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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
...10 anos, 12? Estes filhos de um indivíduo de péssimo nome que nos 'devolveram' parte dos cortes de um modo muito especioso onde ficamos a ganhar ainda menos do que ganhávamos com os cortes e que foram governar, não tendo ganho eleições, com o argumento que era necessário acabar com a austeridade cega, levam a austeridade ainda mais longe que o outro anterior. Redução de salários com aumento de impostos, de preços, despedimentos... é claro que para a banca e para os funcionário públicos 'boys' nunca falta dinheiro. PS, PCP, BE, mais mentirosos que os mentirosos anteriores.
Não digo mais nada porque não vale a pena baixar o nível da conversa com gente desta...
O congelamento generalizado dos salários significa que os funcionários terão uma perda do poder de compra nos próximos anos, uma vez que o Governo prevê um aumento dos preços ao longo da legislatura (a inflação prevista deverá oscilar entre 1,6% e 1,8%). E mesmo o fim dos cortes salariais, que será total a partir de Outubro deste ano, não garante que os trabalhadores do sector público vão retomar o nível remuneratório que tinham em 2010. Além da inflação nos últimos anos, aumentaram os descontos para a ADSE e a situação fiscal, tal como a dos restantes portugueses, agravou-se.
O Executivo projecta que, entre 2016 e 2020, o peso da despesa com pessoal no PIB diminua 1,1 pontos percentuais, de 11,1% para 10%. É a rubrica da despesa pública que mais contribui para a redução do défice, que no mesmo período cai 2,5 pontos percentuais. Em 2017, a descida do peso da despesa com pessoal no PIB é de 0,3 pontos.
Se a intenção é continuar o trabalho do Crato dos cortes e despedimentos encapotados, para quê ter dividido o MEC em dois, um para o superior, outros para o básico e secundário? Fossem coerentes com os cortes e começassem, então, por si mesmos, mantendo um só ministério. É que não há grande ciência em destruir e para isso não é preciso muita gente.
Eric Hanushek, especialista em Economia da Educação, convidado pela Gulbenkian, apresenta cálculos sobre o impacto que teria afastar os professores “menos eficazes”.
Esta notícia de economistas serem convidados para defender o despedimentos de professores e o aumento de exames é recorrente e geralmente antecede uma vaga de cortes e despedimentos. É claro que isto não tem nada a ver com educação. Os americanos têm um dos piores sistemas educativos, o que, hoje em dia, já toda a gente sabe que tem a ver com o excesso de medições e a submissão da educação a medidas economicistas mas nós estamos sempre a convidá-los para dizerem estas asneiras.
A meio do artigo diz-se que se despedissemos professores e fizéssemos mais exames, podíamos até aumentar o número de alunos por turma [os professores são bestas de carga] que ficávamos [milagrosamente?] com o sistema ao nível da Finlândia em termos de resultados. O quê?? A Finlândia que não despede professores nem faz exames a não ser no fim de tudo. Este é o nível de manipulação da informação.
E gasta-se dinheiro a encomendar estudos de como fundamentar o despedimento dos professores mais velhos, que ganham mais e meter gente que está no início de carreira e ganha menos? Porque essa é, sem dúvida, a intenção... entretanto ninguém fala de educação...
A educação está perto do caos e os professores perto do esgotamento desde que lhe introduziram uma estrutura de fincionamento e gestão próxima da repartição pública -como se o trabalho académico fosse semelhante a fazer turnos de carimbar cartões- e lhe retiraram tudo o que é próprio dum trabalho académico. Não por acaso a expressão, 'medir produtividade' aparece várias vezes. É como o Crato a querer medir as palavras por minuto dos miúdos. É a mesma lógica: a 'produtividade'.
Eu teria aí uns dezasseis anos quando li 'O Arquipélago do Gulag'. Nesse livro, Soljenitsin explica o método de produtividade que o sistema estalinista introduziu nas fábricas através dum sistema de medição cada vez mais exigente de tempo/número de objectos produzidos. Como isso poupava imenso dinheiro, embora levasse os trabalhadores a um permanente esgotamente e não melhorasse a qualidade do produto. É tal qual o que este estudo defende.
Este é o sistema americano. É aqui que queremos chegar?
(do blog Ladrões de Bicicletas)
a) Entre o ano lectivo de 2010/11 e o ano lectivo de 2012/13 (dados mais recentes), a redução percentual negativa do número de docentes é superior - tanto no ensino básico como no ensino secundário - à diminuição percentual do número de alunos. Em termos globais, regista-se de facto uma redução na ordem dos -11% se considerarmos todos os alunos matriculados (isto é, incluindo os adultos) e de -1%, se considerarmos apenas as crianças e jovens. Valores que comparam com uma redução do número de professores na ordem dos -16%.
b) Esta discrepância de valores sugere que se verificou um despedimento de professores nos últimos anos muito acima daquele que os efeitos da demografia permitiriam justificar. Isto é, que a dispensa massiva de docentes, nestes anos de austeridade, vai muito para lá do simples «ajustamento» do contingente de professores aos impactos da quebra da natalidade na diminuição da população escolar. De facto, se se pretendesse manter a proporção de alunos por docente que existia em 2010/11, nos diferentes níveis de ensino, apenas teria sido necessário dispensar globalmente cerca de 630 professores, e não os 23 mil que foram despedidos no período considerado (cálculos aqui).
bcp-ainda-vai-reduzir-pessoal-em-766-pessoas
Banco está a cumprir melhor do que o acordado com Bruxelas em termos de metas do plano de reestruturação. O que ainda falta é a redução do quadro de pessoal.
Educação e Saúde perderam 3 mil milhões desde 2010
Segurança Social é o único sector do Estado social que cresce. Cortes na Educação e Saúde são por despedimento e baixa de salários.
Os professores que rescindirem o contrato, levam uma inndeminização que, depois dos impostos é o equivalente a um ano de salário. Entretanto, não podem pedir subsídio de desemprego, não podem pedir reforma antecipada e não podem voltar a trabalhar para o estado durante muitos anos, de modo que, ou têm outro emprego, no privado, o que dificilmente acontecerá tendo em conta a idade das pessoas ou, vão ficar numa situação miserável. A alternativa que o senhor Crato oferece é... mais despedimentos...
A História ensina-nos que em tempos de crise há dois tipos de políticos: os que vêem longe, elevam-se acima das situações particulares e são capazes de as gerir com fins úteis e positivos; e, depois, há os outros que, são incompetentes e cegos e arrastam todos na sua incompetência e cegueira. Os políticos portugueses, infelizmente, são quase sempre, quase todos, 'outros'. E o Crato é um dos campeões do grupo dos 'outros'.
Requalificação, despedimentos, mentiras e cumplicidades daquele ex-jornal, agora pasquim que se chama Expresso dirigido por aquele outro irmão do outro que rebola de lugar em lugar...
Anexo: Eug Rosa Resposta-Expresso(do blog do Umbigo)
...
Ontem uma pessoa amiga que trabalha há muitos anos na administração pública disse-me que têm reduzido tanto pessoal que está, desde há um ano, a fazer o trabalho que costumava ser de três pessoas. Puseram tanta gente fora que neste momento já só tem duas funcionárias seniores que vieram de outros serviços. Treinou-as, elas fartam-se de trabalhar mas, mesmo assim, já não é possível fazer um trabalho de qualidade. Que escreveu uma argumentação para cima a explicar isto mesmo e a dizer que, a continuar assim, em vez de despachar todos os projectos e dossiers, vai passar a escolher uns e deixar outros porque não é possível fazer tudo sem pessoal. Eu expliquei-lhe que é o mesmo nas escolas: não temos funcionários, as secretarias perdem pessoal todos os anos que não é substituído, as turmas estão a abarrotar e já não é possível fazer um trabalho de qualidade chegando a todos os alunos, que cada vez mais perdemos autonomia e nos forçam a trabalhar mal, a desperdiçar tempo com coisas estúpidas em detrimento do ensino, que as medidas pedagógicas há muito que são atropeladas pelas economicistas, que atropelam a lei... mas que a diferença é que na nossa profissão nenhuma argumentação funciona porque as decisões são tomadas unilateralmente, de cima para baixo, com objectivos prioritários de assegurar cargos, assegurar privilégios e proteger flancos. É assim de alto a baixo e o Crato é um dos grandes exemplos disso. A protecção aos colégios privados dos amigos dos amigos... Ela disse-me que lá pelos corredores dos ministérios corria o rumor de que o Crato se ia demitir. Se vai, digo eu, já é tarde ou, é indiferente, melhor dizendo. Da maneira como estragou as coisas, já não tem volta atrás nos próximos, muitos, anos.
O número de docentes do ensino secundário, superior e profissões similares inscritos nos centros de emprego mais do que duplicou em julho em relação ao período homólogo, sendo o grupo profissional com um aumento mais significativo.
O ministro vem contar histórias da carochinha. Mas o que é que acontece às pessoas quando chegam ao poder? De repente começam a pensar que estão logo abaixo de Deus, logo acima dos anjos? Perdem completamente o sentido de auto-crítica? Mas o ministro não vê que já ninguém acredita em nada do que ele diz?
De recordar que entre as medidas que levaram tantos professores a figurar nestas listas estão o aumento de número de alunos por turma, a criação dos mega-agrupamentos e a revisão curricular.
O Correio da Manhã diz que são 15.000.
Os políticos deviam ser responsabilizados pelas mentiras que dizem? Eu acho que sim!
Duzentas e trinta e nove escolas do primeiro ciclo do ensino básico vão encerrar no próximo ano letivo, anunciou hoje o Ministério da Educação em comunicado.
«Em todos os casos, estes encerramentos decorrem em articulação com as respetivas autarquias, atendendo à melhoria da qualidade do ensino», lê-se no texto citado pela Lusa.
Os professores dessas escolas estarão «enquadrados nos seus grupos disciplinares e poderão contar com o apoio de outros docentes», acrescenta.
Os encerramentos são para a melhoria da qualidade do ensino? Isso quer dizer que as escolas encerradas tinham mau ensino? E o que significa os professores despedidos contarem com o apoio de outros docentes? Vão levá-los para casa? Dar-lhes habitação e sustento? Dividir o salário com eles? Mas que quer isto dizer? E quem terá sido o inteligente que disse isto?
O presidente do conselho de administração do grupo Transtejo, responsável pelas ligações fluviais no Tejo na região de Lisboa, afirma que a privatização pode ser a única possibilidade para "eliminar constrangimentos" que o Estado, único acionista, não consegue assumir.
... ao despedimento sistemático de trabalhadores: pois onde há vontade, há alternativas! São estas coisas que distinguem uns de outros!
O ministro da Produtividade francês, Arnaud Montebourg, disse, esta quinta-feira, que o governo francês "não aceita" o plano de reestruturação apresentado pelo grupo automóvel Pegeot Citroen, que prevê a supressão de 8000 postos de trabalho em França.
"Não aceitamos o plano", disse Montebourg perante o Senado, sem precisar os meios que o governo poderá usar para pressionar a Pegeot Citroen.
"Vamos pedir à Pegeot Citroen para justificar a situação e para iniciar o diálogo social que o primeiro-ministro já exigiu que seja exemplar", prosseguiu o ministro, que nomeou um especialista para analisar a situação financeira do grupo.
"Pedimos à Pegeot Citroen que considere outras soluções além das que tem previstas para vários locais em França e para milhares de trabalhadores", insistiu Arnaud Montebourg.
E ainda não estão contabilizados os que este ano vão ficar de fora, via agrupamentos, redução de horas de disciplina, aumento de número de aluno por turma, de turmas por professor... etc.
Embora esta redução tenha sido iniciada pela Lurdes Rodrigues, essa coveira da educação deste país, este ministro anda a competir para lhe levar a palama. Nunca se viu ninguém negar tão depressa tudo o que defendia. Parece que anda por aí a dizer que estar no governo é diferente de estar na oposição. Poie é! Isso já nós sabemos! O que queríamos era conhecer alguém que contrariasse esse 'modus operandis' de achar normal a falat de palavra na política.
Acontece que penso que a manutenção da palavra -a verdade, como dantes se dizia porque nos dias de hoje parece haver repugnância pela palavra- é a virtude mais importante de um político.
Professores dos quadros em risco
Contactado pelo SOL, o gabinete do ministro Nuno Crato não avança números de professores que podem ficar sem horários, explicando que «qualquer estimativa só poderá ser feita após a constituição de turmas pelos estabelecimentos de ensino». E também não revela qual a poupança que pode ser alcançada com estas medidas, apesar de ter sido traçado o objectivo orçamental de cortar cerca de 100 milhões de euros em custos com pessoal.
... como o ministro da Educação que mais postos de trabalho destruiu ou, pior ainda, o ministro cujo grande contributo para a educação foi... destruir postos de trabalho.
Deixa pensar para onde irão estes 100 milhões que equivalem ao empobrecimento da educação e ao desemprego de muitas famílias.... humm.... BPN?
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