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... e ainda obrigava a justiça a pagar-lhe indemnização e pedir-lhe perdão.

Ex-ministro da economia espanhol preso por corrupção: “Peço perdão à sociedade”

 

publicado às 05:53

 

"Apenas 20 dos 422 cargos em boards de empresas cotadas são ocupados por pessoas que não acumulam."

 

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publicado às 12:31


Yeah... right...

por beatriz j a, em 23.07.19

 

Fantasma de Sócrates. PS agrava sanções na corrupção política

 

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directamente do FB

 

publicado às 11:17

 

Esta frase é dita por uma afegã em relação a crimes sexuais de membros do governo e ao silêncio cúmplice dos outros o que encoraja os criminosos mas, podia ser dito em relação a todo o crime, fraude e prevaricação que, em vez de castigada, é premiada com o silêncio cúmplice.

É por isso que Portugal está minado de corrupção, tráfico de influências, fraudes, nepotismo, etc. Os mais altos poderes do país praticam e/ou assistem às práticas em silêncio cúmplice e, muitas vezes, aproveitador, o que é o mesmo que encorajá-las [por exemplo: Costa garante que nunca teve “qualquer suspeita” em relação a Sócrates] e todos os outros por aí abaixo se sentem validados para os imitarem. " É como se isto agora fizesse parte da cultura", como diz a afegã.

Como é que uma pessoa moral sobrevive neste meio? As pessoas que lideram as organizações, com o seu exemplo e práticas, umas fazem vir ao de cima o melhor que outros têm para dar e ser e outras fazem vir ao de cima o pior do que as pessoas podem ser.

 

publicado às 08:05

 

Todos os dias é isto. Não sabemos se havemos de ficar satisfeitos por ver que a justiça funciona e os vai apanhando ou tristes por saber que os que se apanham são uma pontinha (como os ratos, que quando se começam a ver [como hoje vi um na Praça de Portugal a caminho de casa] é porque já são aos montões) e se se apanham tantos isso que dizer que os há aos montões.

Quanto à falência dos serviços e à quantidade de gente que morre ou morre mais cedo por causa das cativações dos Coronéis para enfiar dinheiro em banqueiros e contratação de família e amigos, não sei como conseguem dormir à noite.

 

"Temos um nível de fraude brutal" nos subsídios aéreos para Madeira e Açores

publicado às 14:15

 

O Presidente ontem veio dizer que apoia a luta contra a corrupção mas é um apoiante entusiasta do coronelismo, do mandonismo e do filhotismo deste governo e deputados. 

 

Relatório internacional: Portugal volta a fazer má figura na prevenção da corrupção

O país continua a ser aquele que maior percentagem de recomendações tem por implementar – ao todo, 73% das recomendações feitas pelo Greco continuaram a não ser acolhidas pelo legislador nacional, seja o Governo, seja o Parlamento, uma percentagem que é seguida de perto pela Turquia (70%) e mais distanciadamente pela Sérvia (59%), Roménia (44%), Bélgica (42%) e Grécia.

 

COMBATENDO A CORRUPÇÃO NA EUROPA

Implementação das recomendações do Conselho da Europa na prevenção da corrupção entre membros do Parlamento, procuradores e juízes*

Embora Portugal pontue mal em todos os segmentos analisados – deputados, juízes e procuradores – o desempenho é especialmente negativo quando se olha para o caso dos deputados e dos juízes.

Os indicadores com base em estudos de opinião apontam para Portugal como um dos países onde os cidadãos consideram haver elevados níveis de corrupção. E esta segunda-feira, o ex-presidente da República, Ramalho Eanes juntou-se a este grupo, ao dizer que há uma "epidemia de corrupção que grassa pela sociedade" e para a qual também concorre uma "cultura de complacência" generalizada.

 

publicado às 09:26

 

Porque não se resgatam os milhões da corrupção?

Cabe à Justiça portuguesa recuperar todos os ativos que nos foram extorquidos pela corrupção. Só recuperando estes activos se recupera também a própria Democracia.

 

publicado às 16:52


É já a seguir...

por beatriz j a, em 19.02.19

 

LOL, estamos mesmo a ver o Costa a lutar contra a corrupção com, deixa ver... o Pedro Silva Pereira, o SS, o César das ajudas de custo, o Centeno das tramóias na gaveta, a Martins e o Jerónimo contra os trabalhadores não serem serventes de sindicatos e todo o Parlamento com as suas não-presenças-assinadas como presenças e ajudas de custo a duplicar... 

OCDE quer que Governo pondere criar tribunais especializados em corrupção

A corrupção é um dos principais obstáculos à atividade económica em Portugal, alerta a OCDE, aconselhando a criação de tribunais especiais para este tipo de processos.

 

publicado às 16:42

 

 

Ficou surpreendida ou pensava que ainda haveria mais prejuízos?

Fiquei sobretudo desgostosa porque, quando li o relatório, no dia em que me foi entregue, fiquei com muitas dúvidas e críticas quanto à democracia portuguesa e ao regime. Nunca pensei em dizer isto, mas deixei de acreditar na democracia portuguesa. Não existe democracia em Portugal.
É uma ficção. Nunca pensei chegar a isto, porque quando ouvia as pessoas a dizerem isso achava que elas eram populistas, exageradas e radicais. Depois de ver aquele relatório, não tenho dúvidas que isso é mesmo assim. Não há mesmo democracia em Portugal. O que houve estes anos na Caixa Geral de Depósitos, de chegarem lá amigos de gestores ou de administradores ou de deputados ou de ministros e dizerem que querem milhões, para o que não têm quaisquer garantias e a avaliação de risco é claramente negativa, mas levam esses mesmos milhões e, obviamente, não cumprem, atesta aquilo que estou a dizer. Aquilo é um banco público.

 

Por ser público, ganha outros contornos...

Recapitalizámos o BPN, o BES, o BCP, o BPP, mas isto é o banco público. O que se passou neste banco nunca poderia ter acontecido em nenhuma escala.

 

O facto de as nomeações serem políticas não contribui para a sua transparência?

As nomeações devem ser políticas fazendo da Caixa Geral de Depósitos um instrumento a favor da alavancagem e da dinamização da economia portuguesa, e não propriamente para encherem os bolsos a meia dúzia de piranhas de um sistema.

 

Mas é por isso que não vivemos numa democracia?

Perante estes dados não estamos numa democracia, porque não é aceitável.

 

As democracias têm lacunas...

Isto não são lacunas. Há 17 gestores desta altura que continuam a ter cargos máximos de relevância. Faria de Oliveira preside à Associação Portuguesa de Bancos, Carlos Costa foi administrador da Caixa Geral de Depósitos e preside ao Banco de Portugal, Tomás Correia está à frente da Associação Mutualista Montepio. Há não sei quantos gestores que continuam dentro da banca. Aliás, destes, só dois é que não entraram, não foram reciclados outra vez no sistema bancário porque foram impedidos pelas instâncias europeias, senão também continuavam. O que acontece neste momento é que não há democracia porque a equipa que está a jogar contra a outra equipa é exatamente da mesma cor, e o árbitro e o VAR também. Não há jogo político, não há jogo democrático, estão todos exatamente a comer da mesma gamela e a agasalharem-se nos mesmos lençóis – obviamente, não há democracia. Não acha que é legítima a dúvida quando olhamos para esta situação? Porque é que o Banco de Portugal até hoje não emitiu sequer um comunicado sobre aquilo que aconteceu? Não acha que é legítimo que um cidadão que leia jornais e que esteja minimamente informado olhe para isto e pense que ele está a proteger-se a si mesmo? Esteve na Caixa Geral de Depósitos, não viu nada, não se passa nada.

 

Tem a noção de que todos sabiam o que se passava?

É claro que todos sabiam.

 

Por isso é que fala no tal regabofe?

Todos sabiam o que se passava de certeza, uns melhor do que outros. Até jornalistas sabiam pelas investigações que foram fazendo. O que este relatório traz é, de facto, uma visão panorâmica de conjunto e um atestado a muitas informações que foram sendo levantadas, porque há aqui muitos dados que já eram motivos de suspeita ou até mesmo de investigação.

 

O caso de Vale do Lobo?

Por exemplo. Como era possível financiar quando toda a gente sabia que aquilo era um poço sem fundo? Como é possível essa insistência?

 

E um banco que também foi usado para uma guerra interna num banco privado...

O BCP, em que são oferecidas como garantias as próprias ações. Acha que isso é sequer imaginável num regime democrático? Penso que não é. Este tipo de promiscuidade é que nos faz questionar todo o sistema.

(...)

 

Não seria desejável alargar o leque após 2015?

Acho que sim. Além disso, é preciso atribuir outro tipo de responsabilidades.
A Deloitte, que foi a auditora da Caixa não sei quantos anos, também não viu nada. Todos estes atores supostamente credíveis e com créditos firmados na sociedade portuguesa e até internacional nunca souberam de nada e nunca viram nada do que se passava na Caixa Geral de Depósitos. Se isto não merece responsabilidades e se não merece consequências, então não sei o que é que merece. Não consigo imaginar, sinceramente, tirando crimes como envenenar os cidadãos através de um saneamento público de ar, uma coisa mais grave do que esta. Tivemos de cortar no Sistema Nacional de Saúde, tivemos de cortar na escola pública, tivemos de cortar numa série de dinamização de pequenos e médios empresários, e depois acontece isto. Sabe quanto é que, em média, os portugueses dão por ano para a corrupção? 1800 euros. Gastamos 8% do nosso PIB em corrupção, Luanda, por exemplo, gasta 0,7%.

 

Gasta como?

O que os índices de corrupção mostram é que custa a cada português isto: 1800 euros por ano. É mais do que gastamos em medidas de combate ao desemprego. Cada euro gasto em corrupção – e isto não é populismo – é tirado a um apoio de um velhote ou à educação de uma criança. Quais são as responsabilidades políticas? Vejo com um crime de lesa-pátria porque não consigo imaginar – talvez a fantasia pródiga de alguns psicopatas à frente do país o consiga fazer – um crime mais grave para o país do que este, do que roubar o dinheiro diretamente às pessoas, do seu trabalho, do seu esforço diário e da sua construção, porque a Caixa Geral de Depósitos é também a construção de todos os portugueses.

 

Mas o facto de as auditoras não saberem de nada não é inédito em Portugal.

Aqui, o que é inédito é que se trata de um banco público. Por exemplo, a comissão de avaliação de risco da Caixa reunia-se à quinta-feira de manhã e à quarta eram entregues os documentos. Ou são todos uns génios da finança ou gostava de saber como é que de quarta para quinta conseguiam fazer a avaliação do risco. Claro que não faziam, era uma reunião de fachada e de fantoches.

 

O que contava era a pessoa que pedia o empréstimo?

Óbvio, e as ligações que tinha, os contactos que tinha, o poder que tinha, o prestígio que tinha, a influência que tinha. Isto chama-se tráfico de influências, chama-
-se corrupção. Chama-se crise de lesa-
-pátria com esta magnitude e regularidade porque o crime também se mede pelo aspeto reiterado, e ao longo destes anos todos é um crime contra o país, contra a nação. E tem nomes e rostos, estão lá no relatório, está à vista de todos.

 

Acha que há mais algum banco em estado crítico?

O Montepio é um deles. É uma bomba que está prontinha para nos explodir na cara. E agora que Tomás Correia está outra vez à frente, acho muito perigoso.

(...)

 

E o que pensa de ele estar no Banco
de Portugal?

Acho que faz parte deste processo de institucionalização e normalização do BE, o qual vejo com algum desgosto. Acho que o papel de crítica social aguçada e também de alguma rebeldia do BE era muito importante na sociedade portuguesa e ficou um enorme vazio. Outra coisa que está a enfraquecer a nossa democracia é que António Costa governa como se tivesse uma passadeira vermelha a descer pela Avenida da Liberdade porque a direita não existe, está totalmente esfrangalhada, e a esquerda está metida no bolso direito de António Costa. Neste momento não há oxigenação na vida política portuguesa e isso é mais um facto perigoso.

(...)

 

O que tem a dizer sobre Fernando Medina?

Vejo-o como um político monárquico, alguém que herdou o poder. Acho-o fraco politicamente, pouco ousado, não acho grande orador nem que tenha feito nada de especial pela cidade de Lisboa. Acho-o um mau presidente da câmara e um político com pouca espessura, com pouca densidade, mas a verdade é que ganhou.

Joana Amaral Dias no jornal i

 

publicado às 07:04


Perguntas a que nenhum governo quer responder

por beatriz j a, em 05.01.19

 

 

«Entre 2007 e 2017 as ajudas públicas aos bancos totalizaram 24 mil milhões de euros. Sabendo que, em parte, este esforço se deveu a fraudes financeiras, como é que podemos aceitar a impunidade vigente? Porque é que ainda ninguém foi preso? Quando é que alguém é responsabilizado?»

 Alvaro SantosPereira‏ @santospereira

 

publicado às 15:56

 

Governo pressiona OCDE a mudar capítulo sobre corrupção

Tema surge pela primeira vez num relatório pela mão de Álvaro Santos Pereira e deixa Portugal mal na fotografia. Governo exige mudanças por considerar a referência forçada e assente em preconceitos

 

publicado às 08:30

 

Isto é uma vergonha... e ninguém se demite? Nem o homem do Citius nem a Ministra da Justiça nem ninguém? Em Portugal nunca ninguém é responsabilizado por coisa alguma a não ser o pequeno ladrão. Isto é a nossa tragédia.

 

 

publicado às 21:16


Lá está. Todos os dias é isto...

por beatriz j a, em 09.12.18

 

Oito suspeitos de corrupção com fundos europeus Funcionários do IAPMEI são suspeitos de pedir dinheiro para dar luz verde a projetos.


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publicado às 12:25


Falar não chega

por beatriz j a, em 06.12.18

 

É preciso responsabilização: impedir de voltar a ocupar cargos públicos, demiti-los em certos casos e obrigá-los a devolver os dinheiros desviados. Mas como sabemos não é isso que acontece, antes pelo contrário: são agalambados aos cargos... falar não chega. Quem está em cargos de poder onde pode intervir para modificar este sistema de 'famiglias' aja!

 

Marcelo diz que é “essencial” que os políticos não saiam dos cargos mais ricos do que entraram

Sem se referir a casos concretos, o Presidente disse que os titulares de cargos públicos não podem enriquecer em funções. Nem sair para lugares que se prestem a ser pagamento de favores anteriores.

 

publicado às 22:42

 

 

Marcelo exorta portugueses a "despertarem" e "agirem" contra populismos

Tem sido um tema recorrente nos discursos do Presidente da República: o apelo à acção contra os perigos para a democracia. Num texto para a TSF, Marcelo insiste na mensagem.

 

É que nós podemos pouco mais podemos fazer que falar e votar mas o Presidente está em posição de agir contra estas forças que fazem nascer os populismos e não o tem feito.

 

O modelo económico-financeiro do país e da Europa dos útimos vinte ou trinta anos não são de molde a que se possa ter visões e valores políticos de inversão da tendência de degradação do que é público em favor da construção de forças de interesses privados que colidem com o desenvolvimento positivo das democracias.

 

Falo de três factores: o sacrifício do investimento público com benefício do investimento cego na banca sem responsabilização; a desresponsabilização recorrente dos políticos que causam danos ao país e o fecho dos círculos políticos a qualquer aragem de forças de renovação.

 

Primeiro: tem havido um movimento consciente de proletarização faseada das três grandes áreas públicas das quais dependem as democracias: primeiro foi a educação, logo a seguir a saúde e agora começa-se a degradar a justiça, também.

 

Primeiro proletarizararam-se os professores, reduzidos a funcionários facilitadores de certificações, controlados pelo Estado na sua missão de poupar dinheiro para investir na banca e em empreendimentos financeiros e políticos duvidosos que beneficiam entidades particulares cativadores dos bens públicos. A proletarização dos professores (longas horas de trabalho mal pago, burocrático, com excesso de turmas e alunos e sem benefício para estes) e a proletarização dos currículos na sua pobreza de aprendizagens essenciais niveladas pelo mais pobre de espírito, leva à degradação do próprio ensino e, portanto, ajuda a formar cidadãos menos capazes, menos conscientes, mais indulgentes, mais medrosos, consumistas e impotentes.

Nesta destruição consciente da educação, dia sim dia não saem notícias a caluniar e degradar o estatuto dos professores, sacrificados na mesa da auto-indulgência dos políticos.

 

A seguir proletarizaram-se os enfermeiros e os médicos. Essa operação ainda está em curso. Dia sim dia não demonizam-se os enfermeiros como se fez com os professores, descritos como gente indigna que pouco faz e só pensa em dinheiro.

Os médicos a mesma coisa: transformados em tarefeiros que correm de um hospital para outro para ganhar um salário, obrigados a fazer trabalho de enfermeiros e ajudantes, trabalham dezenas de horas de enfiada, mal pagos (Médico: profissão de risco) e deprimidos; é evidente que os serviços se deterioram o que tem efeito na saúde dos doentes, postos em situações de impotência perante os poderes, por medo e falta de meios para se curarem. Logo, cidadãos mais manipuláveis. Os póprios médicos em situação precária individualizam-se e calam-se.

 

Os juízes estão agora a começar a ser atacados. Há falta de procuradores (Combate à violência doméstica vai regredir, avisam procuradores), há problemas com a discussão e aprovação do estatuto dos juízes e de cada vez que essas coisas vêm à discussão começam a aparecer nos jornais notícias a degradar a imagem dos juízes como há pouco onde se dizia que os juízes que não trabalham são os que ganham mais e etc. A destruição da imagem dos juízes leva ao controlo da justiça pelos políticos o que por sua vez leva à degradação da democracia pela falta de independência da justiça face aos interesses dos políticos.

As forças de investigação e segurança, como a PJ, têm menos pessoal que há dez anos para trabalhar... excesso de trabalho sem compensação. Qualquer dia temos que fazer como os brasileiros, se tivermos dinheiro, lá está, e contratar jagunços para protecção...

 

Estas forças: professores, médicos e juízes, pela natureza das suas profissões de contactarem directamente com o povo são, em geral, profissões onde tradicionalmente mais se luta por uma visão da sociedade mais justa, são profissões já de si viradas para a utilidade social e, talvez por isso, são as forças que geralmente mais exercem pressão -directa ou indirectamente- nos poderes públicos para o desenvolvimento dos direitos das pessoas e progresso social.

 

Proletarizados, enfraquecem. Enfraquecidos, fazem menos pressão, tornam-se mais individualistas e mercantis. Individualistas como, aliás, os querem as forças políticas completamente dominadas pelos grupos económico- financeiros que querem cidadãos em constante competição (destruidora do tecido social) por bens de consumo e prazer, cada vez mais enfraquecidos nos seus direitos e menos reivindicativos.

 

A degradação do espaço público leva ao ressentimento contra os políticos e forças financeiras e à desresponsabilização destes à medida que cresce o fosso entre poderosos e ricos e povo em geral. A desresponsabilização gera mais ressentimento, frustração e desistência - porque a diferença de forças entre o Estado e os amigos do Estado e os cidadãos particulares em geral, é demolidora.

Cada vez que um político quer destruir uma pessoa ou uma força manda os jornais fazer uma campanha até quebrá-las e cada vez que quer promover-se manda os jornais escreverem artigos masturbatórios.

 

Segundo: desresponsabilização recorrente dos políticos e dos gestores que causam danos ao país e clientelismo vergonhoso, desde receberem mesmo dinheiro à descarada até empregarem toda a família e amigos no Estado e viverem de fraudes nos salários e ajudas de custo e etc. E isto à custa de nos roubarem nos impostos, nos salários congelados, etc.

Não só não são responsabilizados como são enviados a destruir o pelouro a seguir como os padres pedófilos que eram enviados de paróquia em paróquia como é o caso de tantos gestores de bancos e empresas públicas que são premiados pela incúria, incompetência e até corrupção. Isto causa a total descrença na política e na banca. Se houvesse uma alternativa à banca no que respeita a guardar os nossos bens, nem um tostão ficava nos bancos.

 

Finalmente, os partidos fecharam a possibilidade de novas forças rejuvenescerem estes quistos que tomaram conta dos partidos e os transformaram numa espécie de 'famiglias' com os seus corruptos, os seus caceteiros e tudo.

 

É isto, senhor Presidente, que está na origem dos populismos. É as pessoas assistirem, impotentes, à degradação das forças democráticas para benefício de uns poucos e, a certa altura, cada vez mais proletarizados, enfraquecidos e impotentes para mudar o rumo da situação entrarem naqueles raciocínos de, 'perdidos por cem, perdidos por mil' ou, 'quanto pior melhor para ver se isto dá uma volta', etc.

 

O senhor, que está em posição de agir, tem compactuado com os Centenos que tudo sacrificam pelo poder e pelas falsas ideias dos mesmos interesses financeiros e políticos que laboram para a destruição do espaço público e das pessoas que dele vivem -todos nós- e que são coniventes com os cegos europeus que nos conduzem dia após dia ao desastre colectivo. Sim, porque veja, senhor Presidente, o que eu faço atinge a minha família, os amigos, os alunos, os colegas e os que me lêem, talvez, mas o que o senhor enquanto Presidente e outros políticos com cargos importantes fazem, atingem logo directamente milhões e indirectamente dezenas ou centenas de milhões.

 

De modo que, acorde o senhor, desperte e lute contra os populismos pois para o primeiro-ministro e ministro das finanças, populismo é lutar pelo bem estar das pessoas em detrimento dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros e para eles isto vai de vento em popa!

 

Há pouco tempo, um amigo, religiosamente PS, numa discussão deste assunto, disse-me, 'mas os pobres não se queixam deste governo, os únicos que se queixam são vocês (profs), os médicos, os enfermeiros e juízes que estão bem na vida...' pois, os pobres não se queixam porque já não têm nenhuma força para se queixarem, completamente dependentes que estão de pensões e salários miseráveis ao passo que estes que ele citava são ainda os que conseguem lutar por uma sociedade mais justa. Por enquanto. Enquanto não os destruírem completamente e com eles o que resta da 'res publica'.

 

Este Presidente não faz um gesto a favor de nenhum deste profissionais, só dos discursos dos governos contra eles. E faz questão de estar sempre ao lado dos banqueiros e gestores para benefício de quem o país está a ser destruído.

 

Acorde o senhor e aja ou, pelo menos, não compactue com a destruição dos pilares da res publica!

 

publicado às 16:01

 

Ex-ministro da economia espanhol preso por corrupção: “Peço perdão à sociedade”

Rodrigo Rato, antigo ministro da Economia do Partido Popular, deu esta quinta-feira entrada na cadeira para cumprir uma pena de quatro anos e meio por corrupção.

 

publicado às 15:18

 

 

Parece que está tudo muito contente com este OE... apesar de Centeno manter níveis de austeridade, digo, das cativações, em 2019

Dizem-me que houve grande regozijo pelo país inteiro acerca da agência de rating nos ter tirado do lixo. Fui ver e dei com isto, 

 

A agência nota que é improvável que o rácio da dívida desça mais do que o estimado pela própria Moody"s, "dada a continuada pressão para aumentar os salários do setor público e para recuperar dos cortes significativos nos gastos de capital de forma a salvaguardar a qualidade dos serviços públicos"

 

... ou seja, a estabilidade da continua degradação dos serviços públicos é declarada como essencial para termos boa nota. Aquilo que o Centeno chama, gestão responsável das contas públicas"... e parece que ninguém se escandalizou com isto...

 

Entretanto dou com estes títulos:

 

 

PJ faz cinco detenções relacionadas com viciação de contratos públicos no Norte

 

OE prevê injecção de 400 milhões no Novo Banco em 2019

 

Bancos que escondam transferências [de milhões] para offshores enfrentam multas até €165 mil - lol

 

Governo escolhe deputado do PS para entidade reguladora da energia - a total falta de seriedade e independência dos processos.

 

Novo ministro da Economia [o grande amigo de Costa que criou uma empresa na véspera da tomada de posse...] é casado com dirigente da associação de hotelaria, Governo não vê incompatibilidades

 

Novo secretário de Estado apanhado nas escutas do caso vistos gold- O presidente do IRN disse a Luís Filipe Goes Pinheiro que podia contar com duas “cunhitas” a seu favor no concurso para vice-presidente e para vogal da direção deste instituto, explica o Público.

 

Pasta da energia passa para o socialista João Galamba - o grande amigo de Costa, aquele que faz obstrução à justiça a avisar o Socas dos passos do MP...

 

António Costa agradece “dedicação e empenho” de Azeredo Lopes - inacreditável...

 

Governo aprova benefícios fiscais a investimentos de 390 milhões - favores de centenas de milhões a 4 empresas...

 

Centeno só dá 50 milhões de euros para aumentos de toda a função pública depois de 9 anos sem aumentos de salários  mas...  Centeno quer dar prémios aos gestores públicos com remunerações até 50% a obscenidade sem pudor... 

 

 

Que deprimente!... quem nos governa, os cúmplices, a não-oposição... parece que isto é tudo normal e que toda a gente está satisfeita com o rumo das coisas... já nem há palavras para isto... como dizia o Popper, às vezes dou comigo a pensar que o batalhão está todo a marchar ao contrário...

 

publicado às 19:41


Isto está lindo...

por beatriz j a, em 25.09.18

 

Tancos: diretor da Judiciária Militar detido. Suspeito de conivência com assaltante

Militares da PJM e da GNR são suspeitos de terem forjado a "recuperação" das armas roubada em Tancos em conivência com o assaltante.

 

publicado às 17:22

 

 

O gabinete da Galp no Ministério do Mar

Fica por saber quanto é que a Galp manda dentro do Ministério do Mar, que age como procurador da petrolífera.

 

publicado às 06:26

 

 

Como é que há-de haver dinheiro para quem trabalha se os parasitas chupam tudo?

 

Fernando Medina suspeito de trocar falsos assessores com deputado do PSD

 

Em sentido inverso, os boys ‘laranjas’ teriam emprego nas juntas de freguesia, conquistadas pelo PS. Muitos destes cargos são fictícios e existem dezenas de assessores, nas juntas de freguesia, Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa, que recebem entre dois a três mil euros liquidos mensais, sem nunca terem realizado qualquer tipo de serviço.

 

publicado às 15:14


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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