Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
J.S - Estou? Desculpe ligar a esta hora pá, mas os canalhas não me largam.
L.A. - Ora essa, ligue sempre. O que posso fazer por si?
J.S. - É por causa daquele assunto que já falei com o o Toni. A carreira.
L.A. - O Toni Carreira? Não percebo. Vosselência também canta?
J.S. - Não! [porra que só me saem duques!] A minha carreira académica!
L.A. - Ahhh! Muito bem. Mas se me dá licença, já agora, vosselência podia não falar na sua carreira académica quando fala com os jornalistas.
J.S. - Ora essa! Então e porquê? Não me diga que não me vai facilitar aí a papelada. Olhe que eu sou amigo do meu amigo.
L.A. - Não é isso. É que carreira académica só tem quem seguiu a profissão de professor.
J.S. - Ó messa! Tem a certeza? Então como é que se chama ter um curso?
L.A. - Licenciatura.
J.S. - Ah pois é, eu sabia. Mas diga lá, que curso é que eu fiz, que já não me lembro.
L.A. - Engenharia de betão de marquises de prédios rústicos abandonados.
J.S. - Ai foi? Epá, isso parece uma coisa importante, com um nome desses... mas arranja-se aí papelada a dizer que fiz as cadeiras, não?
L.A. - Concerteza. Até já tomei a iniciativa de contratar uns camaradas amigos para dizerem que o viram. Um viu-o na casa de banho, o outro na secretaria ao pé do cofre.
J.S. - [...isso foi mesmo, ehehe] Porreiro, pá! Adoro-o, adoro-o! Mas olhe lá, podia pôr na lista das cadeiras uma assim importante com uma grande nota?
L.A. - Ora essa, não custa quase nada. O Toni passou este fim de semana a fazer o diploma. Está lindo, que ele tinha muito jeito para trabalhos manuais na escola. Pôs-lhe um dezassete na cadeira de resistência de materiais.
J. S. - Olhe pá, nisso até podia ter vinte... E o trabalho de curso? Um réptil qualquer anda a chatear-me com isso. Como é que se faz isso?
L.A. - Não se preocupe que arranjamos aí um projecto de marquise e é só meter-lhe o carimbo. Não se preocupe com nada que sei que anda apoquentado com esses répteis e chacais que não o largam.
J.S. - Ah, essa canalha! Como-lhes as papas na cabeça. Só me chateia é que estou a ficar feio com estas apoquentações. Mas então está combinado. Não esqueço este favor.
L.A. - Estamos cá para isso, que estudos nunca foram o meu forte, de qualquer maneira. Eu é mais metal...amarelo, de preferência. Vosselência não irá de vez em quando à casa da moeda lá ao sítio das barrinhas? Agora é o que está a dar.
J.S. - Eh, eh, ó tempo que isso está feito homem... e guardadinho onde ninguém lhe chega. Não se preocupe que havemos de sair bem disto. E sem carreira! eheh.
Conversas imaginárias II
Judeu - Então vamos lá deixar aquela gente no Campo de Concentração depois de termos visto o que lá se faz?
Churchill - O melhor é não irritarmos mais o Hitler!
Judeu - Mas, e as pessoas?
Churchill - Bem, não pode ser assim tão mau uma vez que não se ouvem queixas e até parece que vão ordeiramente para as câmaras de gaz... seja como for isso não é o mais importante. O importante é ganhar a guerra para os aliados... os judeus vêem depois.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.