites da lei, que é quase tudo... então, quer dizer, os professores do C. T. é que conhecem os alunos e lidam com eles numa base diária mas a sua melhor opinião pode ser completamente ignorada...? Fiquei siderada, chocada, mesmo, ao ler isto!

De facto, os professores, no entender da tutela,  são nada... os Directores são a recriação dos antigos comissários políticos soviéticos (agora até se acha óptimo que concorram a lugares paralelos de vereadores para se matar dois coelhos de uma cajadada), os alunos valem nada, são pontos nas estísticas do auto-elogio dos medíocres que nos governam e, os professores, são menos ainda que nada, absolutamente nada. São aquels tipos e tipas que têm um mealheiro sem cadeado para se ir lá sacar quando apetece. Estamos num país em degradação sistemática e consistente da vida democrática.

 

 

publicado às 21:22

 

 

 

Hoje estive num Conselho Disciplinar. Não me lembro da última vez que tinha estado num C. D.... talvez há 15 anos ou mais. Como já não estava uma situação dessas há muito tempo fui ler a legislação aplicável, nomeadamente aquela que se refere aos deveres dos alunos e às sanções disciplinares.

Qual não é o meu espanto quando leio que na decisão da sanção de actos, que podem ser muito graves cometidos dentro das salas de aula contra professores, ou contra alunos mas na presença dos professores, o Director, se quiser, pode escolher não ouvir o Conselho de Turma e decidir o que lhe apetecer, dentro dos limites da lei, que é quase tudo... então, quer dizer, os professores do C. T. é que conhecem os alunos e lidam com eles numa base diária mas a sua melhor opinião pode ser completamente ignorada...? Fiquei siderada, chocada, mesmo, ao ler isto!

De facto, os professores, no entender da tutela,  são nada... os Directores são a recriação dos antigos comissários políticos soviéticos (agora até se acha óptimo que concorram a lugares paralelos de vereadores para se matar dois coelhos de uma cajadada), os alunos valem nada, são pontos nas estísticas do auto-elogio dos medíocres que nos governam e, os professores, são menos ainda que nada, absolutamente nada. São aquels tipos e tipas que têm um mealheiro sem cadeado para se ir lá sacar quando apetece. Estamos num país em degradação consistente da vida democrática.

 

 

publicado às 21:20

 

 

Escola acusada de afastar professores

Diretor atribuiu horário zero a professores que venceram eleições para o Conselho Geral.


A direção da Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa, foi alvo de queixa para o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e para a Inspeção da Educação por ter alegadamente afastado professores de forma irregular e por a escola estar a funcionar, de forma ilegal, sem o seu órgão máximo, o Conselho Geral (CG).

As eleições para o novo CG realizaram-se a 20 de junho, mas a lista de professores vencedora, opositora à lista apoiada pela direção, nunca tomou posse. Dos cinco professores eleitos na lista opositora à da direção, três deles ficaram a saber em julho que tinham horário zero, ou seja, não tinham turmas atribuídas. Tiveram, assim, de ir a concurso e foram colocados noutras escolas.


Um destes docentes era a professora que deveria ser nomeada presidente do Conselho Geral pelos restantes membros. Estava na escola há 19 anos e leciona Matemática.

"Foi a forma que a direção encontrou para decapitar a lista vencedora e os professores incómodos. Mas fizeram-no ocultando horários e, agora, no início do ano letivo muitas turmas não tinham professor e tiveram de ir recrutar outros", contou ao CM um dos professores envolvidos, solicitando anonimato.

Os docentes recorreram aos sindicatos, mas não sentiram o apoio que esperavam. "O diretor Jaime Carlos é irmão de Arménio Carlos, líder da CGTP...", afirma a mesma fonte. Ao CM, o sindicalista escusou se a comentar a situação. "Não posso comentar o que não conheço", disse ao CM.



publicado às 06:26


Autonomia ou abusos de poder?

por beatriz j a, em 01.09.12

 

 

 

vistodaprovincia: Escolher os melhores…. Viva a autonomia!!!!

 

 

[...]
Ninguém selecciona médicos ou juízes com conceitos bárbaros destes.
            Agora espero sinceramente que este assunto (que é da escola, de quem tem interesse pelo futuro educativo do país e da sociedade) não fique limitado aos contratados. Se algum professor do quadro ler isto que estou a escrever, e seja ou não deste grupo, que lhe parece se lhe aplicarem tais conceitos no próximo concurso? Se acha mal, porque fica calado sobre isto? Ou só vai querer saber do caso, quando a sua própria casa estiver a arder?
            E os directores, que tais conceitos expeliram, estariam disponíveis para ser seleccionados, como docentes, desta forma? E ainda se lembram de quando eram contratados? Teriam hipóteses de ter assim para si próprios uma selecção justa, objectiva e que preencha todos os requisitos administrativos, legais e constitucionais?
            E os professores dos Conselhos pedagógicos que tais aberrações eduquesas aprovaram que têm a dizer em sua defesa?
Como nota lateral destaco que nos critérios que analiso não consta curiosamente um, patentemente ilegal, mas muito comum nas AEC (morar a uma certa distancia mínima da Escola). Sobre essa pérola gostava só de lembrar que, aí por 1940, o regime salazarista obrigava os professores primários a, sob pena de processo disciplinar, residir a menos de 5 kms da escola. A estupidez manga-de-alpaca nunca muda, e a genética é uma coisa tramada, e um tio-avô meu teve nesse tempo problemas por residir em Viana e dar aulas em Afife. Ia de comboio e era pontualíssimo mas incomodou alguém que o quis tramar. Muito senhor do seu nariz, ganhou a contestação. A Constituição consagra hoje a liberdade de circulação e de escolha de domicilio mas, nesta linha revivalista, até já nem me espantaria que alguém se lembre de reintroduzir a permissão prévia ao casamento dos professores que o Salazar também criou e fazer disso critério de concurso….
[...]
Vale muito a pena ler e perceber os abusos de poder que se praticam por aí nas escolas. Tudo às claras.

publicado às 20:22


o programa do psd para a educação

por beatriz j a, em 08.05.11

 

 

Quer-me parecer que o projecto do PSD para os Directores é copiado do modelo inglês onde os Directores têm uma carreira de gestores e ganham verdadeiras fortunas a massacrar os professores sem ganhos evidentes, que como é sabido o ensino lá anda pelas ruas da amargura.

Parece-me um erro tremendo, bem como a cena do cheque-ensino... querer regular tudo com dinheiro e competição desenfreada. Nem todas as áreas da vida são negócios em competição, nem tudo se regula com dinheiro. Parecem ideias de economistas. A educação não pode ser planeada por economistas com planos de produção quinquenais. Neste país o ensino tem sido instrumentalizado por engenheiros e economistas, com o resultado que se vê.

É uma pena que depois de tantos anos a estragar as escolas venham aí mais anos do mesmo... não tenho a mais pequena esperança de ver melhorias no ensino, se as opções são sempre as piores.

A única coisa positiva que vejo no programa é a introdução de exames, mas mesmo isso, se não for acompanhado de uma mudança de hábitos e práticas, nomeadamente de autonomia pedagógica e fim das ditaduras de testes absurdos e correções do ministério, não vai servir para nada.

Eu, como não sou masoquista, não contribuo para certas festas que são contrárias a tudo o que penso.

 

publicado às 20:31


o papel dos CEFs

por beatriz j a, em 14.04.10

 

 

O blog do Ramiro Marques tem um post que diz quase tudo sobre o espírito e políticas educativas a partir duma crítica às 'visitas' das turmas dos CEFs. Tanto quanto sei os directores vice-directores das escolas com turmas de CEFs têm bónus positivos na sua avaliação desde que os programas (programas...tchii...deixa-me rir...) sejam cumpridos. Talvez por isso sejam tão populares estas turmas.

 

Para ler o post  http://www.profblog.org/2010/04/tudo-gratis-para-os-cef-elite-precisa.html

publicado às 13:00


Herr dirrektor

por beatriz j a, em 28.08.09

 

 

 

Tanto quanto sei o programa da Manela não fala em mudanças relativamente ao facto dos directores das Escolas não serem eleitos, mas sim nomeados pela hierarquia. Isso, para mim é o pior, juntamente com a divisão dos professores.

Eu sei que há quem defenda que as escolas não se queixaram muito disso. Não estou de acordo. Em primeiro lugar houve muitas queixas, processos enquistados, etc.; em segundo lugar, estou convencida que os professores, fartos de aturar os mesmos Conselhos Executivos anos a fio - há escolas, em que os C.E. estão no poder há cerca de 20 anos - com todos os vícios que daí derivam  entraram num raciocínio do género: 'que se lixe, pior que isto não pode ser e ao menos sempre nos livramos destes parasitas e tal'.

Se os Directores continuam a ser nomeados e cheios de poder ao mesmo tempo que se esvaziam completamente os Conselhos Pedagógicos, está aberta a porta para os maiores vícios de poder, tanto da administração central e local como dos próprios Directores e adjuntos. Será uma espécie de roleta russa, o ambiente em cada escola, porque a tentação da prepotência dum lado e a tendência à subserviência do outro vão destruir o pouco que resta da autonomia pedagógica dos professores e, com isso, também a qualidade do ensino.

Porque, como dizia alguém que não lembro agora, o homem é uma unidade, e não pode uma parte dele andar a querer ensinar a virtude quando a outra se entretem no vício. É coisa que dá sempre mau resultado.

Eu continuo apreensiva como estava antes do programa ser apresentado. O essencial continua lá. Nem sei se acabam com a divisão dos professores. Não é claro, o texto onde se fala disso. Eu bem gostava que fosse. Pode ser que ainda haja lugar a esclarecimentos por parte dos responsáveis. Espero que sim.

 

 

 

publicado às 21:28


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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