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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Diretor atribuiu horário zero a professores que venceram eleições para o Conselho Geral.
A direção da Escola Secundária Marquês de Pombal, em Lisboa, foi alvo de queixa para o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e para a Inspeção da Educação por ter alegadamente afastado professores de forma irregular e por a escola estar a funcionar, de forma ilegal, sem o seu órgão máximo, o Conselho Geral (CG).
As eleições para o novo CG realizaram-se a 20 de junho, mas a lista de professores vencedora, opositora à lista apoiada pela direção, nunca tomou posse. Dos cinco professores eleitos na lista opositora à da direção, três deles ficaram a saber em julho que tinham horário zero, ou seja, não tinham turmas atribuídas. Tiveram, assim, de ir a concurso e foram colocados noutras escolas.
Um destes docentes era a professora que deveria ser nomeada presidente do Conselho Geral pelos restantes membros. Estava na escola há 19 anos e leciona Matemática.
"Foi a forma que a direção encontrou para decapitar a lista vencedora e os professores incómodos. Mas fizeram-no ocultando horários e, agora, no início do ano letivo muitas turmas não tinham professor e tiveram de ir recrutar outros", contou ao CM um dos professores envolvidos, solicitando anonimato.
Os docentes recorreram aos sindicatos, mas não sentiram o apoio que esperavam. "O diretor Jaime Carlos é irmão de Arménio Carlos, líder da CGTP...", afirma a mesma fonte. Ao CM, o sindicalista escusou se a comentar a situação. "Não posso comentar o que não conheço", disse ao CM.
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