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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Livro de poesia preferido
Obra Poética de Fernando Pessoa, editora José Aguilar, 1960
É esta que se vê aqui em baixo. Tem a lombada desgastada e já sobreviveu a um incêndio. Era da minha mãe (por isso tem um duplo valor) e desde que me lembro sempre o vi na mesa de cabeceira dela. Está marcado por ela de vários modos: escreveu nele o nome, deixou marcas nas páginas dos poemas preferidos - um pézinho com duas rosinhas de Santa Teresinha secos na página 443 para marcar que texto...?
"Abramos a janela... Tarde, tarde...
É tarde... Eu outrora amava a tarde
Com seu silêncio suave e incompleto
ou talvez, "Quem sente chora mas quem pensa não"...? Em outras páginas há um santinho, uma vinheta de uns Bombeiros Voluntários. Acrescentei-lhe umas marcas minhas. Já lhe peguei tantas vezes que parece que se ajeita à minha mão.
Agora abri-o ao calhas e vi isto e fez sentido, como tudo o que neste livro se lê:
"Porque há em nós, por mais que consigamos
Ser nós mesmos a sós sem nostalgia,
Um desejo de termos companhia -
O amigo como êsse que a falar amamos"
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