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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Albrecht Dürer, 1495
que elegância...
"Na volta de Itália a sua criatividade explodiu." Esta ideia faz-me pensar em tudo o que está inquinado nas escolas. Hei-de fazer um post a partir desta ideia.
Dürer veio de Itália inspirado. Na segunda viagem talvez tenha conhecido Rafael. O autor do livro pensa que uma das figuras que segura o palanque do Papa na Stanza da Expulsão de Heliodoro de Rafael é o Dürer. Portanto, também Rafael se inspirou nele.
É da minha vista ou até o cavalo e o cão têm aquele olhar enigmático de alguns dos seus auto-retratos? 🙂
E é ainda muito mais bonito do que parecia 🙂
São 300 páginas de prazer! 🙂
Obrigada!!! 🙂 (46.45 € - sobram três euros e meio para o próximo livro ou para dar a uma instituição que ofereça livros)
Estas cores. Este castanho opulento e cremoso. A gola de pele cujo toque suave quase se sente e cheira e o brilho do cabelo dele.
Albrecht Dürer "Auto-retrato com 28 anos", 1500 .
O primeiro é caro e o segundo caríssimo. O primeiro, este do Dürer,consegue comprar-se por 50 euros apesar de o venderem pelo dobro do preço em vários sítios. É difícil tirar os olhos dele... ai...
O segundo só sai em Setembro e não se consegue comprar por menos de 100 euros. O livro é grande, tem mais de 250 páginas e quase o mesmo número de ilustrações. Ai...tenho uma grande paixão pela pintura dos Países Baixos do séc. XVII.
Aqui há uns anos fui a S. Petersburgo sobretudo porque o Hermitage têm uma enorme colecção de pintura holandesa e flamenga dessa época que queria muito ver. As florestas de Ruisdael, o sacrifício de Abraão de Rembrandt e as naturezas mortas com tulipas de Jan Davidsz de Heem... só isso já valia a viagem.
Dürer, gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte, é o responsável pelo reconhecimento dos direitos de autor e da propriedade intelectual.
O grande êxito das estampas de Dürer fez com que começassem a reconhecer o seu monograma como marca de qualidade o que levou outros a imitar as suas gravuras e o seu monograma na esperança dos clientes não perceberem a diferença.
Foi o caso de Marcantoino Raimondi que copiou umas gravuras de Dürer e o próprio monograma. Dürer denunciou-o e ganhou a causa. Em 1511 obteve um privilégio Imperial que proibia que as suas estampas fossem copiadas ou falsificadas. O texto, nada meigo, pode ser considerado o primeiro copyright da História.
Não tenho nenhum livro sobre o Dürer. Tenho um catálogo de uma exposição do Prado sobre a obra dele mas não tenho nenhum livro sobre ele e com as obras dele como tenho de outros pintores. Não sei porquê. Não há uma única obra dele que goste menos, sequer. É tudo tão refinado e ao mesmo tempo forte. Vivaz, como este besouro veado. O olhar de Dürer perpassa a realidade de uma maneira diferente da nossa, o que sabemos porque ele faz o interior das coisas ser visível. Falta-me um livro com belas imagens das suas obras para folhear e ler naqueles dias em que faz falta a arte para curar a vida.
Fui ver o Dürer. Estive uns 20 minutos num tête-à-tête com o quadro. Ninguém à vista. Nem seguranças, nem nada. Não se percebe... escrevi umas notas com impressões sobre o quadro.
Em seguida vi a exposição com obras em reserva no museu. Gostei imenso de um pequeno óleo do Santo António com o menino que tem, no verso, uma Vanitas. É que o Santo António tem um ar de camponês português de olhar doce completamente cativante. Depois aproveitei e comprei uns livros interessantes para além do catálogo da exposição.
O MNAA é pequeno e eu perco-me sempre lá dentro... é envergonhante...
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