Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



 

Kurdish Afrin is democratic and LGBT-friendly. Turkey is crushing it with Britain’s help

Northern Syria’s Kurds are establishing direct democracy and a gender revolution. Why are we arming jihadist-linked Turkey?

 

Alexander Norton is right. This is our Spain. Extremist authoritarians who despise democracy, women and freedom are at war with what should be an international beacon, a society that offers an example far beyond the despot-afflicted Middle East. Turkey knows that Rojava’s success will inspire not just its own Kurdish population to assert its rights: it sees a system which threatens its own degenerate authoritarian order. British Kurds are occupying train stations and roads because no one will listen to them about one of the gravest injustices on Earth. To abandon them now would be a shameful crime that would never be forgotten.

Owen Jones

 

publicado às 19:22


Mais uma reformazinha ideológica

por beatriz j a, em 05.12.15

 

 

 

Vai acabar o ensino vocacional do 5.º ao 9.º ano. O básico volta a ser "integrado, global e comum a todas as crianças"

 

É tudo assim... chega um faz o que lhe apetece sem pedir opinião a alguém que tenha conhecimentos e a seguir vem o outro e desfaz da mesma maneira, sem pedir opinião a ninguém. Reformas curriculares ideológicas que nada têm a ver com o interesse dos alunos a quem chamam, aos 13, 14 e 15 anos, crianças...

 

O ensino vocacional como estava era mais adequado à Alemanha que a um país sem indústria; no entanto, servia um propósito que era o de ensinar algo útil a alunos que repetem anos e anos no básico e não ganham nada em andar a vegetar nas turmas regulares até aos 18 anos, com os professores a andar a trás deles só para conseguir que venham às aulas. Se é para acabarem com os vocacionais e integrar estes alunos no ensino regular têm que dar outros passos que custam dinheiro: diminuir o número de alunos por turma, ter apoios para estes alunos e outras medidas. Senão, isto é uma demagogia que só serve para aumentar o insucesso e produzir tiradores de bicas não-profissionais.

 

E aqueles que dizem que os alunos aprendem se as aulas foram activas ou se mudarem o método de estudo ou se os alunos andarem felizes aconselha-se que ultrapassem esse nível de senso comum, falem com quem está dentro dos problemas e leiam qualquer coisa de qualidade sobre o assunto em vez de confiarem nas suas 'opiniões' de leigos, nas de treinadores de bancada ou, pior, nas de políticos cheios de demagogia para enganar idiotas.

 

 

publicado às 14:54

 

 

... entra e sai à velocidade duma bala... que atinge muita gente...

 

 

Há professores que são mestres mas têm de ir a tribunal para dar aulas...

 

 

Escola Superior de Educação diz que é a tutela que tem de resolver o problema de 150 diplomados de várias escolas. Ministério está a “estudar” caso. Alunos e ex-alunos podem vir a exigir indemnizações por terem feito um mestrado sem saída.

 

Em causa está um imbróglio jurídico, que resultou da publicação de sucessiva legislação que fez com que estes alunos ficassem sem grupo de recrutamento. A combinação de disciplinas e graus de ensino existentes nos actuais grupos faz com que não encaixem em nenhum. Por exemplo, para encaixarem no 220, que lhes permitiria candidatarem-se a dar aulas de Português/Inglês ao 2.º ciclo, falta-lhes o Português; no 350, que serve para dar Espanhol ao 3.º ciclo e secundário, falta-lhes habilitações para dar aulas ao secundário. E assim noutros grupos. Perante isto, a aluna questiona: “Onde ficamos? Então para que serve o mestrado? Por que mereceu este ano uma avaliação positiva da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) por mais cinco anos? Para enganar futuros alunos?”

 

Isto, quer dizer, estes cursos de 'ensino de não sei quê...', é que são engodos. São caminhos que levam a lado nenhum.

 

 

publicado às 13:13


Os custos por cada aluno

por beatriz j a, em 26.10.12

 

 

 

 

 

... pelo menos no Secundário, poderiam baixar se modificassem as regras das passagens e matrículas.

Explicando: um aluno pode andar anos a fio sempre no 10º ano, desde que não seja sempre na mesma área de estudos. Por exemplo, chumba duas vezes no 10º ano de Ciências e no ano a seguir vai para Artes, iniciar o curso no 10º ano, onde volta a chumbar duas vezes e a mudar para um curso profissional, onde se matricula no 10º ano, que é o ano de início. Se não passar, matricula-se em Humanidades... Assim que resolve passar o 10º tem mais oportunidades de chumbar no 11º ano várias vezes e depois no 12º ano...

 

Sabendo que podem lá andar ad eternum, alguns alunos já se dão ao luxo de fazer apenas algumas cadeiras por ano! Isto, embora o secundário tenha agora pouca disciplinas. É assim que escolhem, por exemplo, para não se cansarem, fazer num primeiro 10º ano algumas disciplinas da formação geral, mais uma específica e no ano a seguir fazer só as outras específicas mais a Educação Física, por exemplo, só porque podem, gastando assim, dois anos em cada ano do secundário, ou seja, em vez de o fazerem em 3 anos, fazem em 6! SE, não mudarem de curso! Se mudarem ainda temos que juntar mais anos a estes...

 

Isto já é comum e devia haver um limite para o número de anos que um aluno pudesse chumbar, a partir do qual teria que pagar, e caro, propinas do seu bolso. Andamos a sustentar a preguiça de muitos alunos. Porque, uma coisa é um aluno chumbar um ano, ou enganar-se no curso e mudar, ou ter um azar qualquer -ficar doente, acontecer qualquer coisa- e chumbar um segundo ano. Outra coisa muito diferente é alunos andarem por lá até aos 21 e mais anos a cirandar dum curso para outro, sem fazerem nada, às vezes só a arranjar complicações, e nós a sustentarmos isso!

E, quanto a mim, na faculdade deveria haver o mesmo regime. Ser gratuito até certo ponto, a partir do qual teria que pagar-se caro.

 

publicado às 14:56


cursos e formações

por beatriz j a, em 03.06.11

 

 

 

 

A minha universidade -a Nova- está com uns cursos de Verão interessantes e que, ainda por cima, dão créditos. Estou tentada. São pagos, claro, mas é melhor que pagar por porcarias naqueles centros e em horário nocturno pós-laboral.

Há muito tempo que acho que a formação continua de professores obrigatória devia ser feita de 5 em 5 anos ou de 6 em 6 anos e consistir numa pós-graduação de um ano numa faculdade, em regime de sabática. À primeira vista parece uma coisa muito cara, ter uma quantidade de professores fora da escola, mas não é porque revitalizava os cursos universitários (alguns dos quais andam às moscas, como se sabe) e todo o universo académico e editorial. Fomentava a qualidade profissional dos docentes. Os professores estarem um ano sem dar aulas de vez em quando não significa que não fizessem outros trabalhos na escola, ou para a escola. Só não davam aulas durante esse ano, ou tinham apenas uma turma, por exemplo.

Acho dramático, para o nível e a qualidade de educação que se quer para o país, os professores serem incentivados a estarem afastados dos meios académicos superiores.

Hoje em dia, ou nós temos a iniciativa de manter a ligação com os meios académicos superiores e frequentamos cursos, congressos, etc., ou estamos reduzidos à mediocridade das formações a que o ministério obriga. Muitos professores, mas muitos mesmo, porque há muito que não fazem outras formações que não essas dos centros de formação ou mestrados em ESES (geralmente sobre temas de educação em estilo eduquês) para subirem na carreira, têm um discurso ultrapassado, copiado de jornais e revistas...

 

publicado às 19:48


É preciso ver para além dos títulos

por beatriz j a, em 07.12.09

 

 

Li hoje no Público uma notícia que me parece paradigmática também do que se passa na educação, e que mostra como é importante ler para além dos títulos e pensar um pouco sobre o que é que a notícia realmente diz.

Dizia a notícia que a FCEE da Universidade Católica aparece no ranking do Financial Times. Apesar de ter descido de posição relativamente ao ano passado, está bem posicionada no conjunto europeu. A notícia diz depois quais as universidades, em cada país, que estão melhor posicionadas. Lá para o fim, um pequeno parágrafo informa-nos que o critério do ranking é o emprego/ordenado das pessoas que saem do curso. As universidades referidas são, nos seus países, particulares e das mais caras.

Ou seja, se eu sou uma empresa que vive na lógica do mercado capitalista na sociedade política actual e preciso de um ou dois licenciados, onde vou recrutá-los? Será que tento arranjar o melhor? Vou a uma universidade pública, sabendo que é aí que se encontram os que mostraram ter melhores médias, mais motivação e empenho, embora me arrisque a que esses sejam provenientes de famílias mais modestas? Ou vou à Universidade Católica, onde sei que quem lá estuda tem poder económico e, consequentemente, influência social e até política? O que é que valorizo mais? É óbvio que valorizo alguém que me dá acesso a uma potencial rede de pessoas influentes, já que isso é o que, no fim de contas, interessa.

Muitos empregadores, hoje em dia, dizem à boca pequena isso mesmo: que o que interessa é ir buscar alguém que venha de certo estrato social. Que sabem que muitas vezes os melhores alunos estão em outras faculdades para onde tiveram que concorrer mostrando o seu mérito. Mas que, apesar de serem de qualquer modo de classe média (hoje em dia é raro um pobre chegar à faculdade - o ensino público quase não o permite) não serão a elite entre os que têm muito dinheiro e influência, e é isso que interessa (como o caso da rede de conhecimentos do sucateiro o demonstra).

Quer isto dizer que o curso da universidade católica não é bom? Claro que não quer dizer isso. Mas também não quer dizer que seja melhor que os outros. Só quer dizer que têm os alunos com mais posses. E as outras universidades do ranking são a mesma coisa: é a Business School inglesa, a outra da Suiça, etc.

As pessoas que frequentam essas escolas têm geralmente melhor empregos? Sim, mas não por serem melhores. Apenas porque alimentam a lógica desta sociedade onde o mérito não conta, o que conta é seres filho ou sobrinho deste ou daquele e o papá ter um iate na marina.

 

As notícias que aparecem muitas vezes sobre as escolas e a educação são também capciosas, como esta. Partem do pressuposto que os que têm os títulos e os cargos são melhores, porque os conseguiram, quando às vezes conseguiram-nos por outras razões muito alheadas do mérito.

Mas isso é para o próximo post que este já vai longo.

 

 

 

publicado às 20:05


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2018
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2017
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2016
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2015
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2014
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2013
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2012
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2011
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2010
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2009
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2008
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D


subscrever feeds


Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Edicoespqp.blogs.sapo.pt statistics