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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Há dias em que o trabalho pesa uma tonelada, não porque seja imenso mas porque o ambiente na escola é desmotivante.
Como é que em tão pouco tempo se estragou tanto?
Contradição nos procedimentos, nos objectivos, nas exigências...tudo tão irracional e contrário ao bom senso. É muito díficil trabalhar quando vemos o caminho certo e somos obrigados a enveredar pelo outro que não leva a lado algum...muito difícil ter de obedecer a enormidades, a coisas medíocres ou sem nenhum propósito. Às vezes é demais. E as turmas enormes a dificultarem o trabalho. E a clara noção de que é indiferente trabalhar bem ou mal, que nada do que interessa é valorizado.
Não houve acordo entre o Ministério da Educação e os sindicatos de professores. P
Aquele que supostamente seria o último dia de negociações sobre o estatuto da carreira docente e o novo modelo de avaliação dos professores acabou em clima de desorientação. Face ao desacordo das mais representativas federações sindicais, a ministra da Educação decidiu reformular a proposta, marcando nova reunião para a próxima quinta-feira. Mas ainda mal os sindicalistas tinham tido tempo de comentar a decisão já Isabel Alçada anunciava, em conferência, que não irá ceder num aspecto de que as duas federações dizem não abdicar.
Daqui a pouco nem a face sorridente da ministra permitirá distingui-la da outra senhora. Senão vejamos: disse que ia fazer uma proposta para pacificar as escolas e resolver as injustiças do modelo impróprio imposto pela outra senhora; de seguida tentou engonhar fazendo uma não-proposta; depois disse que tudo se podia discutir, mas avisou que não cede e que a sua proposta tem pontos indiscutíveis - que, por acaso, são justamente aqueles que têm vindo a ser contestados desde o tempo da outra. Os tais injustos que esta senhora prometeu e garantiu que iria rapidamente resolver...
Baralha-se e volta-se a dar...
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