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Pelos vistos a minha escola tem uma fama

por beatriz j a, em 30.09.19

 

Disse-me um colega novo que está lá na escola. À conversa acerca de um aluno de uma das minhas DTs  concordámos que a turma parece ser sossegada e diz-me ele, 'pois, foi por isso que concorri para esta escola. Diz-se que aqui nesta escola os alunos não dão problemas'. Achei piada.

Isso dos alunos darem problemas ou não darem problemas tem menos que ver com eles -miúdos são miúdos em qualquer parte- e tem mais que ver com outros factores, donde o principal, parece-me, no nosso caso, foram as obras que a transformaram. Na realidade, nota-se uma diminuição brutal dos problemas com os alunos desde que a escola teve obras.

Dantes, as salas eram escuras, esconsas e sujas - os miúdos sujavam mais; as paredes pareciam de papel de modo que o ruído era em nível insuportável e constante. Por vezes tínhamos que parar a aula porque nem nos ouvíamos a falar e porque os alunos ficavam numa grande excitação; certas valências, como a mediateca, estavam dentros dos blocos de salas de aulas e era um entrar e sair constante de pessoas que perturbava as aulas; tinhamos que sair das aulas para ir buscar giz ou um projetor- os alunos ficavam sozinhos; a sala de convívio era escuríssima, sempre com música aos gritos nos intervalos e havia lá sempre confusões entre alunos; as portas opacas - agora vê-se lá para dentro (as obras nas escolas foram uma das duas únicas coisas que a Rodrigues fez bem enquanto foi ministra).

É claro que outros factores também pesam: os DTs serem pessoas com experiência e saberem lidar com os alunos e com os pais; a direcção da escola não se acobardar, nomeadamente com os pais dos alunos complicados e não desautorizar constantemente os professores; os funcionários serem pessoas com experiência a quem os miúdos respeitam, etc.

Mas pronto, não sabia que a escola tinha essa fama.

 

publicado às 13:45

 

 

 

 As pessoas, tal como os animais, têm mecanismos, muitos deles inconscientes, de defesa, condicionados pela experiência de vida.A diferença, claro, está em que as pessoas, se se tornam conscientes da desadequação dos seus mecanismos de defesa, podem, se têm coragem, descondicionar-se desses mecanismos.

Neste episódio, um Pitbull Terrier, perigoso, foi adptado depois de ter sido maltratado e abandonado. O comportamento agressivo dele explica-se pelo passado dele: como tem a expectativa de ser maltratado por humanos, defende-se atacando-os antes que lhe possam fazer algum mal. Quando não consegue (porque anda sempre açaimado e mantido longe das pessoas -que fogem dele a sete pés) afasta-se e fica a ver de longe. É como digo, aprende-se muito sobre o comportamento das pessoas a observar o comportamento dos animais.

 

 

 

publicado às 09:27


just saying...

por beatriz j a, em 29.09.12

 

 

 

 

 

... como a sociobiologia pretende explicar tudo a partir do conceito de evolução e de como essa tendência é abusiva e sem fundamentos. Ainda, como algumas ciências se comportam como nações com intuitos imperialistas, digo eu.

 

Gould, a Harvard paleontologist and a popular-science writer, who died in 2002, was taking aim mainly at the rising ambitions of sociobiology. He had no argument with its work on bees, wasps, and ants, he said. But linking the behavior of humans to their evolutionary past was fraught with perils, not least because of the difficulty of disentangling culture and biology. Gould saw no prospect that sociobiology would achieve its grandest aim: a “reduction” of the human sciences to Darwinian theory

 

This was no straw man. The previous year, Robert Trivers, a founder of the discipline, told Timethat, “sooner or later, political science, law, economics, psychology, psychiatry, and anthropology will all be branches of sociobiology.” The sociobiologists believed that the concept of natural selection was a key that would unlock all the sciences of man, by revealing the evolutionary origins of behavior.


.. more



publicado às 09:08


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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