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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Todos os dias pagamos as consequências das más decisões políticas influenciadas pelos interesses particulares em detrimento dos públicos mas como não se vêem os fios que ligam umas coisas às outras isso não choca ninguém e continua-se pela mesma senda.
Aqui é o caso de se ter construído uma ponte (a ponte Vasco da Gama) para desviar tráfego, nomeadamente o pesado, da 25 de Abril mas terem-no feito no local errado, que não só não desvia um único carro ou camião, como ainda destruiu os terrenos férteis do Montijo com betão, uma vez que a terra passou a banlieu, dormitório de Lisboa.
Nem se resolveu o problema da ponte 25 de Abril e ainda se arranjou outro.
As consequências que todos os dias pagamos são estas: na ponte 25 de Abril, horas e horas de filas de trânsito, acidentes diários, camiões TIR e outros carregado de matérias primas pesadas cujos acidentes cortam o tráfego durante horas. Quantos custam, diariamente, estes atrasos, à economia? Quantos milhares de horas de trabalho e descanso ali se perdem? Quanto custam o stress, as doenças e a destruição da vida das milhares de pessoas que todos os dias enfrentam este pequeno inferno?
Nas escolas, as medidas de mandar passar todos os alunos administrativamente com o argumento de que chumbar é caro, em vez de se tomarem medidas para evitar os chumbos é outra ponte Vasco da Gama. Quanto custarão as consequências dessa medida ao lado da que devia tomar-se?
Quanto nos vai custar a incompetência, a incúria, a irresponsabilidade, a tendência para a desresponsabilização, para a corrupção e facilitismo desses milhares de estudantes, futuros trabalhadores (quiçá políticos) do país, que são ensinados a pensar que a qualidade da sua própria educação não depende em nada deles e do seu esforço e responsabilidade mas antes é um direito que lhes cabe como coisa exterior a si mesmos, e um dever de outros para consigo?
Quanto nos custou esse tipo de 'educação' de Sócrates e de todos os outros que andam pela política e que adquiriram diplomas ao Domingo, por correspondência, por equivalência, por cunha, por favores...? Quanto nos custa isso diariamente, não só em dinheiro mas em possibilidades de vida, em emigração, etc? Ahh, essas contas ninguém as faz. Pois...
Aqui só se pensa em horizontes de quatro anos, que são os dos votos...
Duas vias estiveram fechadas durante grande parte da tarde devido a um derrame de areia
O 'macronismo' em França de que fala o artigo não é muito diferente do 'costismo/centenismo' português que cede sempre aos interesses dos lobbies dos grandes grupos económico-financeiros, como se viu e vê no caso da prospecção de petróleo no Algarve e costa do Alentejo e na banca também. Porquê? O artigo não responde propriamente à pergunta que faz, apenas diz que os poderes públicos, em vez de incitarem à reconversão urgente das práticas dos grupos económicos e financeiros que alimentaram a crise, pensam poder, com discursos, incitar esses mesmos poderes a salvarem-nos do perigo iminente.
Pessoalmente acho que os lobbies vencem sempre porque a política está dominada por um certo tipo de pessoas a quem falta visão, pensamento e profundidade e têm de sobra deslumbramento com o poder e consigo próprios. Falta-lhes umas tintas de Filosofia, como dizia o Bertrand Russel.
De son côté, Nicolas Hulot prétend «réconcilier économie et écologie».A l’analyse, cette approche revient, d’abord et avant tout, à confier encore plus de responsabilités aux entreprises privées et aux lobbys économiques pour résoudre les problèmes contemporains. Quitte à suspendre les réglementations environnementales pour desserrer «l’étau réglementaire» ou à faire de Michael Bloomberg, Bill Gates et Richard Branson, tous pris dans des révélations concernant des pratiques d’évasion fiscale qui grèvent les budgets publics, ceux qui vont financer la lutte contre les dérèglements climatiques.
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