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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Vamos supor que há um rio que corre dentro de uma montanha inacessível e indestrutível e que está cheio de peixes venenosos que se multiplicam e aproveitam a corrente para viajar para fora, até aos rios e mares exteriores e infestar tudo à passagem. Uma solução é aproveitar a corrente do rio que entra na montanha e matar esses peixes enviando alimento tóxico; o problema é não sabermos se matámos os peixes todos, seja porque alguns podem não morrer com o alimento, seja porque não sabemos se o rio morreu e, portanto, os alimentos tóxicos não estão a chegar aos peixes. Não sabemos se a montanha está morta e os peixes mortos ou se debaixo da montanha ainda há peixes vivos.
Há outra maneira de ver a questão que nunca me tinha ocorrido: se não há rios para enviar os alimentos tóxicos até aos peixes venenosos, também não há maneira de eles saírem de lá porque lhes falta o meio de transporte que é o rio. Será? Preciso de resposta para esta questão.
... relativa à questão das interrupções voluntárias de gravidez deixarem de ser subsidiadas. O viagra é subsidiado pelo Estado?
Estava a preparar-me para ver no JN uma receita -filmada-, chamada, 'O bolo de chocolate mais rápido do mundo', quando a rapariga que apresenta a receita começa a falar: duzentas gramas de farinha, duzentas gramas de açúcar...' Ó diabo! Mas o grama, quando é tomado às centenas, passa de masculino para feminino? Ou será já um efeito do novo acordo ortográfico?
Sei lá... acho que num jornal de âmbito nacional, estas coisas podiam ser evitadas.
Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.
(Carlos Drummond de Andrade)
António de Almeida, que deixou a presidência do conselho geral e de supervisão da empresa de energia logo após a assembleia geral extraordinária realizada a 20 de Fevereiro e que assinalou a entrada dos chineses da Three Gorges na EDP, vai agora ficar responsável pelas iniciativas de carácter cultural, educativo e social da Fundação EDP, tendo como principais vertentes o Museu de Electricidade, as barragens, a cultura e a inovação social.
Desde quando as barragens são uma iniciativa cultural, educativa e social? Eu gostava que não gastassem o meu dinheiro com merdas e se limitassem a fornecer electricidade em boas condições e ao melhor preço possível. Acho que tenho o direito de exigir isto, já que não tenho alternativa e me é imposto ser cliente duma empresa monopolista.
Aliás, tenho uma série de dúvidas: aquelas taxas que pagamos compulsivamente na factura da electricidade, vamos continuar a pagá-las, agora que a empresa é privada? Estamos a pagar a TV e outros serviços aos chineses? Não, obrigada! Estamos a pagar o museus da Electricidade? Não, obrigada! Estamos a pagar a decoração das barragens? Não obrigada!
Hoje uma colega contratada -há 16 anos!!!- foi pedir reposição do salário porque esteve doente e disseram-lhe que os contratados não têm direito a reposição de salário em caso de doença...hã? Não percebo. As pessoas têm os mesmos deveres, descontam para a ADSE, para a Caixa de Aposentação e etc., e depois não têm os mesmos direitos?
A distribuição pela população é equitativa ou há segmentos mais afetados? É que isso explicava muita coisa da nossa situação económica e social...
A mudança de António Costa para o Intendente teve alguma coisa a ver com o proto-prostíbulo da Mouraria que a Câmara quer 'gerir' [para não lhe chamar outra coisa feia também começada por 'p'] ?
Somos o que a nossa memória releva e destaca da nossa vivência. Se nos lembrássemos de outros momentos, outros acontecimentos, outros sentimentos, seríamos uma outra pessoa?
Quantos professores estão nas escolas. Dos cento e tal mil, quantos estão nas escolas, quantos estão no ME, nas Direcções Regionais, nos diversos Observatórios e Comissões, nos sindicatos, etc. Isto porque volta e meia diz-se por aí que os professores portugueses têm nove alunos... e eu gostava de saber ao certo quantos professores estão nas escolas e quantos alunos esses têm, em média, para percebermos se há, ou não, gente a mais, nesses organismos.
Dou-me conta que cada vez sei menos. E isto não é uma confissão de ignorância ou um 'momento zen' ou outra tanga qualquer. É uma constatação. Quanto mais alargo o horizonte mais coisas por explicar descubro. A complexidade dos problemas aumenta o número das variávies a trabalhar o que faz aumentar o universo das dúvidas. Calculo que só quem tem horizontes apertadinhos estará cheio de certezas.
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