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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
As coisas belas,
as que deixam cicatrizes na memória dos homens,
por que motivos serão belas?
E belas, para quê?
(António Gedeão)
julian walter - deserto da Namíbia
Não há uma única pessoa inspiradora neste simulacro em que se tornou a política. Ninguém que ultrapasse o nível da mediocridade do ganho partidário, ninguém com quem nos possamos identificar. Só gente com instintos de pequeno tirano, de abusos, de negociatas com os opositores em tréguas utilitaristas para se manterem no poder... e infestaram toda a sociedade com estes hábitos como um cancro que espalha metasteses. E não só em Portugal. Quem olha para a Europa vê pequenos líderes, medíocres e de vistas curtas, fechados em esquemas de ganhos e perdas pessoais, de crenças religiosas em ideologias mumificadas, políticas e económicas. Um deserto de valores e de pessoas de valor. E se de vez em surge alguém acima da mediocridade tratam de o matar e comer, ou atirá-lo aos lobos, muito rapidamente, para poderem voltar à rotina da distribuição de dinheiros e cadeiras. Não querem saber de ninguém a não ser de si mesmos. Os outros são um instrumento do seu pequeno sucesso e só nessa medida, na medida em que contribuem para o seu pequeno sucesso, lhes dão alguma atenção, sempre instrumental.
é isto... o pequeno bisonte atirado aos lobos pelo grande bisonte é um dos gregos, não o político, esse é o grande bisonte que escapa desta maneira, mas o outro...
A montanha pariu um (c)rato...
Só hoje li a entrevista do sr. ministro. Que desilusão... Nem um pensamentozito sobre educação. Alçada em versão masculina. E depois, aquela expressão acerca das 'disciplinas essenciais e as outras'...que mau...que bluff.
Eu votei no Portas... a pensar que exerceriam influência na pasta da Educação, pois tinham bastantes, e não más, ideias.
Um dos mais belos filmes que já vi. Eu tenho uma costela árabe e numa outra vida andei pelo deserto... só pode...
Parece que o programa dos gatos fedorentos com o Portas foi a coisa mais vista. Não admira. A campanha está sem interesse no que respeita às discussões de ideias e temas e soluções para o país. Nem há, propriamente falando, apresentação de ideias. O que há são acusações, ofensas, invenções, etc.
Não espanta pois que, estando as pessoas tão deprimidas com a situação do país, aproveitem para rir um bocado e espreitar um programa de humor na esperança de ver alguma actuação de interesse por parte dos candidatos.
Só mesmo aquele que tem espírito de jogador se entretem nesta campanha a apostar em quem vai ser o vencedor.
A campanha é um deserto.
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